Bahia terá projeto de recuperação de poços artesianos

Com foco na oferta de água para pequenos rebanhos e o aproveitamento em hortas, o objetivo é melhorar a qualidade de vida da população rural do semiárido baiano, que convive com as frequentes secas

Escrito por: FETRAF • Publicado em: 26/04/2012 - 00:00 Escrito por: FETRAF Publicado em: 26/04/2012 - 00:00

A Secretaria de Desenvolvimento Territorial do Ministério do Desenvolvimento Agrário (SDT/MDA) em parceria com a Secretaria Estadual do Meio Ambiente estão desenvolvendo um projeto por meio da Companhia de Engenharia Ambiental e Recursos Hídricos de recuperação de poços artesianos na Bahia.

Com foco na oferta de água para pequenos rebanhos e o aproveitamento em hortas, o objetivo é melhorar a qualidade de vida da população rural do semiárido baiano, que convive com as frequentes secas.  

Para a implantação do Programa de Aproveitamento de Poços de Baixa Vazão e/ou Salinizados por meio da compra de bombas e cataventos para retirada de água de poços com água salinizada, o MDA vai investir um total de R$ 6 milhões. O líquido, impróprio para consumo humano, pode ser consumido por animais, evitando que eles morram devido à falta de água.

O secretário de Desenvolvimento Territorial, Jerônimo Rodrigues, diz que a proposta de inclusão produtiva aliada ao enfrentamento dos efeitos da seca, na Bahia, revela a preocupação do MDA, em conjunto com o governo do estado, de oferecer infraestrutura para o meio rural na intenção de suprir com água também os pequenos rebanhos. “No semiárido, quando não se tem água para a criação, os animais perdem peso e com isso o valor de venda baixa. A agricultura familiar tem prejuízo e os atravessadores se aproveitam da situação. É preciso cuidar da água para o consumo humano e também da água para os animais. É uma ação emergencial mas que extrapola esse momento de seca prolongada no estado. Com esse projeto cuidaremos do emergencial, mas também olhamos para ações futuras em relação ao semiárido”, explicou o secretário.

A assessora da Presidência da CERB, Neli Cerqueira, explicou que na região há poços de vazão insuficiente para atendimento das demandas ou com teores de sais e de outros elementos que tornam suas águas impróprias para consumo humano. Neli aponta que o projeto aproveita estes poços para outros usos, possibilitando a inserção de meios produtivos nas pequenas comunidades rurais. “Por isso a importância desse programa que aproveita poços já perfurados”, ressalta.

Sobre o Programa

A seleção dos poços utilizou como base o banco de dados da CERB, considerando os seguintes critérios de pré-inclusão: poços perfurados e não instalados nos últimos dez anos em todos os Territórios de Identidade do Estado da Bahia e poços com águas com  teor de resíduos sólidos de até 7000 mg/l, em função do limite aceitável do gado bovino e de até 12000 mg/L para caprinos e ovinos.

O projeto vai implantar 280 poços já enquadrados nesta condição. Segundo estudos existentes e adotando-se o consumo médio de 5 litros por dia por animal, cada poço aproveitado poderá manter um rebanho de gado caprino de aproximadamente 250 cabeças.

O programa está dividido em três fases: visita técnica de identificação, implantação e transferência. “Além do MDA, o arranjo institucional prevê o envolvimento da CERB, que realizará intenso trabalho social de mobilização, implantará os equipamentos e capacitará comunidades; das prefeituras municipais, que serão parceiras; e das associações de usuários, que serão responsáveis pela futura operação e manutenção dos equipamentos”, conclui Bento Ribeiro, Diretor Presidente da CERB.

*Fonte MDA

Título: Bahia terá projeto de recuperação de poços artesianos, Conteúdo: A Secretaria de Desenvolvimento Territorial do Ministério do Desenvolvimento Agrário (SDT/MDA) em parceria com a Secretaria Estadual do Meio Ambiente estão desenvolvendo um projeto por meio da Companhia de Engenharia Ambiental e Recursos Hídricos de recuperação de poços artesianos na Bahia. Com foco na oferta de água para pequenos rebanhos e o aproveitamento em hortas, o objetivo é melhorar a qualidade de vida da população rural do semiárido baiano, que convive com as frequentes secas.   Para a implantação do Programa de Aproveitamento de Poços de Baixa Vazão e/ou Salinizados por meio da compra de bombas e cataventos para retirada de água de poços com água salinizada, o MDA vai investir um total de R$ 6 milhões. O líquido, impróprio para consumo humano, pode ser consumido por animais, evitando que eles morram devido à falta de água. O secretário de Desenvolvimento Territorial, Jerônimo Rodrigues, diz que a proposta de inclusão produtiva aliada ao enfrentamento dos efeitos da seca, na Bahia, revela a preocupação do MDA, em conjunto com o governo do estado, de oferecer infraestrutura para o meio rural na intenção de suprir com água também os pequenos rebanhos. “No semiárido, quando não se tem água para a criação, os animais perdem peso e com isso o valor de venda baixa. A agricultura familiar tem prejuízo e os atravessadores se aproveitam da situação. É preciso cuidar da água para o consumo humano e também da água para os animais. É uma ação emergencial mas que extrapola esse momento de seca prolongada no estado. Com esse projeto cuidaremos do emergencial, mas também olhamos para ações futuras em relação ao semiárido”, explicou o secretário. A assessora da Presidência da CERB, Neli Cerqueira, explicou que na região há poços de vazão insuficiente para atendimento das demandas ou com teores de sais e de outros elementos que tornam suas águas impróprias para consumo humano. Neli aponta que o projeto aproveita estes poços para outros usos, possibilitando a inserção de meios produtivos nas pequenas comunidades rurais. “Por isso a importância desse programa que aproveita poços já perfurados”, ressalta. Sobre o Programa A seleção dos poços utilizou como base o banco de dados da CERB, considerando os seguintes critérios de pré-inclusão: poços perfurados e não instalados nos últimos dez anos em todos os Territórios de Identidade do Estado da Bahia e poços com águas com  teor de resíduos sólidos de até 7000 mg/l, em função do limite aceitável do gado bovino e de até 12000 mg/L para caprinos e ovinos. O projeto vai implantar 280 poços já enquadrados nesta condição. Segundo estudos existentes e adotando-se o consumo médio de 5 litros por dia por animal, cada poço aproveitado poderá manter um rebanho de gado caprino de aproximadamente 250 cabeças. O programa está dividido em três fases: visita técnica de identificação, implantação e transferência. “Além do MDA, o arranjo institucional prevê o envolvimento da CERB, que realizará intenso trabalho social de mobilização, implantará os equipamentos e capacitará comunidades; das prefeituras municipais, que serão parceiras; e das associações de usuários, que serão responsáveis pela futura operação e manutenção dos equipamentos”, conclui Bento Ribeiro, Diretor Presidente da CERB. *Fonte MDA



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