Contraf finaliza 7º Ciclo de Debates e dá largada aos últimos preparativos para o V Congresso Nacional da Agricultura Familiar

Ao todo, Foram realizados sete debates virtuais, que foram fundamentais na construção das pautas que serão levadas ao Congresso que acontecerá nos dia 15, 16 e 17 de junho

Escrito por: Leidiane Souza • Publicado em: 28/05/2021 - 20:34 • Última modificação: 28/05/2021 - 21:12 Escrito por: Leidiane Souza Publicado em: 28/05/2021 - 20:34 Última modificação: 28/05/2021 - 21:12

Contraf-Brasil

O debate sobre Organização Sindical e Fortalecimento Institucional realizado na manhã desta sexta-feira (28) terminou com a sensação de dever cumprido e uma pitada de entusiasmo. Isso porque este foi o último Ciclo de Debates realizado pela Contraf-Brasil. Agora, de norte a sul do país, agricultoras e agricultores familiares da base Contrafiana iniciam a contagem regressiva para realização V Congresso Nacional da Agricultura Familiar João Felício.

Ao todo, Foram realizados sete debates virtuais, que tiveram papel fundamental na construção coletiva e democrática das pautas que serão discutidas durante o Congresso Nacional que acontecerá nos dia 15, 16 e 17 de junho.

A 7 ª rodada do Ciclo de Debates refletiu sobre as estratégias de atuação do sindicalismo da agricultura familiar nos últimos anos e debateu o papel do sindicalismo da base Contrafiana. A conversa contou com a participação do coordenador do Departamento de Estudos Socioeconômicos Rurais (Deser), Amadeu Bonato. Em seu discurso, Bonato afirmou que é preciso que os movimentos sindicais rompam o modelo de sindicalismo padronizado a fim de repaginar o movimento sindical. “É necessário redescobrir a essência do sindicalismo para criarmos representações da agricultura familiar alicerçadas em um sindicalismo cada vez mais ousado”, disse.

Amadeu Bonato explica que devido a enorme diversidade geográfica, de produção e de demanda da agricultura familiar, representar esta rica categoria não é tarefa fácil. Por isso, Bonato ressalta que os sindicatos devem se atentar à pluralidade da agricultura familiar e criar mecanismos que garantam um sindicalismo que atenda essa diversidade. “Não podemos abandonar os princípios de luta, mas devemos ter em mente que eles precisam ser renovados constantemente. Para avançar, é necessário  aprofundar um sindicalismo que se atente às pautas atuais, como, por exemplo, à luta coletiva para aumentar a participação das mulheres e dos jovens no movimento sindical”, ressaltou Bonato.  

O ex-deputado estadual do Rio Grande do Sul e ex-coordenador da FETRAF-SUL, Altemir Tortelli relembrou que o período vivenciado atualmente é de extrema dificuldade e que é necessário que a base entenda as diversas realidades e complexidades da atuação sindical. “não estamos vivendo uma realidade favorável. Nos últimos tempos, temos vivenciado a implantação neoliberal e o ataque proposital aos direitos da classe trabalhadora e às políticas públicas.  Nunca enfrentamos um agronegócio tão forte como agora. O governo atual aprofundou a lógica de produção de monoculturas e a conjuntura tem propiciado o enfraquecimento do movimento sindical. Precisamos fortalecer o processo formativo, as mobilizações e ampliar a consciência revolucionária para realizar o enfrentando ao modelo neoliberal”, pontuou.

Já o dirigente da FETRAF/RN, João Cabral reforçou  que para falar sobre organização sindical é necessário voltar ao passado.  Cabral explicou que durante a década de 50, quando os agricultores começaram a se organizar nas chamadas ligas camponesas, ainda não existiam sindicatos. Entretanto, foi um momento de grandes revoluções políticas. “Nos dias atuais temos um grande desafio; criar organizações conscientes da importância da formação sindical. Precisamos fortalecer as lideranças da agricultura familiar e criar uma grande rede de comunicadores sociais. A comunicação é essencial para crescermos e ampliarmos nossa rede de articulação por direitos e mehorias para toda agricultura familiar”, disse.

Cabral concluiu explicando que a agricultura familiar deve unir forças com demais setores da sociedade que também têm sofrido ataques e estão lutando para sobreviver. Para garantir avanços, Cabral defende quatro pilares: ação, formação, produção e comunicação.  “Sem formação e educação ninguém vira doutor. Os agricultores precisam investir em formação, caso contrário, corremos o risco de sermos manobrados”, concluiu o dirigente.

 

 

Título: Contraf finaliza 7º Ciclo de Debates e dá largada aos últimos preparativos para o V Congresso Nacional da Agricultura Familiar, Conteúdo: O debate sobre Organização Sindical e Fortalecimento Institucional realizado na manhã desta sexta-feira (28) terminou com a sensação de dever cumprido e uma pitada de entusiasmo. Isso porque este foi o último Ciclo de Debates realizado pela Contraf-Brasil. Agora, de norte a sul do país, agricultoras e agricultores familiares da base Contrafiana iniciam a contagem regressiva para realização V Congresso Nacional da Agricultura Familiar João Felício. Ao todo, Foram realizados sete debates virtuais, que tiveram papel fundamental na construção coletiva e democrática das pautas que serão discutidas durante o Congresso Nacional que acontecerá nos dia 15, 16 e 17 de junho. A 7 ª rodada do Ciclo de Debates refletiu sobre as estratégias de atuação do sindicalismo da agricultura familiar nos últimos anos e debateu o papel do sindicalismo da base Contrafiana. A conversa contou com a participação do coordenador do Departamento de Estudos Socioeconômicos Rurais (Deser), Amadeu Bonato. Em seu discurso, Bonato afirmou que é preciso que os movimentos sindicais rompam o modelo de sindicalismo padronizado a fim de repaginar o movimento sindical. “É necessário redescobrir a essência do sindicalismo para criarmos representações da agricultura familiar alicerçadas em um sindicalismo cada vez mais ousado”, disse. Amadeu Bonato explica que devido a enorme diversidade geográfica, de produção e de demanda da agricultura familiar, representar esta rica categoria não é tarefa fácil. Por isso, Bonato ressalta que os sindicatos devem se atentar à pluralidade da agricultura familiar e criar mecanismos que garantam um sindicalismo que atenda essa diversidade. “Não podemos abandonar os princípios de luta, mas devemos ter em mente que eles precisam ser renovados constantemente. Para avançar, é necessário  aprofundar um sindicalismo que se atente às pautas atuais, como, por exemplo, à luta coletiva para aumentar a participação das mulheres e dos jovens no movimento sindical”, ressaltou Bonato.   O ex-deputado estadual do Rio Grande do Sul e ex-coordenador da FETRAF-SUL, Altemir Tortelli relembrou que o período vivenciado atualmente é de extrema dificuldade e que é necessário que a base entenda as diversas realidades e complexidades da atuação sindical. “não estamos vivendo uma realidade favorável. Nos últimos tempos, temos vivenciado a implantação neoliberal e o ataque proposital aos direitos da classe trabalhadora e às políticas públicas.  Nunca enfrentamos um agronegócio tão forte como agora. O governo atual aprofundou a lógica de produção de monoculturas e a conjuntura tem propiciado o enfraquecimento do movimento sindical. Precisamos fortalecer o processo formativo, as mobilizações e ampliar a consciência revolucionária para realizar o enfrentando ao modelo neoliberal”, pontuou. Já o dirigente da FETRAF/RN, João Cabral reforçou  que para falar sobre organização sindical é necessário voltar ao passado.  Cabral explicou que durante a década de 50, quando os agricultores começaram a se organizar nas chamadas ligas camponesas, ainda não existiam sindicatos. Entretanto, foi um momento de grandes revoluções políticas. “Nos dias atuais temos um grande desafio; criar organizações conscientes da importância da formação sindical. Precisamos fortalecer as lideranças da agricultura familiar e criar uma grande rede de comunicadores sociais. A comunicação é essencial para crescermos e ampliarmos nossa rede de articulação por direitos e mehorias para toda agricultura familiar”, disse. Cabral concluiu explicando que a agricultura familiar deve unir forças com demais setores da sociedade que também têm sofrido ataques e estão lutando para sobreviver. Para garantir avanços, Cabral defende quatro pilares: ação, formação, produção e comunicação.  “Sem formação e educação ninguém vira doutor. Os agricultores precisam investir em formação, caso contrário, corremos o risco de sermos manobrados”, concluiu o dirigente.    



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