Não ao Matopiba: Movimentos traçam diretrizes para conter o avanço do projeto

As ações dos movimentos sociais serão integradas para evitar que o projeto acabe com as áreas de conservação ambiental, terras indígenas, assentamentos de reforma agrária e áreas quilombolas.

Escrito por: Assessoria de Comunicação da CONTRAF BRASIL • Publicado em: 18/11/2016 - 16:17 Escrito por: Assessoria de Comunicação da CONTRAF BRASIL Publicado em: 18/11/2016 - 16:17
 
No último dia do Seminário Nacional “MATOPIBA: conflitos, resistências e novas dinâmicas de expansão do agronegócio no Brasil”, os representantes de todos os movimentos sociais do campo, pesquisadores, acadêmicos e entidades em defesa do Cerrado brasileiro encaminharam diretrizes para 2017 com o objetivo de conter o avanço do plano Matopiba, que expande o agronegócio em áreas de conservação ambiental, terras indígenas, assentamentos de reforma agrária e áreas quilombolas.
   
“O colegiado decidiu por ações integradas dos movimentos sociais, pois só assim teremos condições de enfrentar os grandes problemas que já existem no cerrado e que se agravam com a proposta do Matopiba, como a poluição das águas, a violência no campo, a exclusão da mulher e do homem que produzem de forma orgânica, as ameaças de alguns governos estaduais de apoderarem as terras que já são de assentamentos para vender aos estrangeiros e multinacionais”, diz Antônio Chaves, coordenador de política agrária da FAF Piauí.
  
Diante das situações de risco e vulnerabilidades das famílias que vivem no cerrado, várias atividades foram planejadas como a realização de jornadas, atos políticos, ações na justiça, intervenções. “Nosso desafio é organizar as lutas para partirmos para o enfrentamento com as estratégias que de fato possam evitar o Matopiba. Devemos mobilizar a sociedade civil como um todo, porque as vezes essa discussão parece que só interessa ao povo do campo, o que não é verdade, pois nós produzimos 70% dos alimentos consumidos pelo país, portanto o Matopiba não afeta apenas os camponeses, ele afeta todo mundo”, explica Graça Amorim, coordenadora de mulheres da CONTRAF BRASIL e da Fetraf Maranhão.
 
Vale ressaltar que o seminário também trouxe a realidade do Programa de Desenvolvimento Agrícola e Rural nas Savanas Tropicais em Moçambique (PROSAVANA), apontando os impactos que o agronegócio traz para as comunidades que vivem na região, como também a qualidade do alimento que é produzido pelas grandes empresas, as mudanças climáticas com o mal-uso dos recursos naturais, a escassez da água e outros. 
 
O seminário teve a iniciativa da Campanha Nacional em Defesa do Cerrado, que tem como lema “Sem Cerrado. Berço das Águas: Sem Cerrado, Sem Água, Sem Vida”, com a parceria dos Movimentos Sociais dos Povos do Campo, das Florestas e das Águas.
Título: Não ao Matopiba: Movimentos traçam diretrizes para conter o avanço do projeto, Conteúdo:   No último dia do Seminário Nacional “MATOPIBA: conflitos, resistências e novas dinâmicas de expansão do agronegócio no Brasil”, os representantes de todos os movimentos sociais do campo, pesquisadores, acadêmicos e entidades em defesa do Cerrado brasileiro encaminharam diretrizes para 2017 com o objetivo de conter o avanço do plano Matopiba, que expande o agronegócio em áreas de conservação ambiental, terras indígenas, assentamentos de reforma agrária e áreas quilombolas.     “O colegiado decidiu por ações integradas dos movimentos sociais, pois só assim teremos condições de enfrentar os grandes problemas que já existem no cerrado e que se agravam com a proposta do Matopiba, como a poluição das águas, a violência no campo, a exclusão da mulher e do homem que produzem de forma orgânica, as ameaças de alguns governos estaduais de apoderarem as terras que já são de assentamentos para vender aos estrangeiros e multinacionais”, diz Antônio Chaves, coordenador de política agrária da FAF Piauí.    Diante das situações de risco e vulnerabilidades das famílias que vivem no cerrado, várias atividades foram planejadas como a realização de jornadas, atos políticos, ações na justiça, intervenções. “Nosso desafio é organizar as lutas para partirmos para o enfrentamento com as estratégias que de fato possam evitar o Matopiba. Devemos mobilizar a sociedade civil como um todo, porque as vezes essa discussão parece que só interessa ao povo do campo, o que não é verdade, pois nós produzimos 70% dos alimentos consumidos pelo país, portanto o Matopiba não afeta apenas os camponeses, ele afeta todo mundo”, explica Graça Amorim, coordenadora de mulheres da CONTRAF BRASIL e da Fetraf Maranhão.   Vale ressaltar que o seminário também trouxe a realidade do Programa de Desenvolvimento Agrícola e Rural nas Savanas Tropicais em Moçambique (PROSAVANA), apontando os impactos que o agronegócio traz para as comunidades que vivem na região, como também a qualidade do alimento que é produzido pelas grandes empresas, as mudanças climáticas com o mal-uso dos recursos naturais, a escassez da água e outros.    O seminário teve a iniciativa da Campanha Nacional em Defesa do Cerrado, que tem como lema “Sem Cerrado. Berço das Águas: Sem Cerrado, Sem Água, Sem Vida”, com a parceria dos Movimentos Sociais dos Povos do Campo, das Florestas e das Águas.



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