Manifestação das organizações sociais surte efeito

Na terça-feira (13), Anvisa proibiu uso de aditivos nos cigarros

Escrito por: FETRAF • Publicado em: 14/03/2012 - 00:00 Escrito por: FETRAF Publicado em: 14/03/2012 - 00:00

Em reunião do colegiado na terça-feira (13), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), proibiu a adição de substâncias que alterem o sabor ou aroma dos cigarros e produtos derivados do tabaco comercializados no Brasil. O objetivo é reduzir o número de novos fumantes, em especial os jovens, que são atraídos pelo tabaco aromatizado.

A FETRAF-BRASIL, em conjunto com demais organizações da sociedade civil, que há anos acompanham os movimentos e atitudes da indústria do tabaco, tanto no setor produtivo quanto nas estratégias de comercialização do produto e na atração de novos clientes, em 8 de março, manifestou em documento à Ministra Chefe da Casa Civil Gleisi Hoffman, a necessidade da proibição do uso de aditivos.

Em carta, as entidades justificaram que a argumentação de que a decisão pela aprovação da proibição dos flavorizantes põe em risco a sobrevivência de mais de 50 mil famílias produtoras de tabaco, é equivocada, assim como a de que haveria prejuízos econômicos consideráveis ao setor fumageiro.

Ela “não afetará nenhum agricultor familiar, produtor de fumo nem haverá diminuição de postos de trabalho no interior da indústria do tabaco e, por conseqüência, não haverá impacto direto nos cofres públicos, nem no mercado ilegal. Essa medida apenas influenciará diretamente na diminuição do número de novos jovens fumantes, o que é considerado um importante passo para assegurar a saúde pública”, assinalava o documento.

De acordo com Estudo da Escola Nacional de Saúde Pública da Fundação Oswaldo Cruz, divulgado na terça-feira (13), feito com mais 17 mil estudantes em 13 capitais do Brasil, entre 2005 e 2009, aponta que 30,4%dos meninos e 36,5% das meninas entrevistadas informaram que já haviam experimentado cigarro alguma vez na vida. Desse grupo, 58,2% dos meninos e 52,9% das meninas informaram que preferem cigarro com sabor.

Com a proibição da Anvisa, cigarros com sabor serão retirados do mercado brasileiro em dois anos. O açúcar continuará permitido  exclusivamente com a finalidade de recompor o que foi perdido no processo de secagem das folhas de tabaco.

Dessa forma, a proibição vale também para a utilização nas embalagens de charutos, cigarrilhas, fumos para cachimbo e outros produtos derivados do tabaco de qualquer expressão que possa induzir o consumidor a uma interpretação equivocada quanto aos teores contidos em todos os produtos fumígenos. É o caso de termos como: ultra baixo(s) teor(es), baixo(s) teor(es), suave, light, soft, leve, teor(es), entre outros. 

No Brasil, o tabagismo é responsável pela morte de 200 mil pessoas todos os anos. Atualmente, existem cerca de 25 milhões de fumantes e 26 milhões de ex-fumantes em nosso país. A prevalência de fumantes é de 17,2% da população de 15 anos ou mais.

 

Título: Manifestação das organizações sociais surte efeito, Conteúdo: Em reunião do colegiado na terça-feira (13), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), proibiu a adição de substâncias que alterem o sabor ou aroma dos cigarros e produtos derivados do tabaco comercializados no Brasil. O objetivo é reduzir o número de novos fumantes, em especial os jovens, que são atraídos pelo tabaco aromatizado. A FETRAF-BRASIL, em conjunto com demais organizações da sociedade civil, que há anos acompanham os movimentos e atitudes da indústria do tabaco, tanto no setor produtivo quanto nas estratégias de comercialização do produto e na atração de novos clientes, em 8 de março, manifestou em documento à Ministra Chefe da Casa Civil Gleisi Hoffman, a necessidade da proibição do uso de aditivos. Em carta, as entidades justificaram que a argumentação de que a decisão pela aprovação da proibição dos flavorizantes põe em risco a sobrevivência de mais de 50 mil famílias produtoras de tabaco, é equivocada, assim como a de que haveria prejuízos econômicos consideráveis ao setor fumageiro. Ela “não afetará nenhum agricultor familiar, produtor de fumo nem haverá diminuição de postos de trabalho no interior da indústria do tabaco e, por conseqüência, não haverá impacto direto nos cofres públicos, nem no mercado ilegal. Essa medida apenas influenciará diretamente na diminuição do número de novos jovens fumantes, o que é considerado um importante passo para assegurar a saúde pública”, assinalava o documento. De acordo com Estudo da Escola Nacional de Saúde Pública da Fundação Oswaldo Cruz, divulgado na terça-feira (13), feito com mais 17 mil estudantes em 13 capitais do Brasil, entre 2005 e 2009, aponta que 30,4%dos meninos e 36,5% das meninas entrevistadas informaram que já haviam experimentado cigarro alguma vez na vida. Desse grupo, 58,2% dos meninos e 52,9% das meninas informaram que preferem cigarro com sabor. Com a proibição da Anvisa, cigarros com sabor serão retirados do mercado brasileiro em dois anos. O açúcar continuará permitido  exclusivamente com a finalidade de recompor o que foi perdido no processo de secagem das folhas de tabaco. Dessa forma, a proibição vale também para a utilização nas embalagens de charutos, cigarrilhas, fumos para cachimbo e outros produtos derivados do tabaco de qualquer expressão que possa induzir o consumidor a uma interpretação equivocada quanto aos teores contidos em todos os produtos fumígenos. É o caso de termos como: ultra baixo(s) teor(es), baixo(s) teor(es), suave, light, soft, leve, teor(es), entre outros.  No Brasil, o tabagismo é responsável pela morte de 200 mil pessoas todos os anos. Atualmente, existem cerca de 25 milhões de fumantes e 26 milhões de ex-fumantes em nosso país. A prevalência de fumantes é de 17,2% da população de 15 anos ou mais.  



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