Brasil perde dinheiro da ONU para combate à fome no campo

Brasil pede investimentos de US$ 20 milhões no Maranhão e US$ 25 milhões no Ceará para instalar cisternas e apoiar pequenos agricultores.

Escrito por: Folha de São Paulo/ Painel S.A. [email protected] • Publicado em: 08/05/2019 - 12:23 • Última modificação: 08/05/2019 - 12:27 Escrito por: Folha de São Paulo/ Painel S.A. [email protected] Publicado em: 08/05/2019 - 12:23 Última modificação: 08/05/2019 - 12:27

Divulgação Cisterna

O Brasil perdeu US$ 45 milhões em projetos financiados pelo Ifad (Fundo Internacional para o Desenvolvimento Agrícola), agência da ONU de combate a pobreza e fome no campo.

Investimentos de US$ 20 milhões no Maranhão e US$ 25 milhões no Ceará para instalar cisternas e apoiar pequenos agricultores, entre eles comunidades indígenas e quilombolas, estão congelados por falta de aprovação da Cofiex, a comissão de financiamento externo do Ministério da Economia. No Maranhão, a capacidade de pagamento é insuficiente para ter a União como avalista do empréstimo internacional. “O estado tinha nota B, mas a metodologia mudou em 2018. Caiu para C e perdeu a condição”, disse Júlio Mendonça, secretário de agricultura familiar.

A estimativa é que o projeto atenderia 100 mil famílias, incluindo comunidades indígenas e quilombolas. O Ceará está reelaborando o documento para o pleito de financiamento porque a Cofiex alterou critérios de aceitação em 2018, segundo o secretário de desenvolvimento agrário, Francisco Diniz. Os recursos seriam usados em uma iniciativa já existente, o projeto Paulo Freire, com entrega de cisternas e capacitação. O programa atende população rural de 31 municípios que correspondem 18% da área do Ceará, segundo a secretaria.

Claus Reiner, diretor do Ifad no Brasil, diz que é uma perda para o país. A entidade tem seis projetos em andamento aqui, em estados como Piauí e Bahia. Começaram entre 2013 e 2015 e terminam até 2020, podendo haver extensão. A carteira total abrange US$ 500 milhões. Como o Brasil é considerado um país de renda média alta, entre as nações contempladas pelo fundo, a instituição exige contrapartida para demonstrar comprometimento com o esforço de investimento. Procurado, o Ministério da Economia diz que a avaliação da Cofiex considera aspectos financeiros e técnicos.

Título: Brasil perde dinheiro da ONU para combate à fome no campo, Conteúdo: O Brasil perdeu US$ 45 milhões em projetos financiados pelo Ifad (Fundo Internacional para o Desenvolvimento Agrícola), agência da ONU de combate a pobreza e fome no campo. Investimentos de US$ 20 milhões no Maranhão e US$ 25 milhões no Ceará para instalar cisternas e apoiar pequenos agricultores, entre eles comunidades indígenas e quilombolas, estão congelados por falta de aprovação da Cofiex, a comissão de financiamento externo do Ministério da Economia. No Maranhão, a capacidade de pagamento é insuficiente para ter a União como avalista do empréstimo internacional. “O estado tinha nota B, mas a metodologia mudou em 2018. Caiu para C e perdeu a condição”, disse Júlio Mendonça, secretário de agricultura familiar. A estimativa é que o projeto atenderia 100 mil famílias, incluindo comunidades indígenas e quilombolas. O Ceará está reelaborando o documento para o pleito de financiamento porque a Cofiex alterou critérios de aceitação em 2018, segundo o secretário de desenvolvimento agrário, Francisco Diniz. Os recursos seriam usados em uma iniciativa já existente, o projeto Paulo Freire, com entrega de cisternas e capacitação. O programa atende população rural de 31 municípios que correspondem 18% da área do Ceará, segundo a secretaria. Claus Reiner, diretor do Ifad no Brasil, diz que é uma perda para o país. A entidade tem seis projetos em andamento aqui, em estados como Piauí e Bahia. Começaram entre 2013 e 2015 e terminam até 2020, podendo haver extensão. A carteira total abrange US$ 500 milhões. Como o Brasil é considerado um país de renda média alta, entre as nações contempladas pelo fundo, a instituição exige contrapartida para demonstrar comprometimento com o esforço de investimento. Procurado, o Ministério da Economia diz que a avaliação da Cofiex considera aspectos financeiros e técnicos.



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