Seminário discute soberania alimentar e energética

Trabalho e Desenvolvimento Sustentável: A Perspectiva do movimento sindical das Américas é tema do seminário internacional Rio +20

Escrito por: FETRAF • Publicado em: 11/11/2011 - 00:00 Escrito por: FETRAF Publicado em: 11/11/2011 - 00:00

Na manhã desta sexta-feira (11), no Hotel Braston, em São Paulo, a Confederação Sindical de Trabalhadores e Trabalhadoras das Américas, com apoio da Central Única dos Trabalhadores (CUT Brasil), e demais organizações, realiza o Seminário Internacional Rio + 20 Trabalho e Desenvolvimento Sustentável: A Perspectiva do movimento sindical das Américas.

Com diversos painéis debatendo os desafios para o enfrentamento da pobreza, do trabalho; da Rio + 20 e; mudanças climáticas, Elisângela Araújo, coordenadora Geral da FETRAF-BRASIL e membro da executiva da CUT, participou do painel segurança alimentar e energética.

Em sua abordagem, a coordenadora destacou o importante papel da agricultura familiar em combater a fome, a miséria, e o que deve estar no centro do debate para garantir a soberania alimentar.

“A agricultura familiar é responsável por 70% da produção de alimentos que os brasileiros consomem. O que nós debatemos não é simplesmente a oposição entre agricultura familiar e agronegócio. Nosso trabalho é mostrar para a sociedade que o atual modelo de produção, concentrador de terras, com base na monocultura e uso abusivo de agrotóxicos traz sérias conseqüências ao planeta”, disse a coordenadora.

Uma das maiores preocupações mundiais nos últimos tempos, o efeito das mudanças climáticas, o aquecimento global que, provocado pelo efeito estufa, tem causado graves alterações no ecossistema, possui como seu maior aliado, o atual modelo de produção.

Estruturado na concentração de terras, no uso indiscriminado de agrotóxicos e com incentivos à expansão dos agrocombustíveis, advindos da produção monoculturista, ou seja, do agronegócio, acarreta em impactos ambientais e sociais que em nada caracteriza-se em desenvolvimento ou justifica-se como estratégia de enfrentamento às mudanças climáticas.

Lélio Luzardi Falcão, representante da Força Sindical, disse que “as mudanças climáticas estão associadas, além de ao processo produtivo, à utilização de energia fóssil”.

A agricultura familiar, não apenas como alternativa de um novo modelo de produção, mas de desenvolvimento para o país, também com o fornecimento de oleaginosas para fabricação do biodiesel, oferece amplo potencial para contribuir para com a soberania energética.

Entretanto, o incentivo para esse tipo de produção vem, lentamente, sendo conquistado pelos movimentos sociais junto ao governo federal.

“O Programa Nacional de Produção e Uso do Biodiesel (PNPB) era para ser uma grande oportunidade para agricultura familiar, mas temos convivido com o avanço crescente do incentivo ao agrocombustível constituído a partir da monocultura, da soja, da cana, e essa lógica de desenvolvimento que precisa mudar”, destacou Elisângela.

O que a FETRAF defende como meio de garantir a soberania alimentar e energética é o redimensionamento dos padrões de consumo das sociedades sob os princípios da sustentabilidade e, o impedimento do avanço do agronegócio alicerçado no latifúndio, no trabalho degradante e na devastação ambiental, para que não acabe com os recursos naturais.

Para Domingos Fernandes, representante da União Geral dos Trabalhadores (UGT), “o conceito de soberania alimentar e energética é uma utopia necessária”. Embora o Brasil seja privilegiado por suas riquezas, e pelo potencial em matriz energética, tem dificuldade de distribuição dessas fontes de energia.

O Seminário que teve início na quinta-feira (10) termina na tarde desta sexta-feira, e conta com o apoio também da Fundação Friedrich Ebert no Brasil (FES) e do Instituto para o Desenvolvimento da Cooperação e Relações Internacionais (IDECRI).

Título: Seminário discute soberania alimentar e energética, Conteúdo: Na manhã desta sexta-feira (11), no Hotel Braston, em São Paulo, a Confederação Sindical de Trabalhadores e Trabalhadoras das Américas, com apoio da Central Única dos Trabalhadores (CUT Brasil), e demais organizações, realiza o Seminário Internacional Rio + 20 Trabalho e Desenvolvimento Sustentável: A Perspectiva do movimento sindical das Américas. Com diversos painéis debatendo os desafios para o enfrentamento da pobreza, do trabalho; da Rio + 20 e; mudanças climáticas, Elisângela Araújo, coordenadora Geral da FETRAF-BRASIL e membro da executiva da CUT, participou do painel segurança alimentar e energética. Em sua abordagem, a coordenadora destacou o importante papel da agricultura familiar em combater a fome, a miséria, e o que deve estar no centro do debate para garantir a soberania alimentar. “A agricultura familiar é responsável por 70% da produção de alimentos que os brasileiros consomem. O que nós debatemos não é simplesmente a oposição entre agricultura familiar e agronegócio. Nosso trabalho é mostrar para a sociedade que o atual modelo de produção, concentrador de terras, com base na monocultura e uso abusivo de agrotóxicos traz sérias conseqüências ao planeta”, disse a coordenadora. Uma das maiores preocupações mundiais nos últimos tempos, o efeito das mudanças climáticas, o aquecimento global que, provocado pelo efeito estufa, tem causado graves alterações no ecossistema, possui como seu maior aliado, o atual modelo de produção. Estruturado na concentração de terras, no uso indiscriminado de agrotóxicos e com incentivos à expansão dos agrocombustíveis, advindos da produção monoculturista, ou seja, do agronegócio, acarreta em impactos ambientais e sociais que em nada caracteriza-se em desenvolvimento ou justifica-se como estratégia de enfrentamento às mudanças climáticas. Lélio Luzardi Falcão, representante da Força Sindical, disse que “as mudanças climáticas estão associadas, além de ao processo produtivo, à utilização de energia fóssil”. A agricultura familiar, não apenas como alternativa de um novo modelo de produção, mas de desenvolvimento para o país, também com o fornecimento de oleaginosas para fabricação do biodiesel, oferece amplo potencial para contribuir para com a soberania energética. Entretanto, o incentivo para esse tipo de produção vem, lentamente, sendo conquistado pelos movimentos sociais junto ao governo federal. “O Programa Nacional de Produção e Uso do Biodiesel (PNPB) era para ser uma grande oportunidade para agricultura familiar, mas temos convivido com o avanço crescente do incentivo ao agrocombustível constituído a partir da monocultura, da soja, da cana, e essa lógica de desenvolvimento que precisa mudar”, destacou Elisângela. O que a FETRAF defende como meio de garantir a soberania alimentar e energética é o redimensionamento dos padrões de consumo das sociedades sob os princípios da sustentabilidade e, o impedimento do avanço do agronegócio alicerçado no latifúndio, no trabalho degradante e na devastação ambiental, para que não acabe com os recursos naturais. Para Domingos Fernandes, representante da União Geral dos Trabalhadores (UGT), “o conceito de soberania alimentar e energética é uma utopia necessária”. Embora o Brasil seja privilegiado por suas riquezas, e pelo potencial em matriz energética, tem dificuldade de distribuição dessas fontes de energia. O Seminário que teve início na quinta-feira (10) termina na tarde desta sexta-feira, e conta com o apoio também da Fundação Friedrich Ebert no Brasil (FES) e do Instituto para o Desenvolvimento da Cooperação e Relações Internacionais (IDECRI).



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