Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres tem nova dirigente
Nesta sexta (10), FETRAF-BRASIL participou da cerimônia de posse de Eleonora Menicucci
Escrito por: FETRAF • Publicado em: 10/02/2012 - 00:00 Escrito por: FETRAF Publicado em: 10/02/2012 - 00:00Foto: Ricardo Stuckert Filho/PR
Em uma cerimônia marcada por simbolismos e lembranças do tempo da ditadura, a presidente Dilma Rousseff deu posse nesta quinta-feira à ex-companheira de cela Eleonora Menicucci como ministra-chefe da Secretaria de Políticas para as Mulheres.
Tanto a presidente quanto a sua nova auxiliar, que foram presas e torturadas e chegaram a dividir uma cela no presídio Tiradentes durante o regime militar (1964-1985), discursaram no evento e lembraram dos tempos de militância.
Para Elisângela Araújo, coordenadora geral da FETRAF-BRASIL que participou da posse da ministra, “a escolha é muito positiva, pois Eleonora contribuiu muito para o processo de desenvolvimento do país”.
Eleonora substitui Iriny Lopes, que deixa o cargo para concorrer à Prefeitura de Vitória pelo PT em outubro.
As alterações devem ser concluídas com a escolha de um titular definitivo para o Ministério do Trabalho (MTE), ocupado interinamente por Paulo Roberto dos Santos Pinto desde a demissão de Carlos Lupi (PDT), em dezembro, por denúncias de irregularidades.
Sobre a ministra
Eleonora Menicucci de Oliveira, mineira da cidade de Lavras, é filiada ao Partido dos Trabalhadores.Na juventude, interessou-se pelo ideário socialista e iniciou sua participação em organizações de esquerda após o golpe militar de 64. Passou quase três anos na cadeia em São Paulo, de 1971 a 1973.
Ao sair da prisão, reorganizou sua via em João Pessoa, na Paraíba, onde iniciou carreira docente na Universidade Federal da Paraíba. É nesse período que a militância feminista e a paixão pela pesquisa sobre as condições de vida das mulheres brasileiras ganharam relevo na sua trajetória acadêmica e política.
Eleonora Menicucci de Oliveira é feminista de primeira hora, da chamada "segunda onda do feminismo brasileiro", que aconteceu a partir de 1975. Como pesquisadora e professora titular da Universidade Federal de São Paulo, publica regularmente artigos e estudos sobre temas críticos da condição das mulheres nos campos da saúde, violência e trabalho.