Políticas Públicas de Crédito e ATER é tema de palestra

Atividade compõe o Programa de Cooperação Técnica Brasileira: Agricultura, Segurança Alimentar e Políticas Públicas

Escrito por: FETRAF • Publicado em: 06/12/2011 - 00:00 Escrito por: FETRAF Publicado em: 06/12/2011 - 00:00

Na manhã da última quinta-feira (1º), o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), em parceria com a Agência Brasileira de Cooperação (ABC), realizou a abertura do Curso de Ater e Crédito para países da Ásia, África, América Latina e Caribe, no Centro de Desenvolvimento de Recursos Humanos da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). O curso ocorre até a próxima quarta-feira (7).

Como parte do Programa de Cooperação Técnica Brasileira: Agricultura, Segurança Alimentar e Políticas Públicas, o curso tem como objetivo viabilizar a troca de experiência entre os países. Com cinco dias de atividades teóricas em sala, e um dia de campo, a programação inclui palestras sobre a Política Nacional de Ater (PNATER), Ater para Mulheres Rurais, Povos Indígenas e Quilombolas, operacionalização da PNATER, Ater e Políticas Públicas, Crédito para Agricultura Familiar, O Crédito Rural no Brasil e o Pronaf, Seguro da Agricultura Familiar e Garantia de Preços da Agricultura Familiar.

No período da tarde, Elisângela Araújo, coordenadora Geral da FETRAF-BRASIL, ministrou palestra sobre "Políticas Públicas de Crédito e Assistência Técnica voltadas para o Fortalecimento da Agricultura Familiar”.

Na ocasião, a coordenadora expôs que a política de crédito que a entidade luta para efetivar e ser acessível visa melhorar a qualidade de vida, mas elas precisam ser específicas para agricultura familiar.

“Como meio de viabilizar a continuidade da produção da agricultura familiar, incentivar a fixação da juventude no campo, sucessão nas propriedades, fomentar a organização produtiva de jovens e mulheres, entre outros, o crédito, para agricultura familiar, é a garantia de vivência no campo”, disse Elisângela.

Ao elencar conquistas importantes dos movimentos sociais para fortalecer o crédito agrícola, bem como criar condições de produção e regulação de preço de mercado para a agricultura familiar, Elisângela citou a criação do Programa Garantia de Preços Mínimos para Agricultura Familiar (PGPM), e o crédito disponibilizado para acesso à terra, pelo Programa Nacional de Crédito Fundiário (PNCF).

“O PGPM era uma das reivindicações antigas da FETRAF e consistia em obter do governo uma política que estabelecesse preços mínimos de compra para produtos da agricultura familiar de forma que estes levassem em conta a escala e os custos de produção. O objetivo dessa política, anunciada no Plano Safra da Agricultura Familiar 2011-2012, é proporcionar aos produtores a possibilidade de disputar o mercado com o agronegócio em condições mais justas”, explicou.

Tendo sua eficácia atrelada as dificuldades de se potencializar e ampliar um modelo de assistência técnica e extensão rural que tem no Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (PRONAF) crédito, é o acesso e a aplicação do crédito disponibilizado.

“A agricultura familiar precisa de assistência técnica, acesso à pesquisa e tecnologia totalmente adaptados para a sua realidade. Uma ATER pública, apropriada e adaptada à realidade local, gratuita, exclusiva e permanente para a agricultura familiar compõe a nossa defesa”, abordou Elisângela.

Além disso, a FETRAF defende a destinação de recursos públicos para realização de pesquisas direcionadas para o fortalecimento da cadeia produtiva dos produtos da agricultura familiar, principalmente, na adequação e desenvolvimento de processos de agroindustrialização do leite, fruticultura, carnes e outros e, o aumento de no mínimo R$ 2 bi para assistência técnica do Brasil.

“Esse é um começo para empreendermos o desenvolvimento e aprimoramento de técnicas de produção; otimizar recursos e melhorar a utilização de recursos naturais; garantir a sucessão rural; o fortalecimento da agricultura familiar;e o desenvolvimento sustentável”, concluiu.

Participaram da palestra,delegações do Zâmbia, República Democrática do Congo, Peru, República Dominicana, Colômbia, Cabo Verde e Moçambique.

 
Título: Políticas Públicas de Crédito e ATER é tema de palestra, Conteúdo: Na manhã da última quinta-feira (1º), o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), em parceria com a Agência Brasileira de Cooperação (ABC), realizou a abertura do Curso de Ater e Crédito para países da Ásia, África, América Latina e Caribe, no Centro de Desenvolvimento de Recursos Humanos da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). O curso ocorre até a próxima quarta-feira (7). Como parte do Programa de Cooperação Técnica Brasileira: Agricultura, Segurança Alimentar e Políticas Públicas, o curso tem como objetivo viabilizar a troca de experiência entre os países. Com cinco dias de atividades teóricas em sala, e um dia de campo, a programação inclui palestras sobre a Política Nacional de Ater (PNATER), Ater para Mulheres Rurais, Povos Indígenas e Quilombolas, operacionalização da PNATER, Ater e Políticas Públicas, Crédito para Agricultura Familiar, O Crédito Rural no Brasil e o Pronaf, Seguro da Agricultura Familiar e Garantia de Preços da Agricultura Familiar. No período da tarde, Elisângela Araújo, coordenadora Geral da FETRAF-BRASIL, ministrou palestra sobre "Políticas Públicas de Crédito e Assistência Técnica voltadas para o Fortalecimento da Agricultura Familiar”. Na ocasião, a coordenadora expôs que a política de crédito que a entidade luta para efetivar e ser acessível visa melhorar a qualidade de vida, mas elas precisam ser específicas para agricultura familiar. “Como meio de viabilizar a continuidade da produção da agricultura familiar, incentivar a fixação da juventude no campo, sucessão nas propriedades, fomentar a organização produtiva de jovens e mulheres, entre outros, o crédito, para agricultura familiar, é a garantia de vivência no campo”, disse Elisângela. Ao elencar conquistas importantes dos movimentos sociais para fortalecer o crédito agrícola, bem como criar condições de produção e regulação de preço de mercado para a agricultura familiar, Elisângela citou a criação do Programa Garantia de Preços Mínimos para Agricultura Familiar (PGPM), e o crédito disponibilizado para acesso à terra, pelo Programa Nacional de Crédito Fundiário (PNCF). “O PGPM era uma das reivindicações antigas da FETRAF e consistia em obter do governo uma política que estabelecesse preços mínimos de compra para produtos da agricultura familiar de forma que estes levassem em conta a escala e os custos de produção. O objetivo dessa política, anunciada no Plano Safra da Agricultura Familiar 2011-2012, é proporcionar aos produtores a possibilidade de disputar o mercado com o agronegócio em condições mais justas”, explicou. Tendo sua eficácia atrelada as dificuldades de se potencializar e ampliar um modelo de assistência técnica e extensão rural que tem no Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (PRONAF) crédito, é o acesso e a aplicação do crédito disponibilizado. “A agricultura familiar precisa de assistência técnica, acesso à pesquisa e tecnologia totalmente adaptados para a sua realidade. Uma ATER pública, apropriada e adaptada à realidade local, gratuita, exclusiva e permanente para a agricultura familiar compõe a nossa defesa”, abordou Elisângela. Além disso, a FETRAF defende a destinação de recursos públicos para realização de pesquisas direcionadas para o fortalecimento da cadeia produtiva dos produtos da agricultura familiar, principalmente, na adequação e desenvolvimento de processos de agroindustrialização do leite, fruticultura, carnes e outros e, o aumento de no mínimo R$ 2 bi para assistência técnica do Brasil. “Esse é um começo para empreendermos o desenvolvimento e aprimoramento de técnicas de produção; otimizar recursos e melhorar a utilização de recursos naturais; garantir a sucessão rural; o fortalecimento da agricultura familiar;e o desenvolvimento sustentável”, concluiu. Participaram da palestra,delegações do Zâmbia, República Democrática do Congo, Peru, República Dominicana, Colômbia, Cabo Verde e Moçambique.  



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