Projeto Terra Solidária reúne mais de 200 lideranças do campo e da cidade catarinense
Desenvolver a formação de lideranças, articulada às lutas da Agricultura Familiar
Escrito por: Matheus Antonio Kraemer - Ascom/ Fetraf Santa Catarina • Publicado em: 06/12/2019 - 16:25 • Última modificação: 06/12/2019 - 16:29 Escrito por: Matheus Antonio Kraemer - Ascom/ Fetraf Santa Catarina Publicado em: 06/12/2019 - 16:25 Última modificação: 06/12/2019 - 16:29Divulgação Intercâmbio dos alunos do projeto na UFFS- Chapecó (julho de 2019).
Desenvolver a formação de lideranças, articulada às lutas da Agricultura Familiar, multiplicar ações, articular atores sociais no campo sindical e cooperativista, esse é o objetivo do Projeto Terra Solidária do Fórum das Entidades da Agricultura Familiar de Santa Catarina - FETRAF-SC/CUT, CRESOL CENTRAL, CRESOL SICOPER, UNICAFES, APACO, COOPERHAF, UFFS, ICAF-SC.
Inspirados nas atividades desenvolvidas na década de 90 e no ano de 2006, o Projeto Terra Solidária 2017/2019: multiplicando ações e sujeitos sociais, articula formação, mobilização e organização de lideranças do campo e da cidade, através do seu desenvolvimento como agente capaz de intervir e propor políticas públicas, além de torná-lo instrumento capaz de se integrar às novas tecnologias e pesquisas produzidas pela academia, em vista da melhoria na qualidade de vida do indivíduo, da sua família e comunidade.
Com lideranças qualificadas é possível ampliar o debate tão necessário de constituir novos sindicatos e fortalecer a representatividade das entidades existentes. Nessa mesma linha, o projeto se expande para a área de atuação de organizações parceiras que enfrentam desafios do campo de produção, reprodução da existência e, ampliando o debate político, democrático e social.
Durantes dois anos intensos de formação, o Projeto Terra Solidária: multiplicando ações e sujeitos sociais promoveu encontros presenciais e não presenciais, intercâmbios, trocas de experiências e saberes, mística e animação em todas as regiões de Santa Catarina. Dividido por seis módulos de formação, às atividades debateram diferentes temas: papel do estado e políticas públicas, papel da agricultura familiar no desenvolvimento, feminismo e relações patriarcais de gênero e relação, sustentabilidade, inovação, gestão e sustentação das organizações da agricultura familiar e cooperativismo.
Ao final dessas atividades é realizado o Fórum Avaliativo que tem como objetivo avaliar os dois anos de projeto em todas as suas áreas de conhecimento, metodologia, conteúdo, dinâmicas, equipe de multiplicandos, coordenação de politica pedagógica, em uma perspectiva de continuidade das ações de formação, mas também, de implementação das propostas que surgiram durante essa caminhada de formação.
O Fórum Avaliativo do Projeto Terra Solidária 2017/2019: multiplicando ações e sujeitos sociais será realizado neste sábado (07), na Universidade Federal da Fronteira Sul – UFFS, campus Chapecó. A atividade inicia às 08h30 min com o credenciamento dos participantes, já às 13h30 min, ocorre à solenidade de conclusão dos seis módulos.
O coordenador do Projeto Terra Solidária, professor Fabiano Geremia, comenta que o projeto possibilitou estreitar os vínculos entre a universidade e a comunidade, sobretudo no que se refere aos trabalhadores da Agricultura Familiar e aos integrantes das entidades vinculadas ao projeto. “O envolvimento da universidade, professores, técnicos administrativos em educação e alunos, com a comunidade garante os princípios institucionais da UFFS e da Política Nacional de Extensão Universitária. O Programa Terra Solidária conforma um espaço formativo longitudinal para todos os envolvidos, que não é encerrado após o término do projeto, mas, que se estende para as comunidades dos multiplicandos e refletem na construção coletiva do conhecimento”, afirma.
No encerramento final do projeto, os alunos receberão certificados pela Pró-reitora de extensão da UFFS como um curso de extensão. Desse modo, reafirma o objetivo do projeto, em vista de que, muitos destes estudantes realizam o seu sonho de acessar a universidade pública, fruto da luta dos movimentos sociais.