Movimentos e entidades do campo e cidade entregam proposta unificada por moradia digna ao ministro das Cidades

Os movimentos conseguiram uma audiência com o ministro Bruno Araújo após as manifestações em Brasília e apoio de parlamentares.

Escrito por: Assessoria de Comunicação da CONTRAF BRASIL • Publicado em: 23/02/2017 - 12:43 Escrito por: Assessoria de Comunicação da CONTRAF BRASIL Publicado em: 23/02/2017 - 12:43

 

Após as manifestações pela moradia digna, no dia 21, realizada pelos movimentos sociais e entidades do campo/cidade e com o apoio de parlamentares, em frente ao Ministério das Cidades, o ministro Bruno Araújo recebeu as lideranças de cada organização para dialogar sobre a pauta de reivindicações.

Da proposta unificada apresentada em conjunto pelos movimentos, uma das principais referem-se à manter o perfil social do programa, pois atualmente há uma descaracterização do Minha Casa Minha Vida (MCMV). Para os movimentos, neste atual governo há uma distorção do programa quando ele anuncia a construção de novas moradias beneficiando, na sua maioria, pessoas que ganham acima de R$ 2mil reais, quando o salário mínimo fixado pelo governo Temer é de R$ 937,00, realidade vivida na grande população que precisa de moradia.

Veja a tabela divulgada (site do Ministério das Cidades)

O programa MCMV é uma política conquistada, no Governo Lula, e é histórica dos movimentos sociais. Fruto do diálogo entre os governos dos últimos 12 anos e entidades representativas da luta pela moradia, dirigido a famílias de baixa renda. Outro perfil, quando se fala da participação dos movimentos no processo de habitação é que permitia às famílias organizadas em cooperativas, entidades sem fins lucrativos e associações atuarem como entidades organizadoras nos programas habitacionais de interesse social, justamente para fortalecer as práticas de cidadania.

Segundo os movimentos, todas as características do MCMV, lançado em 2009, estão sendo desconstruídas com o novo modelo apresentado pelo governo Temer. Das 170 mil unidades anunciadas, 100 mil vão beneficiar as grandes construtoras e empreiteiras. Dos números, restam apenas 70 mil para serem divididas entre entidades, organizações, prefeituras, associações e outros segmentos representativos da sociedade do campo e cidade.

De toda a pauta apresentada na tarde da quarta-feira 22.02, o ministro Bruno Araújo se comprometeu em receber uma proposta do MCMV da faixa 1,5 para o rural, afirmou que a participação das entidades e organizações na construção da política de habitação para o país será mantida, agendando reunião para o próximo dia 14 com o comitê rural e disse que estará contribuindo com as emendas para a Medida Provisória 759 – que trata da Regularização Fundiária no Congresso Nacional.

Ainda, os movimentos cobraram do ministro uma atitude mais humanista referente aos últimos acontecimentos, exemplo das prisões arbitrárias de lideranças sindicais que defendem os direitos sociais. Diante disso, as lideranças falaram sobre os despejos e inclusive da ação truculenta da polícia quando durante uma manifestação na tarde da terça-feira, em Recife, policiais atacaram o povo deixando cerca 50 de feridos, um deles internado em estado grave, com hemorragia interna e costelas quebradas.

Na reunião os parlamentares Afonso Florence (PT-BA), Pedro Uczai (PT-SC), Wadih Damous (PT-SP) e Nilto Tatto (PT-RJ) e Paulo Teixeira (PT-SP) também estiveram presente.

Veja AQUI a pauta de reivindicação entregue ao Ministro Bruno Araújo

Título: Movimentos e entidades do campo e cidade entregam proposta unificada por moradia digna ao ministro das Cidades, Conteúdo:   Após as manifestações pela moradia digna, no dia 21, realizada pelos movimentos sociais e entidades do campo/cidade e com o apoio de parlamentares, em frente ao Ministério das Cidades, o ministro Bruno Araújo recebeu as lideranças de cada organização para dialogar sobre a pauta de reivindicações. Da proposta unificada apresentada em conjunto pelos movimentos, uma das principais referem-se à manter o perfil social do programa, pois atualmente há uma descaracterização do Minha Casa Minha Vida (MCMV). Para os movimentos, neste atual governo há uma distorção do programa quando ele anuncia a construção de novas moradias beneficiando, na sua maioria, pessoas que ganham acima de R$ 2mil reais, quando o salário mínimo fixado pelo governo Temer é de R$ 937,00, realidade vivida na grande população que precisa de moradia. Veja a tabela divulgada (site do Ministério das Cidades) O programa MCMV é uma política conquistada, no Governo Lula, e é histórica dos movimentos sociais. Fruto do diálogo entre os governos dos últimos 12 anos e entidades representativas da luta pela moradia, dirigido a famílias de baixa renda. Outro perfil, quando se fala da participação dos movimentos no processo de habitação é que permitia às famílias organizadas em cooperativas, entidades sem fins lucrativos e associações atuarem como entidades organizadoras nos programas habitacionais de interesse social, justamente para fortalecer as práticas de cidadania. Segundo os movimentos, todas as características do MCMV, lançado em 2009, estão sendo desconstruídas com o novo modelo apresentado pelo governo Temer. Das 170 mil unidades anunciadas, 100 mil vão beneficiar as grandes construtoras e empreiteiras. Dos números, restam apenas 70 mil para serem divididas entre entidades, organizações, prefeituras, associações e outros segmentos representativos da sociedade do campo e cidade. De toda a pauta apresentada na tarde da quarta-feira 22.02, o ministro Bruno Araújo se comprometeu em receber uma proposta do MCMV da faixa 1,5 para o rural, afirmou que a participação das entidades e organizações na construção da política de habitação para o país será mantida, agendando reunião para o próximo dia 14 com o comitê rural e disse que estará contribuindo com as emendas para a Medida Provisória 759 – que trata da Regularização Fundiária no Congresso Nacional. Ainda, os movimentos cobraram do ministro uma atitude mais humanista referente aos últimos acontecimentos, exemplo das prisões arbitrárias de lideranças sindicais que defendem os direitos sociais. Diante disso, as lideranças falaram sobre os despejos e inclusive da ação truculenta da polícia quando durante uma manifestação na tarde da terça-feira, em Recife, policiais atacaram o povo deixando cerca 50 de feridos, um deles internado em estado grave, com hemorragia interna e costelas quebradas. Na reunião os parlamentares Afonso Florence (PT-BA), Pedro Uczai (PT-SC), Wadih Damous (PT-SP) e Nilto Tatto (PT-RJ) e Paulo Teixeira (PT-SP) também estiveram presente. Veja AQUI a pauta de reivindicação entregue ao Ministro Bruno Araújo



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