Perdas na agricultura chegam a 80% por conta da estiagem

Em algumas regiões não chove a mais de quarenta dias. As perdas na plantação de milho e soja, a diminuição da produção de leite e a falta de água para os animais são os principais problemas enfrentado

Escrito por: FETRAF • Publicado em: 06/01/2012 - 00:00 Escrito por: FETRAF Publicado em: 06/01/2012 - 00:00

Enquanto uns sofrem com as enchentes, parte do sul do Brasil sofre com a falta de chuvas. Em algumas regiões não chove a mais de quarenta dias. As perdas na plantação de milho e soja, a diminuição da produção de leite e a falta de água para os animais são os principais problemas enfrentados pelos agricultores familiares do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. 

No Paraná, no município de Nova Prata, não chove a 40 dias. Ademir Correia e Jatir Cecconi, ambos agricultores da comunidade Ouro Fino, já perderam parte da plantação. “Percebi uma perda de 80% no milho e mais de 50% na soja”, diz Cecconi. Outro Agricultor Familiar de Nova Prata, Ademar Kurpel, afirma que a produção de leite caiu cerca de 40%. 

Lucir Biasus, de Jacutinga, do Rio Grande do Sul, conta que o milho está em fase de floração e não vai se desenvolver caso não chova. O agricultor familiar Luiz Carlos Bissolotti, de Ponte Preta, comenta que já começa a faltar água para os animais. 

“Dependemos da produção, as contas vão chegando para pagar, tudo vai acumulando e não conseguimos nos recuperar. O milho que seria colhido para pagar a parcela do Mais Alimentos, perdemos quase tudo”, desabafa Bissolotti. No interior de Itatiba do Sul, o problema da estiagem se agrava a cada dia. “Se não chover em dois dias, vamos ter que pedir para a prefeitura trazer água para os animais”, diz Amarildo Borciki. 

Em Santa Catarina, a situação não muda dos demais Estados. A agricultora Domingas Bortezzi, da comunidade Bom Retiro – Chapecó, disse que o milho perdido está servindo de alimento para os animais, mas que mesmo assim, a produção de leite diminuiu. Marcos Forneck, também agricultor familiar de São Miguel do Oeste, comenta que a prefeitura já está abastecendo com água algumas comunidades. “Todos os municípios estão sofrendo com a falta de água, por isso, temos que racionar”, lembra Forneck. Silvestri Cantu conta que já acionou o seguro junto ao seu agente financeiro pois 70% da produção foi afetada. 

Caso não chova em 15 dias, toda a plantação dos agricultores familiares consultados ficará comprometida. 

A FETRAF-SUL orienta os agricultores a procurarem o sindicato imediatamente para juntos comunicarem as perdas aos agentes financeiros, garantindo assim, de maneira imediata, que as lavouras sejam liberadas para pastagem. 

O coordenador geral da FETRAF-SUL/CUT lembra ainda que na próxima semana Federação estará reunida para discutir as ações e as providências a serem tomadas. 

Fonte: Aline Eberhard – IMPRENSA FETRAF-SUL-CUT

 

Título: Perdas na agricultura chegam a 80% por conta da estiagem, Conteúdo: Enquanto uns sofrem com as enchentes, parte do sul do Brasil sofre com a falta de chuvas. Em algumas regiões não chove a mais de quarenta dias. As perdas na plantação de milho e soja, a diminuição da produção de leite e a falta de água para os animais são os principais problemas enfrentados pelos agricultores familiares do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.  No Paraná, no município de Nova Prata, não chove a 40 dias. Ademir Correia e Jatir Cecconi, ambos agricultores da comunidade Ouro Fino, já perderam parte da plantação. “Percebi uma perda de 80% no milho e mais de 50% na soja”, diz Cecconi. Outro Agricultor Familiar de Nova Prata, Ademar Kurpel, afirma que a produção de leite caiu cerca de 40%.  Lucir Biasus, de Jacutinga, do Rio Grande do Sul, conta que o milho está em fase de floração e não vai se desenvolver caso não chova. O agricultor familiar Luiz Carlos Bissolotti, de Ponte Preta, comenta que já começa a faltar água para os animais.  “Dependemos da produção, as contas vão chegando para pagar, tudo vai acumulando e não conseguimos nos recuperar. O milho que seria colhido para pagar a parcela do Mais Alimentos, perdemos quase tudo”, desabafa Bissolotti. No interior de Itatiba do Sul, o problema da estiagem se agrava a cada dia. “Se não chover em dois dias, vamos ter que pedir para a prefeitura trazer água para os animais”, diz Amarildo Borciki.  Em Santa Catarina, a situação não muda dos demais Estados. A agricultora Domingas Bortezzi, da comunidade Bom Retiro – Chapecó, disse que o milho perdido está servindo de alimento para os animais, mas que mesmo assim, a produção de leite diminuiu. Marcos Forneck, também agricultor familiar de São Miguel do Oeste, comenta que a prefeitura já está abastecendo com água algumas comunidades. “Todos os municípios estão sofrendo com a falta de água, por isso, temos que racionar”, lembra Forneck. Silvestri Cantu conta que já acionou o seguro junto ao seu agente financeiro pois 70% da produção foi afetada.  Caso não chova em 15 dias, toda a plantação dos agricultores familiares consultados ficará comprometida.  A FETRAF-SUL orienta os agricultores a procurarem o sindicato imediatamente para juntos comunicarem as perdas aos agentes financeiros, garantindo assim, de maneira imediata, que as lavouras sejam liberadas para pastagem.  O coordenador geral da FETRAF-SUL/CUT lembra ainda que na próxima semana Federação estará reunida para discutir as ações e as providências a serem tomadas.  Fonte: Aline Eberhard – IMPRENSA FETRAF-SUL-CUT  



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