Produtores de fumo precisam de apoio para conversão da atividade produtiva
Escrito por: FETRAF • Publicado em: 15/03/2011 - 00:00 Escrito por: FETRAF Publicado em: 15/03/2011 - 00:00
Escrito por Fernanda Silva- Imprensa FETRAF-BRASIL
As consultas públicas da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) número 112 e 117 tem gerado conflito entre agricultores familiares produtores de fumo e empresas. Visando estabelecer limites quanto à produção de cigarro o tema exige medidas abrangentes de solução uma vez que a discussão envolve o abuso das empresas ao reduzirem o preço pago pelo fumo e, a necessidade de apoio dos governos estadual e federal para transição da prática da fumicultura para outra atividade.
A consulta número 112 trata da permissão para exibir nos maços de cigarro os teores de alcatrão, nicotina e monóxido de carbono e, de proibir a adição de aromatizantes e flavorizantes (que nada mais são que aditivos com aromas sabor baunilha, chocolate, menta, entre outros, para amenizar o cheiro e gosto ruins que os cigarros deixam). Isso significa que os consumidores acreditam que os cigarros denominados de baixo teor causam menos mal à saúde do que os cigarros normais, o que é ilusão. Segundo o médico Dráuzio Varella, ?quem controla a quantidade de nicotina a ser absorvida em cada tragada são os neurônios do fumante?, portanto, quanto menor o teor de nicotina presente no cigarro, maior será a quantidade de vezes que o indivíduo fará uso dela.
Já a consulta 117 tem o objetivo de regulamentar a exposição dos maços nos pontos de venda e o conteúdo das mensagens que advertem sobre o uso. Como a propaganda tornou-se restrita, os fabricantes investirem na divulgação de material publicitário a fim de promover as vendas em locais como padarias, lanchonetes, bancas de jornal e lojas de conveniência. Segundo pesquisa realizada pelo DataFolha/Aliança de Controle do Tabagismo em 2010, 83% dos estabelecimentos visitados mostrou que os cigarros estavam expostos junto a balas, chocolates ou doces.
?A FETRAF-BRASIL acredita que deve sim haver maior fiscalização quanto à forma como o cigarro é comercializado. Por exemplo, quando expostos em locais de venda ao lado de produtos com conotação infantil como balas, chocolates, etc., para que não haja assimilação entre os produtos nem estímulo às crianças ao uso da toxina? disse Elisângela Araújo, coordenadora Geral da entidade. ?A Anvisa cabe criar normas para proteger a saúde da população e se para isso julgar necessária criar regulamentação específica quanto à exposição dos cigarros a população agradece, afinal é a função do órgão?, conclui a coordenadora.
Outra questão importante que precisa ser levada em consideração é o histórico de relação dos agricultores familiares, produtores de fumo que, ao longo do tempo, foram incentivados a melhorarem a infra-estrutura de suas propriedades com a aquisição de tratores, investimentos em estufas para cura e secagem do fumo para atenderem a indústria fumageira que, com promessas de inserção do produto no mercado e garantia de renda, convenceu os produtores a desenvolverem a prática do cultivo de fumo.
Hoje, os produtores declaram receber até 50% menos pelo produto quando comparado a 2010.
Com cerca de 90% do tabaco produzido nos três estados da Região Sul, sendo o estado do Rio Grande do Sul tendo a maior participação, com 54% da área plantada, seguido de Santa Catarina, com 29% e Paraná com 17%, os agricultores produtores de fumo do Vale do Itajaí (SC) entraram em greve no fim da semana passada pedindo a comercialização do excedente de fumo produzido pela boa safra.
Para Marcos Rochinski, secretário Geral da FETRAF-BRASIL, é indispensável o apoio do governo federal para a transição da cultura do fumo para outra atividade produtiva igualmente rentável para que não haja crise no setor.
?? necessária a existência de políticas públicas para os fumicultores. A FETRAF-BRASIL tem acompanhado e coordenado as ações de mobilização dos fumicultores no Sul. Estamos atuando diretamente nas negociações junto às empresas e ao governo. A luta dos fumicultores é uma luta justa e nós estamos somados as suas reivindicações.
A indústria tabagista é altamente lucrativa e o Brasil é o segundo maior produtor de tabaco do mundo, líder na exportação mundial do produto há mais de 15 anos. Segundo o Ministério da Agricultura, em 2009, exportou cerca de 675 mil toneladas de fumo, com um faturamento de US$ 3,1 bilhões contra US$ 2,8 bilhões de 2008.
As consultas públicas da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) número 112 e 117 tem gerado conflito entre agricultores familiares produtores de fumo e empresas. Visando estabelecer limites quanto à produção de cigarro o tema exige medidas abrangentes de solução uma vez que a discussão envolve o abuso das empresas ao reduzirem o preço pago pelo fumo e, a necessidade de apoio dos governos estadual e federal para transição da prática da fumicultura para outra atividade.
A consulta número 112 trata da permissão para exibir nos maços de cigarro os teores de alcatrão, nicotina e monóxido de carbono e, de proibir a adição de aromatizantes e flavorizantes (que nada mais são que aditivos com aromas sabor baunilha, chocolate, menta, entre outros, para amenizar o cheiro e gosto ruins que os cigarros deixam). Isso significa que os consumidores acreditam que os cigarros denominados de baixo teor causam menos mal à saúde do que os cigarros normais, o que é ilusão. Segundo o médico Dráuzio Varella, ?quem controla a quantidade de nicotina a ser absorvida em cada tragada são os neurônios do fumante?, portanto, quanto menor o teor de nicotina presente no cigarro, maior será a quantidade de vezes que o indivíduo fará uso dela.
Já a consulta 117 tem o objetivo de regulamentar a exposição dos maços nos pontos de venda e o conteúdo das mensagens que advertem sobre o uso. Como a propaganda tornou-se restrita, os fabricantes investirem na divulgação de material publicitário a fim de promover as vendas em locais como padarias, lanchonetes, bancas de jornal e lojas de conveniência. Segundo pesquisa realizada pelo DataFolha/Aliança de Controle do Tabagismo em 2010, 83% dos estabelecimentos visitados mostrou que os cigarros estavam expostos junto a balas, chocolates ou doces.
?A FETRAF-BRASIL acredita que deve sim haver maior fiscalização quanto à forma como o cigarro é comercializado. Por exemplo, quando expostos em locais de venda ao lado de produtos com conotação infantil como balas, chocolates, etc., para que não haja assimilação entre os produtos nem estímulo às crianças ao uso da toxina? disse Elisângela Araújo, coordenadora Geral da entidade. ?A Anvisa cabe criar normas para proteger a saúde da população e se para isso julgar necessária criar regulamentação específica quanto à exposição dos cigarros a população agradece, afinal é a função do órgão?, conclui a coordenadora.
Outra questão importante que precisa ser levada em consideração é o histórico de relação dos agricultores familiares, produtores de fumo que, ao longo do tempo, foram incentivados a melhorarem a infra-estrutura de suas propriedades com a aquisição de tratores, investimentos em estufas para cura e secagem do fumo para atenderem a indústria fumageira que, com promessas de inserção do produto no mercado e garantia de renda, convenceu os produtores a desenvolverem a prática do cultivo de fumo.
Hoje, os produtores declaram receber até 50% menos pelo produto quando comparado a 2010.
Com cerca de 90% do tabaco produzido nos três estados da Região Sul, sendo o estado do Rio Grande do Sul tendo a maior participação, com 54% da área plantada, seguido de Santa Catarina, com 29% e Paraná com 17%, os agricultores produtores de fumo do Vale do Itajaí (SC) entraram em greve no fim da semana passada pedindo a comercialização do excedente de fumo produzido pela boa safra.
Para Marcos Rochinski, secretário Geral da FETRAF-BRASIL, é indispensável o apoio do governo federal para a transição da cultura do fumo para outra atividade produtiva igualmente rentável para que não haja crise no setor.
?? necessária a existência de políticas públicas para os fumicultores. A FETRAF-BRASIL tem acompanhado e coordenado as ações de mobilização dos fumicultores no Sul. Estamos atuando diretamente nas negociações junto às empresas e ao governo. A luta dos fumicultores é uma luta justa e nós estamos somados as suas reivindicações.
A indústria tabagista é altamente lucrativa e o Brasil é o segundo maior produtor de tabaco do mundo, líder na exportação mundial do produto há mais de 15 anos. Segundo o Ministério da Agricultura, em 2009, exportou cerca de 675 mil toneladas de fumo, com um faturamento de US$ 3,1 bilhões contra US$ 2,8 bilhões de 2008.
Título: Produtores de fumo precisam de apoio para conversão da atividade produtiva, Conteúdo: Escrito por Fernanda Silva- Imprensa FETRAF-BRASIL
As consultas públicas da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) número 112 e 117 tem gerado conflito entre agricultores familiares produtores de fumo e empresas. Visando estabelecer limites quanto à produção de cigarro o tema exige medidas abrangentes de solução uma vez que a discussão envolve o abuso das empresas ao reduzirem o preço pago pelo fumo e, a necessidade de apoio dos governos estadual e federal para transição da prática da fumicultura para outra atividade.
A consulta número 112 trata da permissão para exibir nos maços de cigarro os teores de alcatrão, nicotina e monóxido de carbono e, de proibir a adição de aromatizantes e flavorizantes (que nada mais são que aditivos com aromas sabor baunilha, chocolate, menta, entre outros, para amenizar o cheiro e gosto ruins que os cigarros deixam). Isso significa que os consumidores acreditam que os cigarros denominados de baixo teor causam menos mal à saúde do que os cigarros normais, o que é ilusão. Segundo o médico Dráuzio Varella, ?quem controla a quantidade de nicotina a ser absorvida em cada tragada são os neurônios do fumante?, portanto, quanto menor o teor de nicotina presente no cigarro, maior será a quantidade de vezes que o indivíduo fará uso dela.
Já a consulta 117 tem o objetivo de regulamentar a exposição dos maços nos pontos de venda e o conteúdo das mensagens que advertem sobre o uso. Como a propaganda tornou-se restrita, os fabricantes investirem na divulgação de material publicitário a fim de promover as vendas em locais como padarias, lanchonetes, bancas de jornal e lojas de conveniência. Segundo pesquisa realizada pelo DataFolha/Aliança de Controle do Tabagismo em 2010, 83% dos estabelecimentos visitados mostrou que os cigarros estavam expostos junto a balas, chocolates ou doces.
?A FETRAF-BRASIL acredita que deve sim haver maior fiscalização quanto à forma como o cigarro é comercializado. Por exemplo, quando expostos em locais de venda ao lado de produtos com conotação infantil como balas, chocolates, etc., para que não haja assimilação entre os produtos nem estímulo às crianças ao uso da toxina? disse Elisângela Araújo, coordenadora Geral da entidade. ?A Anvisa cabe criar normas para proteger a saúde da população e se para isso julgar necessária criar regulamentação específica quanto à exposição dos cigarros a população agradece, afinal é a função do órgão?, conclui a coordenadora.
Outra questão importante que precisa ser levada em consideração é o histórico de relação dos agricultores familiares, produtores de fumo que, ao longo do tempo, foram incentivados a melhorarem a infra-estrutura de suas propriedades com a aquisição de tratores, investimentos em estufas para cura e secagem do fumo para atenderem a indústria fumageira que, com promessas de inserção do produto no mercado e garantia de renda, convenceu os produtores a desenvolverem a prática do cultivo de fumo.
Hoje, os produtores declaram receber até 50% menos pelo produto quando comparado a 2010.
Com cerca de 90% do tabaco produzido nos três estados da Região Sul, sendo o estado do Rio Grande do Sul tendo a maior participação, com 54% da área plantada, seguido de Santa Catarina, com 29% e Paraná com 17%, os agricultores produtores de fumo do Vale do Itajaí (SC) entraram em greve no fim da semana passada pedindo a comercialização do excedente de fumo produzido pela boa safra.
Para Marcos Rochinski, secretário Geral da FETRAF-BRASIL, é indispensável o apoio do governo federal para a transição da cultura do fumo para outra atividade produtiva igualmente rentável para que não haja crise no setor.
?? necessária a existência de políticas públicas para os fumicultores. A FETRAF-BRASIL tem acompanhado e coordenado as ações de mobilização dos fumicultores no Sul. Estamos atuando diretamente nas negociações junto às empresas e ao governo. A luta dos fumicultores é uma luta justa e nós estamos somados as suas reivindicações.
A indústria tabagista é altamente lucrativa e o Brasil é o segundo maior produtor de tabaco do mundo, líder na exportação mundial do produto há mais de 15 anos. Segundo o Ministério da Agricultura, em 2009, exportou cerca de 675 mil toneladas de fumo, com um faturamento de US$ 3,1 bilhões contra US$ 2,8 bilhões de 2008.