Live Prosa da Agricultura Familiar

Com José Graziano da Silva, ex diretor da FAO e o relator do PL 735- Assis Carvalho, Senador Paulo Rocha (PT-PA), a Contraf-Brasil debateu o tema Segurança alimentar em tempos de pandemia

Escrito por: Fernanda Silva • Publicado em: 28/07/2020 - 15:49 • Última modificação: 28/07/2020 - 16:24 Escrito por: Fernanda Silva Publicado em: 28/07/2020 - 15:49 Última modificação: 28/07/2020 - 16:24

CONTRAF-BRASIL/CUT

A noite de segunda-feira (27), contou com a Prosa da Agricultura Familiar. Para o diálogo sobre o tema Segurança alimentar em tempos de pandemia, participaram José Graziano da Silva, ex diretor da Organização das Nações para Alimentação e Agricultura ( FAO) e, o relator do Projeto de Lei 735-A (Assis Carvalho), Senador Paulo Rocha (PT-PA).

A pandemia do novo coronavírus tem intensificado algumas mazelas da nossa sociedade. No Brasil ela expôs as prioridades do governo e nelas, não estão a garantia da segurança alimentar e nutricional do povo brasileiro.

A Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) tem feito reiterados estudos apontando a grave aproximação de um outro inimigo invisível rumo a colocar o Brasil novamente no Mapa da Fome, o qual tinha saído em 2014. De acordo com a entidade, 37,5 milhões de pessoas viviam uma situação de insegurança alimentar moderada no país no período entre 2014 e 2016. Entre 2017-2019, porém, esse número chegou a 43,1 milhões.

De acordo com Graziano, o problema do Brasil não é produção, mas o preço do alimento.

“Aqui é caro. As pessoas não tem como pagar pela comida. E a pandemia agravou essa situação. Embora o impacto tenha sido amenizado pelo auxílio emergencial, porque se não fosse, o cenário seria catastrófico”, considerou.

E é nesse contexto que se encontra a agricultura familiar que teve a renda reduzida drasticamente por causa do isolamento social, fechamento de escolas, feiras livres, sem políticas públicas de fortalecimento da atividade produtiva.

Marcos Rochinski, coordenador Geral da Contraf-Brasil apontou a contradição entre a produção de alimentos e a fome. “Se nós temos um país que se coloca como celeiro para produção de alimentos, um país com grande capacidade de exportação, mas ao mesmo tempo tem gente passando fome, inclusive no meio rural”, disse.

“Por isso que o projeto que defendemos começa pela distribuição de terra. Um modelo de produção de alimentos com soberania alimentar começa pela reforma agrária. Não se dá por esse processo exacerbado de concentração de riqueza que busca o enriquecimento em detrimento do povo”, disse Rochisnki.

PL 735 – A (Assis Carvalho)

A live também contou com o Senador Paulo Rocha (PT-PA), que é relator do PL 735 – A (Assis Carvalho).

O senador frisou o compromisso com a luta dos trabalhadores do campo e disse que há “estratégias de diálogo para aprovar o PL como veio da Câmara [dos Deputados]. Estamos brigando para votar na próxima semana, nosso compromisso é aprovar com celeridade”, disse.

Clique aqui e assista a Prosa da Agricultura Familiar!

Título: Live Prosa da Agricultura Familiar, Conteúdo: A noite de segunda-feira (27), contou com a Prosa da Agricultura Familiar. Para o diálogo sobre o tema Segurança alimentar em tempos de pandemia, participaram José Graziano da Silva, ex diretor da Organização das Nações para Alimentação e Agricultura ( FAO) e, o relator do Projeto de Lei 735-A (Assis Carvalho), Senador Paulo Rocha (PT-PA). A pandemia do novo coronavírus tem intensificado algumas mazelas da nossa sociedade. No Brasil ela expôs as prioridades do governo e nelas, não estão a garantia da segurança alimentar e nutricional do povo brasileiro. A Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) tem feito reiterados estudos apontando a grave aproximação de um outro inimigo invisível rumo a colocar o Brasil novamente no Mapa da Fome, o qual tinha saído em 2014. De acordo com a entidade, 37,5 milhões de pessoas viviam uma situação de insegurança alimentar moderada no país no período entre 2014 e 2016. Entre 2017-2019, porém, esse número chegou a 43,1 milhões. De acordo com Graziano, o problema do Brasil não é produção, mas o preço do alimento. “Aqui é caro. As pessoas não tem como pagar pela comida. E a pandemia agravou essa situação. Embora o impacto tenha sido amenizado pelo auxílio emergencial, porque se não fosse, o cenário seria catastrófico”, considerou. E é nesse contexto que se encontra a agricultura familiar que teve a renda reduzida drasticamente por causa do isolamento social, fechamento de escolas, feiras livres, sem políticas públicas de fortalecimento da atividade produtiva. Marcos Rochinski, coordenador Geral da Contraf-Brasil apontou a contradição entre a produção de alimentos e a fome. “Se nós temos um país que se coloca como celeiro para produção de alimentos, um país com grande capacidade de exportação, mas ao mesmo tempo tem gente passando fome, inclusive no meio rural”, disse. “Por isso que o projeto que defendemos começa pela distribuição de terra. Um modelo de produção de alimentos com soberania alimentar começa pela reforma agrária. Não se dá por esse processo exacerbado de concentração de riqueza que busca o enriquecimento em detrimento do povo”, disse Rochisnki. PL 735 – A (Assis Carvalho) A live também contou com o Senador Paulo Rocha (PT-PA), que é relator do PL 735 – A (Assis Carvalho). O senador frisou o compromisso com a luta dos trabalhadores do campo e disse que há “estratégias de diálogo para aprovar o PL como veio da Câmara [dos Deputados]. Estamos brigando para votar na próxima semana, nosso compromisso é aprovar com celeridade”, disse. Clique aqui e assista a Prosa da Agricultura Familiar!



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