São Paulo sedia Seminário Nacional sobre Código Florestal

Ambientalistas, representantes do governo, movimentos sociais e sociedade civil reafirmaram a busca por modelo de desenvolvimento sustentável

Escrito por: FETRAF • Publicado em: 07/05/2011 - 00:00 Escrito por: FETRAF Publicado em: 07/05/2011 - 00:00
Escrito por Fernanda Silva ? Imprensa FETRAF-BRASIL

No auditório Nobre do Senac, em São Paulo, no último sábado (7), ocorreu o seminário nacional sobre código florestal. Com a presença de ambientalistas, representantes do governo, movimentos sociais e sociedade civil reafirmaram a busca por modelo de desenvolvimento sustentável, com base no fortalecimento da agricultura familiar e preservação ambiental.

Expressões como ?Brasil, uma potência agrícola? e ?código florestal pelas propostas de Aldo Rebelo, promovem o agronegócio à custa dos trabalhadores?, foram enfaticamente utilizadas durante todo o evento.

Um dos pontos altos do seminário foi a exposição de Paulo Teixeira, líder da bancada do Partido dos Trabalhadores (PT) na Câmara, ao explicar o motivo pelo qual optou-se, em votação, pelo caráter de urgência da votação do código florestal. Segundo o líder, foi o meio de não votar o código especificamente.

?A correlação de força no governo é favorável á votação do código, prova disso é a aprovação de 15 dos 18 partidos a favor da votação em caráter de urgência. Apenas PT, PV e PSOL foram contra. O governo precisa fazer os contornos necessários para que o novo código seja no mínimo razoável para a sociedade brasileira?. Ainda de acordo com Teixeira, ?a tática é fazer com que o governo se coloque diante da Câmara, centralizando sua base para que as conversas com os movimentos sociais possam ser postas em prática?, disse.

Representando o ministério do Meio Ambiente (MMA), Luiz Antonio Carvalho assessor da ministra Izabella Teixeira, discursou sobre a necessidade de avançar no desenvolvimento da inclusão social e, do Brasil como G-1 na questão ambiental.

Carvalho, disse que o governo não irá aceitar a anistia aos que desmataram até 2008, uma vez que o ato é inconstitucional, nem a flexibilização das áreas de Preservação Permanente (APP) em prol de interesses econômicos.

?Não somos despachantes de corporação, nem aceitamos a extinção de Reserva Legal. Ela tem que ser respeitada em todas as propriedades?. O assessor frisou a natureza do debate do código florestal que ?não é partidária, nem ocorre com o intuito de desqualificar o esforço do governo?. Como recado, a ministra Izabella pediu que fosse transmitido ?seu otimismo com relação a um acordo para que o projeto entre sem que haja nenhuma emenda, uma vez que elas não virão a nosso favor, mas para destruir o conceito de RL e por aí afora?, concluiu.

Ao lembrar do não cumprimento da legislação atual e da necessidade do governo em criar mecanismos que efetivamente façam as leis serem respeitadas, Geraldo José da Silva, coordenador representante da FETRAF-BRASIL no evento expôs um pouco da própria experiência como assentado da reforma agrária em Andradina, interior de São Paulo ?ao sentir na pele o efeito do agronegócio tanto pelos danos causados ao meio ambiente com a produção monoculturista, quanto pela relação exploradora de trabalho e de posse das terras.

?A FETRAF-BRASIL, que defende o meio ambiente e não a promoção do capital defende também um código a favor da vida e não o massacre dos trabalhadores?, explanou.

2011 ? Ano Internacional das Florestas

Marina Silva, ex-senadora pelo Partido Verde (PV) falou aos participantes sobre a criação de uma política nacional florestal, responsável por boa parte da preservação das florestas e, ressaltou a importância de continuar o trabalho para que o Brasil se torne cada vez mais um país economicamente viável, social e ambientalmente justo.

Participaram do seminário o deputado Ivan Valente, a secretária de Meio Ambiente da CUT Carmem Foro e demais organizações.
Título: São Paulo sedia Seminário Nacional sobre Código Florestal, Conteúdo: Escrito por Fernanda Silva ? Imprensa FETRAF-BRASIL No auditório Nobre do Senac, em São Paulo, no último sábado (7), ocorreu o seminário nacional sobre código florestal. Com a presença de ambientalistas, representantes do governo, movimentos sociais e sociedade civil reafirmaram a busca por modelo de desenvolvimento sustentável, com base no fortalecimento da agricultura familiar e preservação ambiental. Expressões como ?Brasil, uma potência agrícola? e ?código florestal pelas propostas de Aldo Rebelo, promovem o agronegócio à custa dos trabalhadores?, foram enfaticamente utilizadas durante todo o evento. Um dos pontos altos do seminário foi a exposição de Paulo Teixeira, líder da bancada do Partido dos Trabalhadores (PT) na Câmara, ao explicar o motivo pelo qual optou-se, em votação, pelo caráter de urgência da votação do código florestal. Segundo o líder, foi o meio de não votar o código especificamente. ?A correlação de força no governo é favorável á votação do código, prova disso é a aprovação de 15 dos 18 partidos a favor da votação em caráter de urgência. Apenas PT, PV e PSOL foram contra. O governo precisa fazer os contornos necessários para que o novo código seja no mínimo razoável para a sociedade brasileira?. Ainda de acordo com Teixeira, ?a tática é fazer com que o governo se coloque diante da Câmara, centralizando sua base para que as conversas com os movimentos sociais possam ser postas em prática?, disse. Representando o ministério do Meio Ambiente (MMA), Luiz Antonio Carvalho assessor da ministra Izabella Teixeira, discursou sobre a necessidade de avançar no desenvolvimento da inclusão social e, do Brasil como G-1 na questão ambiental. Carvalho, disse que o governo não irá aceitar a anistia aos que desmataram até 2008, uma vez que o ato é inconstitucional, nem a flexibilização das áreas de Preservação Permanente (APP) em prol de interesses econômicos. ?Não somos despachantes de corporação, nem aceitamos a extinção de Reserva Legal. Ela tem que ser respeitada em todas as propriedades?. O assessor frisou a natureza do debate do código florestal que ?não é partidária, nem ocorre com o intuito de desqualificar o esforço do governo?. Como recado, a ministra Izabella pediu que fosse transmitido ?seu otimismo com relação a um acordo para que o projeto entre sem que haja nenhuma emenda, uma vez que elas não virão a nosso favor, mas para destruir o conceito de RL e por aí afora?, concluiu. Ao lembrar do não cumprimento da legislação atual e da necessidade do governo em criar mecanismos que efetivamente façam as leis serem respeitadas, Geraldo José da Silva, coordenador representante da FETRAF-BRASIL no evento expôs um pouco da própria experiência como assentado da reforma agrária em Andradina, interior de São Paulo ?ao sentir na pele o efeito do agronegócio tanto pelos danos causados ao meio ambiente com a produção monoculturista, quanto pela relação exploradora de trabalho e de posse das terras. ?A FETRAF-BRASIL, que defende o meio ambiente e não a promoção do capital defende também um código a favor da vida e não o massacre dos trabalhadores?, explanou.2011 ? Ano Internacional das Florestas Marina Silva, ex-senadora pelo Partido Verde (PV) falou aos participantes sobre a criação de uma política nacional florestal, responsável por boa parte da preservação das florestas e, ressaltou a importância de continuar o trabalho para que o Brasil se torne cada vez mais um país economicamente viável, social e ambientalmente justo. Participaram do seminário o deputado Ivan Valente, a secretária de Meio Ambiente da CUT Carmem Foro e demais organizações.



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