Por empregos e direitos, Jornada de Luta da CUT e centrais começa na terça, 10
Os presidentes das centrais vão participar da jornada de luta, no estado de São Paulo, para esclarecer a população sobre os malefícios do Programa Verde e Amarelo do governo Bolsonaro
Escrito por: Érica Aragão - Redação da CUT Nacional • Publicado em: 06/12/2019 - 17:46 • Última modificação: 06/12/2019 - 17:50 Escrito por: Érica Aragão - Redação da CUT Nacional Publicado em: 06/12/2019 - 17:46 Última modificação: 06/12/2019 - 17:50ROBERTO PARIZOTTI (SAPÃO) Dia 10 de novembro de 2017 - na Praça da Sé - luta da CUT e demais centrais por direitos
Vai começar na próxima terça-feira (10), no ABC Paulista, a Jornada de Lutas por emprego e direitos da CUT e demais centrais sindicais - Força Sindical, UGT, CTB, CSB, Nova Central, CGTB, Intersindical, Intersindical Instrumento de Luta e Conlutas. As entidades definiram um calendário de mobilização durante reunião, na manhã desta sexta-feira (6), na sede da Força Sindical, em São Paulo.
A CUT e demais centrais querem esclarecer a população sobre a ameaça que representa a Medida Provisória (MP) nº905, que instituiu o Programa Verde e Amarelo, do governo de Bolsonaro e do ministro da economia, o banqueiro Paulo Guedes.
As atividades de panfletagens e o diálogo com a população serão realizadas de terça-feira (10) a sexta-feira (13) em diversas regiões do estado. [confira abaixo a agenda completa da Jornada de Lutas]
“É um diálogo importante, para que a gente possa socializar e conscientizar a população brasileira a cerca dos riscos que os trabalhadores e as trabalhadoras correm com a Medida Provisória (MP) nº 905 que, se aprovada, vai rasgar os direitos do conjunto da classe trabalhadora, precarizar empregos e condições de trabalho no Brasil”, afirmou o presidente da CUT São Paulo, Douglas Izzo.
Segundo ele, a CUT e demais centrais estarão nas ruas porque não podem permitir que esta medida, tão destrutiva para os trabalhadores e trabalhadoras, possa ser aprovada.
“Se não tiver luta para derrubar esta medida, ela [MP 905] vai permitir o aumento da jornada de trabalho sem reajuste de salário, vai obrigar o trabalho aos finais de semana, sem nenhum adicional, e ainda vai taxar em quase 8% o trabalhador que recebe o seguro-desemprego. E, em contra partida vai desonerar o patrão em quase 35%”, explicou o presidente da CUT São Paulo.
“É uma brincadeira o que esse governo quer fazer com direito do trabalhador brasileiro”, ressaltou Douglas.
Para o presidente da Força Sindical, Miguel Torres, a jornada é um importante instrumento para intensificar a luta por mais direitos. "Vamos esclarecer a sociedade sobre a nefasta Medida Provisória 905 que prejudica os trabalhadores e intensificar a luta por mais empregos de qualidade".
Os sindicalistas e as sindicalistas vão abrir a jornada na Volkswagen , na entrada da rodovia Anchieta, a partir das 5 horas da manhã. E outra mobilização, a partir das 5h30 acontecerá na Colgate/Palmolive. Vai ter panfletagem e diálogo com os trabalhadores e as trabalhadoras e os presidentes da CUT e demais centrais estarão presentes.
Depois, por volta das 8h30, os trabalhadores e as trabalhadoras da região vão caminhar, conversar com a população e com os que trabalham nas diversas lojas na Rua Marechal Deodoro, no centro de São Bernardo do Campo.
O Secretário-Geral do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Aroaldo Oliveira da Silva, disse que a região estará mobilizada para explicar para a população os malefícios desta MP, mas que também vai contar para a população que a CUT e demais centrais têm uma proposta para que o país volte a crescer de fato.
“Nós vamos apresentar esta MP 905 e dizer para a sociedade de forma geral que é mais uma nova reforma trabalhista,que aprofunda a retirada de direitos, limita a ação do sindicato na defesa dos direitos e na negociação coletiva, mas também vamos dialogar com o povo e dizer que a CUT e as centrais traçaram um Plano Emergencial para a retomada da economia no Brasil e a retomada do emprego”, destacou Aroaldo.
Nos dias 12 e 13 acontecerão panfletagens e mobilizações também nas portas de fábricas em várias estações de Metrô, terminais de ônibus e praças na zona sul de São Paulo, Campinas, Osasco e Carapicuíba.
Outras pautas da CUT e centrais
Durante a reunião da CUT e demais centrais, que durou cerca de duas horas, outros temas também foram abordados.
A luta dos servidores públicos de São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul e Alagoas foi lembrada. Ficou decidido que as centrais assinarão uma nota de solidariedade em defesa dos servidores, dos serviços públicos e das políticas públicas.
Outro tema discutido foi a luta por um novo Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) e os riscos para a educação básica do país se não for renovado o Fundo em 2020. Os representantes da CUT e demais centrais aprovaram discutir este assunto e apoiar ainda mais a luta pela educação básica do país.
Os dirigentes sindicais também discutiram sobre a tramitação da MP 905 no Congresso Nacional e sobre outras Medidas Provisórias, emendas constitucionais e projetos de leis editados pelo governo Bolsonaro, que prejudicam ainda mais a vida e o trabalho dos brasileiros e das brasileiras.
Confira o calendário completo:
Dia 10/12 – Terça-feira
05 h – Volks - Rodovia Anchieta Km 23 – SBC
05 h- Colgate – Km 14, via Anchieta, SBC – Rudge Ramos/SBC
06 h – Panfletagens nos terminais de Trólebus em SBC, Diadema e Santo André e nas estações de trem em Ribeirão Pires e Santo André.
08h30 – Panfletagem e diálogo com a população na Rua Marechal Deodoro, centro de SBC
Dia 11/12 – Quarta-feira
05 h – Panfletagem na metalúrgica MWM – Avenida Nações Unidas 22.002 e em mais 10 fábricas da Zona Sul de São Paulo.
08h – Panfletagem e diálogo com a população nos terminais de Santo Amaro e Largo 13 de Maio. Também vai ter mobilização na Praça Floriano Peixoto, também na Zona Sul de São Paulo.
Dia 12/12 – Quinta-feira
06 h – Panfletagens nas estações do Metrô em São Paulo: Itaquera, Arthur Alvin, Sé, Barra Funda e Brás.
06 h - atividades e assembleias nas fábricas em São José dos Campos
08 h – a luta será em Campinas. Terá panfletagem e diálogo com a população no terminal de ônibus intermunicipal e no Calcadão da Catedral.
Dia 13/12 – Sexta-feira
06 h – panfletagem nas estações de Osasco e Carapicuíba