2017 foi um cenário desastroso para Agricultura Familiar com o Governo de Temer

Publicado em: 10/11/2017 Publicado em: 10/11/2017

A onda de desmonte das políticas de desenvolvimento social e econômico continuam a tramitar no Congresso Nacional, com apoio da bancada governista de Michel Temer as promessas é de que até o final de 2017 os parlamentares que apoiaram o golpe aprovem a reforma previdenciária, focando a idade da aposentadoria.

O relatório final da CPI da Previdência Social do Senado concluiu que a Previdência Social não é deficitária, mas, sim, alvo de má gestão. Instalada no fim de abril, a CPI realizou 26 audiências públicas e ouviu mais de 140 pessoas entre representantes de órgãos governamentais, sindicatos, associações, empresas, além de membros do Ministério Público e da Justiça do Trabalho, deputados, auditores, especialistas e professores.

“Os dados mostraram que não há déficit, existe sim uma grande sonegação de impostos dos grandes grupos empresariais e o Governo trabalha com a troca de favores baseado no interesse destes grandes grupos focados em acabar com o direito dos trabalhadores”, destaca Marcos Rochinski, coordenador geral da CONTRAF BRASIL.

A CONTRAF BRASIL avalia que a Agricultura Familiar nunca sofreu cortes tão drásticos como este ano de 2017, não apenas no orçamento como também na extinção de estruturas, programas e políticas públicas. “Tivemos os piores índices este ano, o orçamento desastroso que acabou com políticas importantes para o fortalecimento da agricultura familiar como a assistência técnica e extensão rural, habitação com o Minha Casa Minha Vida Rural, obtenção de terras e muitas outras, todas paralisadas e com risco de não ter continuidade no próximo ano”, diz Rochinski.

Nesta sexta-feira dia 10, dia de Paralisação Nacional, vale ressaltar que diante da atual conjuntura política de desmonte, a ativa participação social é essencial para frear medidas que venham prejudicar a classe trabalhadora. “Temos como um todo exercer o papel de cidadão, ir às ruas, protestar e reivindicar. Sem isso, não vamos conseguir barrar o processo de retrocesso. Se calarmos diante dessa onda de desmonte do Estado, o Governo irá continuar tirando direitos, como fez com a reforma trabalhista que já começa a vigorar agora”, ressaltou o coordenador.

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