A ilusão de conciliação com a classe dominante cai por terra

Os eventos acontecidos no atual período chamam toda a classe trabalhadora a refletir, estudar e debater com atenção nas bases.

Escrito por: Foto - divulgação na web/ Texto escrito por Auri Junior ? agricultor familiar e coordenador da Secretaria de Juventude da Contraf Brasil • Publicado em: 10/08/2016 - 14:34 Escrito por: Foto - divulgação na web/ Texto escrito por Auri Junior ? agricultor familiar e coordenador da Secretaria de Juventude da Contraf Brasil Publicado em: 10/08/2016 - 14:34

Enquanto em nossas arenas acontecem os jogos olímpicos, no Congresso Nacional a democracia continua sofrendo a tragédia do golpe. Na farsa do golpe a questão central não é somente o retorno de Dilma ao cargo de Presidenta, mas o profundo ódio de classe e de gênero investido mais uma vez aos pobres que já não aceitam mais continuar a margem do País.

Os eventos acontecidos no atual período chamam toda a classe trabalhadora a refletir, estudar e debater com atenção nas bases.  Estamos todos e todas vendo a queda de um governo, por meio de um golpe parlamentar, com a justificativa de cometimento de crime de responsabilidade por parte da Presidenta da República.  As investigações da operação lava jato, os muitos escândalos de corrupção é madeira verde que alimenta com abundância a grande cortina de fumaça entre os poderes e o povo. 

A chamada classe dominante cheia de intolerância e ressentimento já nem mesmo tolera ouvir a pronúncia do termo ‘’presidenta ‘’, como se isso fosse um erro insanável e irreparável ao País que ficticiamente é de todos e todas.  O complexo de inferioridade diante do mundo não aceita mais a senzala usando de bens de consumo secularmente de uso apenas deles.  Essa mesmo que fictícia assimilação dos membros da senzala com o grande salão da casa grande, fazendo com que diferentes possam parecer iguais é intolerável em todos os sentidos pra eles.  

Nesse contexto de atraso, quase que medieval, o ódio de classe e gênero materializa-se como ponto central no palco desse golpe parlamentar em curso.  A relutância da classe dominante em querer a todo custo manter a senzala, mostra que o problema central do Brasil, de hoje, é o mesmo de ontem.  As massas tem que continuar sendo subservientes do deleite e das regalias da classe dominante. A sua formação, tudo deve ser compilada não para pensar, logo ‘’existir’’ e participar de decisão, mas simplesmente servi a classe dominante. Política e religião não se discutem, como diz o ditado disseminado por eles. Não pelos pobres, por eles sim.

A chegada de um torneiro mecânico, um trabalhador comum a Presidência da República versada num governo de coalisão com a classe dominante deu certo inicialmente. Era tolerável, pois os miseráveis não tinha nada além de trapos, fome e miséria em todos os sentidos. O básico do básico como, luz elétrica não se tinha. Televisão, geladeira que historia é essa. Agora pobre tem TV 60 polegadas de led, tem celular de última geração e lota os shoppings Center, pronto começou o problema, esse povo está em todo canto.

Com a ousada eleição de uma mulher a Presidência da República a classe dominante começou a perceber que estava ficando distante a possibilidade de voltarem a ganhar de maneira direta uma eleição presidencial, sem dialogar e firma compromisso real com a pauta dos pobres.  Os rumores de LULA 2018 foi o estopim para eles de uso de todo o poder econômico e midiático que sempre detiveram, tramasse e dessem o golpe parlamentar sem qualquer pudor com a histórica, a democracia e o futuro da nação.

A direita rompeu! Deu um golpe parlamentar e o curto recreio dos pobres acabou, como podemos ver claramente nas ações visando à retirada de direitos sociais pelo governo interino.  

É importante mensurar que a classe média alta, com setores do judiciário, da mídia se embalou na onda do golpe com a justificativa ilusória que com a derrocada do partido dos trabalhadores e trabalhadoras acabaria toda a corrupção no Brasil e o País retomaria o emprego e crescimento econômico. Os embalados de domingo na praia estão no completo silêncio estáticos diante do aprofundamento da crise no Governo Temer.

O Presidente interino engasgado nas palavras com mão hábil vai dando canetadas para a festa do povo de Deus e vai acabando com tudo conquistado em mais de 30 anos de luta pelos trabalhadores e trabalhadoras, conquistados até mesmo em governo das elites.

A considerar que vivemos uma crise econômica global e que em tese os ricos ainda não tiveram tempo de aumentar seus dígitos lucrativos pode-se afirma com clareza que a retirada de direitos e conquistas sociais é apenas revanchismo barato de uma classe complexada e ressentida.  Durante o governo LULA e DILMA os dominadores nunca ganharam tanto, portanto lucrar só não basta.  É preciso ser ‘’superior’’ estar ‘’acima’’.

O golpe no Brasil é também de grande interesse do capital internacional, pois as derrocadas de governos progressistas na América Latina enfraquecem as frentes de resistência ao neoliberalismo no mundo. Estratégias como a do BRINCS, a construção do Canal de Nicarágua, Ferrovia Transoceânicae o famoso Porto de Mariel financiado pelo BNDS, amplamente rechaçado pela direita brasileira precisa ser colocado no debate por todos nós.   O avanço dessas iniciativas estratégicas só foi possível pela chegada de governos progressistas na América Latina. Elas sem dúvida possibilitam pensar uma nova ordem mundial frente ao grande capital. Como podemos ver a estratégia do governo interino com a sua histórica visão de entreguíssimo das riquezas nacionais atua diretamente na derrocada dessas estratégias tão importantes, não somente para nós, mas para Pátria Latina Americana e todo o globo.

Diante do aprofundamento da nossa crise política, por todos os lados a classe trabalhadora não pode desanimar, nem baixar a guarda. É preciso continuar a ocupar as ruas, as escolas, todos os espaços para continuar fazendo os debates, contrapontos e autocríticas necessárias para continuar as lutas pela construção do outro projeto de sociedade e de mundo.  As reformas de base, aquelas que levaram Getúlio ao suicídio, que tentaram derrubar Juscelino diversas vezes, derrubaram Jango e deu o golpe militar de 64, são mais recorrentes do que nunca. Sem elas como podemos ver o Estado fica capenga e as conquistas do povo não tem perenidade ao tempo.

Nós, os trabalhadores e trabalhadoras, temos a obrigação histórica de defender Dilma até o fim. Ela é uma heroína que sobreviveu a ditadura militar e que tem resistido a mais esse golpe à democracia com a coragem e o entusiasmo de tantas outras heroínas da nossa história. 

Como podemos ver, mais uma vez, ontem (09-08), na seção do Senado Federal, só um milagre absolverá Dilma. Nada do que se diga e que se apresente é suficiente para provar sua inocência. Nesse caso a justiça não é cega, como de costume é mouca, pois os inquisidores só olham os seus interesses. E agora José bradou uma Senadora, ontem, no Plenário do Senado Federal. Essa pergunta tão simplória é nesse momento tão recorrente a todos nós. E agora José?

A Presidenta Dilma é inocente como está claro.  O que se fazer diante da condenação iminente. A quem deve recorrer os inocentes?

Penso que quem deve dar a palavra definitiva é o povo brasileiro. Para isso, ele precisa ser consultado. Nessa perspectiva o burburinho sobre uma possível carta de Dilma ao Senado e ao povo propondo novas eleições não resolve mais dar ao povo o direito à palavra final sobre o mandado que eles instituíram.

O ideal mesmo é que tivéssemos mecanismos de participação direta e popular para que no fim de um processo desses fosse perguntado a nação se Dilma fica ou sai. Mas como se sabe, o Brasil não fez as suas reformas de base, e não fez porque as elites nunca permitiram. Elas nunca quiseram a modernização do Estado brasileiro e o aprofundamento da democracia.  Lutar pelo aprofundamento da nossa democracia, com as reformas de base que modernize o Estado e garanta os direitos individuais do povo é tão fundamental e recorrente hoje como foi em 64. Sem isso, é muito certo que todas as conquistas do povo ficam meio capengas e não parece ser perene ao tempo.

Nós precisamos é de mais democracia. Já basta de Golpe!

Escrito por Auri Junior – agricultor familiar e coordenador da Secretaria de Juventude da Contraf Brasil

Título: A ilusão de conciliação com a classe dominante cai por terra, Conteúdo: Enquanto em nossas arenas acontecem os jogos olímpicos, no Congresso Nacional a democracia continua sofrendo a tragédia do golpe. Na farsa do golpe a questão central não é somente o retorno de Dilma ao cargo de Presidenta, mas o profundo ódio de classe e de gênero investido mais uma vez aos pobres que já não aceitam mais continuar a margem do País. Os eventos acontecidos no atual período chamam toda a classe trabalhadora a refletir, estudar e debater com atenção nas bases.  Estamos todos e todas vendo a queda de um governo, por meio de um golpe parlamentar, com a justificativa de cometimento de crime de responsabilidade por parte da Presidenta da República.  As investigações da operação lava jato, os muitos escândalos de corrupção é madeira verde que alimenta com abundância a grande cortina de fumaça entre os poderes e o povo.  A chamada classe dominante cheia de intolerância e ressentimento já nem mesmo tolera ouvir a pronúncia do termo ‘’presidenta ‘’, como se isso fosse um erro insanável e irreparável ao País que ficticiamente é de todos e todas.  O complexo de inferioridade diante do mundo não aceita mais a senzala usando de bens de consumo secularmente de uso apenas deles.  Essa mesmo que fictícia assimilação dos membros da senzala com o grande salão da casa grande, fazendo com que diferentes possam parecer iguais é intolerável em todos os sentidos pra eles.   Nesse contexto de atraso, quase que medieval, o ódio de classe e gênero materializa-se como ponto central no palco desse golpe parlamentar em curso.  A relutância da classe dominante em querer a todo custo manter a senzala, mostra que o problema central do Brasil, de hoje, é o mesmo de ontem.  As massas tem que continuar sendo subservientes do deleite e das regalias da classe dominante. A sua formação, tudo deve ser compilada não para pensar, logo ‘’existir’’ e participar de decisão, mas simplesmente servi a classe dominante. Política e religião não se discutem, como diz o ditado disseminado por eles. Não pelos pobres, por eles sim. A chegada de um torneiro mecânico, um trabalhador comum a Presidência da República versada num governo de coalisão com a classe dominante deu certo inicialmente. Era tolerável, pois os miseráveis não tinha nada além de trapos, fome e miséria em todos os sentidos. O básico do básico como, luz elétrica não se tinha. Televisão, geladeira que historia é essa. Agora pobre tem TV 60 polegadas de led, tem celular de última geração e lota os shoppings Center, pronto começou o problema, esse povo está em todo canto. Com a ousada eleição de uma mulher a Presidência da República a classe dominante começou a perceber que estava ficando distante a possibilidade de voltarem a ganhar de maneira direta uma eleição presidencial, sem dialogar e firma compromisso real com a pauta dos pobres.  Os rumores de LULA 2018 foi o estopim para eles de uso de todo o poder econômico e midiático que sempre detiveram, tramasse e dessem o golpe parlamentar sem qualquer pudor com a histórica, a democracia e o futuro da nação. A direita rompeu! Deu um golpe parlamentar e o curto recreio dos pobres acabou, como podemos ver claramente nas ações visando à retirada de direitos sociais pelo governo interino.   É importante mensurar que a classe média alta, com setores do judiciário, da mídia se embalou na onda do golpe com a justificativa ilusória que com a derrocada do partido dos trabalhadores e trabalhadoras acabaria toda a corrupção no Brasil e o País retomaria o emprego e crescimento econômico. Os embalados de domingo na praia estão no completo silêncio estáticos diante do aprofundamento da crise no Governo Temer. O Presidente interino engasgado nas palavras com mão hábil vai dando canetadas para a festa do povo de Deus e vai acabando com tudo conquistado em mais de 30 anos de luta pelos trabalhadores e trabalhadoras, conquistados até mesmo em governo das elites. A considerar que vivemos uma crise econômica global e que em tese os ricos ainda não tiveram tempo de aumentar seus dígitos lucrativos pode-se afirma com clareza que a retirada de direitos e conquistas sociais é apenas revanchismo barato de uma classe complexada e ressentida.  Durante o governo LULA e DILMA os dominadores nunca ganharam tanto, portanto lucrar só não basta.  É preciso ser ‘’superior’’ estar ‘’acima’’. O golpe no Brasil é também de grande interesse do capital internacional, pois as derrocadas de governos progressistas na América Latina enfraquecem as frentes de resistência ao neoliberalismo no mundo. Estratégias como a do BRINCS, a construção do Canal de Nicarágua, Ferrovia Transoceânicae o famoso Porto de Mariel financiado pelo BNDS, amplamente rechaçado pela direita brasileira precisa ser colocado no debate por todos nós.   O avanço dessas iniciativas estratégicas só foi possível pela chegada de governos progressistas na América Latina. Elas sem dúvida possibilitam pensar uma nova ordem mundial frente ao grande capital. Como podemos ver a estratégia do governo interino com a sua histórica visão de entreguíssimo das riquezas nacionais atua diretamente na derrocada dessas estratégias tão importantes, não somente para nós, mas para Pátria Latina Americana e todo o globo. Diante do aprofundamento da nossa crise política, por todos os lados a classe trabalhadora não pode desanimar, nem baixar a guarda. É preciso continuar a ocupar as ruas, as escolas, todos os espaços para continuar fazendo os debates, contrapontos e autocríticas necessárias para continuar as lutas pela construção do outro projeto de sociedade e de mundo.  As reformas de base, aquelas que levaram Getúlio ao suicídio, que tentaram derrubar Juscelino diversas vezes, derrubaram Jango e deu o golpe militar de 64, são mais recorrentes do que nunca. Sem elas como podemos ver o Estado fica capenga e as conquistas do povo não tem perenidade ao tempo. Nós, os trabalhadores e trabalhadoras, temos a obrigação histórica de defender Dilma até o fim. Ela é uma heroína que sobreviveu a ditadura militar e que tem resistido a mais esse golpe à democracia com a coragem e o entusiasmo de tantas outras heroínas da nossa história.  Como podemos ver, mais uma vez, ontem (09-08), na seção do Senado Federal, só um milagre absolverá Dilma. Nada do que se diga e que se apresente é suficiente para provar sua inocência. Nesse caso a justiça não é cega, como de costume é mouca, pois os inquisidores só olham os seus interesses. E agora José bradou uma Senadora, ontem, no Plenário do Senado Federal. Essa pergunta tão simplória é nesse momento tão recorrente a todos nós. E agora José? A Presidenta Dilma é inocente como está claro.  O que se fazer diante da condenação iminente. A quem deve recorrer os inocentes? Penso que quem deve dar a palavra definitiva é o povo brasileiro. Para isso, ele precisa ser consultado. Nessa perspectiva o burburinho sobre uma possível carta de Dilma ao Senado e ao povo propondo novas eleições não resolve mais dar ao povo o direito à palavra final sobre o mandado que eles instituíram. O ideal mesmo é que tivéssemos mecanismos de participação direta e popular para que no fim de um processo desses fosse perguntado a nação se Dilma fica ou sai. Mas como se sabe, o Brasil não fez as suas reformas de base, e não fez porque as elites nunca permitiram. Elas nunca quiseram a modernização do Estado brasileiro e o aprofundamento da democracia.  Lutar pelo aprofundamento da nossa democracia, com as reformas de base que modernize o Estado e garanta os direitos individuais do povo é tão fundamental e recorrente hoje como foi em 64. Sem isso, é muito certo que todas as conquistas do povo ficam meio capengas e não parece ser perene ao tempo. Nós precisamos é de mais democracia. Já basta de Golpe! Escrito por Auri Junior – agricultor familiar e coordenador da Secretaria de Juventude da Contraf Brasil



Informativo CONTRAF-BRASIL

Cadastre-se e receba periodicamente
nossos boletins informativos.