Programa de Formação de Dirigentes da FETRAF SC é realizado em Maravilha

O tema da apresentação foi “Sindicato: uma necessidade histórica e o papel do Dirigente’’

Escrito por: Assessoria de Comunicação FETRAF SC - Patrícia Duarte • Publicado em: 20/11/2017 - 16:27 Escrito por: Assessoria de Comunicação FETRAF SC - Patrícia Duarte Publicado em: 20/11/2017 - 16:27

Fetraf SC SINTRAF de Maravilha

A direção do Sindicato dos Trabalhadores na Agricultura Familiar de Maravilha (SINTRAF) realizou no dia 17 de novembro a atividade de Formação de Dirigentes Sindicais, coordenada pelo secretário municipal da Agricultura do município, Pedro Gilberto Ioris e pelo professor e assessor de formação e elaboração da FETRAF SC, Neuri Adílio Alves. A temática trabalhada pelo assessor foi ‘’Sindicato: uma necessidade histórica e o papel do Dirigente’’, como parte do programa FD- Formação de Dirigentes da Federação.

Em sua fala de abertura o secretário Pedro Ioris, de forma contundente tratou da importância da organização e participação do movimento sindical na luta em defesa e ampliação dos direitos. Segundo Ioris, é uma pena que nos últimos anos uma significativa parte dos trabalhadores da agricultura familiar por diversas razões se afastaram da luta. “É de conhecimento de todos que atravessamos um momento de grandes dificuldades no campo político, momento este que mais precisamos da presença de todos para fortalecer a defesa de nossas conquistas. Pois quando olhamos ao longo dos anos, as lutas travadas, as conquistas que tivemos e aí quando mais precisávamos nos mantes firmes, parte destas conquistas levaram uma significativa parcela das categorias de trabalhadores no Brasil ao comodismo. Mas não será por esta razão que iremos desanimar, pois a grande maioria de nós nascemos na luta, estamos aqui hoje e certamente continuaremos a nos encontrar em outros dias e anos pela frente”, afirmou o secretário.  

O assessor de formação Neuri Alves traçou uma linha ligando sua exposição na etapa formativa com os dirigentes. Segundo Neuri, a primeira questão a fazer é resgatar/reafirmar a concepção do sindicato como necessidade histórica, pois se tem algo que foi perdido ou vem sendo arrancado a força dos trabalhadores e banalizado pela sociedade capitalista atualmente é a entidade sindical. “Grande parte dos trabalhadores acham que o sindicato é uma entidade desnecessária, respondendo a pauta do grande sistema fascista em ascendente crescimento mundial que visa destruir os instrumentos de organização e luta dos trabalhadores rurais e urbanos”, ressaltou o assessor.

Fazendo menção à obra ‘A Era do Capital Improdutivo’ do economista Ladislau Dowbor, o professor fez um link sobre as razões da produção de milho, leite, soja entre outros produtos da agricultura não conseguirem valorizar na origem produtiva, ou perdem valor ao longo dos meses do ano, caso clássico que acontece com a cadeia produtiva do leite. Para o assessor, é fundamental que o papel político do dirigente sindical seja do semeador de convicções, pois isso reflete na confiança do trabalhador lá na base do sindicato. “É preciso deixar claro aos trabalhadores que fora da luta não há salvação às conquistas históricas e direitos consolidados, pois para o grande sistema tudo se resolve pelo dinheiro. Não faltam discursos econômicos para louvar esta sabedoria. Este é o discurso do grande agronegócio, do tecnicismo que costuma dizer que não melhoramos nossas condições porque não investimos para melhorar nossa propriedade, nossa produção, e quando investimos e a rentabilidade não vem, dizem que não estamos seguindo corretamente as receitas apresentadas”, afirma.

O que cabe aos dirigentes em cenários como este?

Conforme explanou o assessor, cabe o papel histórico que muitos ajudaram a cumprir e que, com a teimosia dos justos e esperançosos continuam a cumprir. “Só pela luta, com a luta e na luta teremos alguma chance de ser incluídos como cidadãos de direitos e conquistas adquiridas. Homens e mulheres que produzem mais do que o pão, feijão, arroz, a carne, o leite entre tantos outros alimentos. Nós produzimos as riquezas, a dignidade, a honestidade e merecemos que o valor deste trabalho seja mais do que o direito ao crédito para ser explorado depois. Que plantar, produzir proteínas animal, vegetal não sejam um mero exercício de sobrevivência, mas de bivalência: produzir para viver, conviver e com dignidade receber pelo que produzimos”, concluiu.

A atividade de formação encerrou com a mensagem de que sem unidade não haverá preço justo ao produtor de leite, preço justo ao produtor de milho. Sem unidade o grande capital continuará dizendo quando vale o quilo do queijo, do frango, do suíno. Não haverá mais habitação rural, crédito facilitado, seguro auxílios e incentivos à produção, sindicatos, tudo o que governos como temos hoje e o grande setor do capital mais querem.

A próxima atividade de Formação de Dirigentes vai ocorrer no final de novembro na cidade de Presidente Getúlio.

Título: Programa de Formação de Dirigentes da FETRAF SC é realizado em Maravilha, Conteúdo: A direção do Sindicato dos Trabalhadores na Agricultura Familiar de Maravilha (SINTRAF) realizou no dia 17 de novembro a atividade de Formação de Dirigentes Sindicais, coordenada pelo secretário municipal da Agricultura do município, Pedro Gilberto Ioris e pelo professor e assessor de formação e elaboração da FETRAF SC, Neuri Adílio Alves. A temática trabalhada pelo assessor foi ‘’Sindicato: uma necessidade histórica e o papel do Dirigente’’, como parte do programa FD- Formação de Dirigentes da Federação. Em sua fala de abertura o secretário Pedro Ioris, de forma contundente tratou da importância da organização e participação do movimento sindical na luta em defesa e ampliação dos direitos. Segundo Ioris, é uma pena que nos últimos anos uma significativa parte dos trabalhadores da agricultura familiar por diversas razões se afastaram da luta. “É de conhecimento de todos que atravessamos um momento de grandes dificuldades no campo político, momento este que mais precisamos da presença de todos para fortalecer a defesa de nossas conquistas. Pois quando olhamos ao longo dos anos, as lutas travadas, as conquistas que tivemos e aí quando mais precisávamos nos mantes firmes, parte destas conquistas levaram uma significativa parcela das categorias de trabalhadores no Brasil ao comodismo. Mas não será por esta razão que iremos desanimar, pois a grande maioria de nós nascemos na luta, estamos aqui hoje e certamente continuaremos a nos encontrar em outros dias e anos pela frente”, afirmou o secretário.   O assessor de formação Neuri Alves traçou uma linha ligando sua exposição na etapa formativa com os dirigentes. Segundo Neuri, a primeira questão a fazer é resgatar/reafirmar a concepção do sindicato como necessidade histórica, pois se tem algo que foi perdido ou vem sendo arrancado a força dos trabalhadores e banalizado pela sociedade capitalista atualmente é a entidade sindical. “Grande parte dos trabalhadores acham que o sindicato é uma entidade desnecessária, respondendo a pauta do grande sistema fascista em ascendente crescimento mundial que visa destruir os instrumentos de organização e luta dos trabalhadores rurais e urbanos”, ressaltou o assessor. Fazendo menção à obra ‘A Era do Capital Improdutivo’ do economista Ladislau Dowbor, o professor fez um link sobre as razões da produção de milho, leite, soja entre outros produtos da agricultura não conseguirem valorizar na origem produtiva, ou perdem valor ao longo dos meses do ano, caso clássico que acontece com a cadeia produtiva do leite. Para o assessor, é fundamental que o papel político do dirigente sindical seja do semeador de convicções, pois isso reflete na confiança do trabalhador lá na base do sindicato. “É preciso deixar claro aos trabalhadores que fora da luta não há salvação às conquistas históricas e direitos consolidados, pois para o grande sistema tudo se resolve pelo dinheiro. Não faltam discursos econômicos para louvar esta sabedoria. Este é o discurso do grande agronegócio, do tecnicismo que costuma dizer que não melhoramos nossas condições porque não investimos para melhorar nossa propriedade, nossa produção, e quando investimos e a rentabilidade não vem, dizem que não estamos seguindo corretamente as receitas apresentadas”, afirma. O que cabe aos dirigentes em cenários como este? Conforme explanou o assessor, cabe o papel histórico que muitos ajudaram a cumprir e que, com a teimosia dos justos e esperançosos continuam a cumprir. “Só pela luta, com a luta e na luta teremos alguma chance de ser incluídos como cidadãos de direitos e conquistas adquiridas. Homens e mulheres que produzem mais do que o pão, feijão, arroz, a carne, o leite entre tantos outros alimentos. Nós produzimos as riquezas, a dignidade, a honestidade e merecemos que o valor deste trabalho seja mais do que o direito ao crédito para ser explorado depois. Que plantar, produzir proteínas animal, vegetal não sejam um mero exercício de sobrevivência, mas de bivalência: produzir para viver, conviver e com dignidade receber pelo que produzimos”, concluiu. A atividade de formação encerrou com a mensagem de que sem unidade não haverá preço justo ao produtor de leite, preço justo ao produtor de milho. Sem unidade o grande capital continuará dizendo quando vale o quilo do queijo, do frango, do suíno. Não haverá mais habitação rural, crédito facilitado, seguro auxílios e incentivos à produção, sindicatos, tudo o que governos como temos hoje e o grande setor do capital mais querem. A próxima atividade de Formação de Dirigentes vai ocorrer no final de novembro na cidade de Presidente Getúlio.



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