Mais justiça no campo

Caso de Pedro Alcântara, ex-presidente da FETRAF-PARÁ vai a jurí popular. Para a entidade, 'julgar e manter presos os elementos é necessário, mais ainda é tímido'

Escrito por: FETRAF • Publicado em: 02/03/2012 - 00:00 Escrito por: FETRAF Publicado em: 02/03/2012 - 00:00

Escrito por Fernanda Silva - IMPRENSA FETRAF-BRASIL

Pedro Alcântara de Souza, presidente da FETRAF-PARÁ foi alvejado com cinco tiros na cabeça em 31 de março de 2010. Vítima de violência no campo, o dirigente, que atuava na luta pela terra, liderava cerca de 600 famílias assentadas na Fazenda Cristalino, em Santana do Araguaia. Segundo informações dos assentados, que há cinco anos permanecem sob constantes ameaças, nos últimos dois anos foram assassinadas 18 pessoas.

Joacy Barros Rocha, conhecido como “Joacy do Pitdog”, foi hoje a júri popular amanhã, no Fórum de Redenção, suspeito de envolvimento na morte do sindicalista. Na época da prisão, em abril de 2010, Joacy negou envolvimento no crime, mas de acordo com as investigações presididas pelos delegados Alberto Teixeira e Samelson Igaki, do Grupo de Combate ao Crime Organizado (GCCO), e Luís Galrão, que na época estava à frente da Delegacia de Conflitos Agrários de Redenção (Deca), Joacy fundou uma associação de trabalhadores para concorrer com o grupo comandado por Alcântara na liderança do assentamento da fazenda Cristalino, localizada no sul do Pará.

Outro acusado de envolvimento no crime, Romério Roberto de Araújo, conhecido como “Romero”, está preso na penitenciária de Americano, em Belém, e já está indiciado por envolvimento no crime. Segundo o delegado Alberto Teixeira, “Joacy tem ligações com o grupo de ‘Romério”.

A FETRAF no estado, que na época do crime realizou diversas audiências públicas, audiências com Ouvidoria Nacional Agrária, Casa Civil do Estado, parlamentares, etc., com o objetivo de cobrar justiça e proteção aos que estavam sendo ameaçados “não está satisfeita com o julgamento dos executores do crime”, conforme desabafou Viviane Araújo, coordenadora da FETRAF-PARÁ.

“A FETRAF passou e passar situações de violência extrema relacionados à questão agrária, como foi o caso do Pedro Alcântara, e, referentes a questão ambiental, como na região de Tucuruí. Se formos colocar na lista as pessoas que já tombaram em prol desta bandeiras é assustador”, pontuou.

Levantamento feito pela Comissão Pastoral da Terra em julho de 2011, mostra o Pará como o maior número de vítimas dos conflitos agrários, com 621 pessoas assassinadas, desde abril de 1995. Em todo o país, ocorreram 1.580 mortes no campo nos últimos 26 anos, de acordo com a entidade.

“E nós não vemos por parte do Governo Federal e até outras entidades sociais que defendem a mesma causa, a luta pela terra, uma resposta que não consista apenas em prender e julgar quem apenas fez uma parte do serviço. Queremos que sejam punidos de fato quem realmente tem o controle da situação aquele que manda executar”, enfatizou Viviane.

De acordo com a coordenadora, “a FETRAF tem extrema indignação pelo viés político que é conduzido e resolvido as políticas públicas e de segurança no Pará. Julgar e manter presos esses dois elementos é necessário, mais ainda é tímido para nós.

*Com informações Diário do Pará

Título: Mais justiça no campo, Conteúdo: Escrito por Fernanda Silva - IMPRENSA FETRAF-BRASILPedro Alcântara de Souza, presidente da FETRAF-PARÁ foi alvejado com cinco tiros na cabeça em 31 de março de 2010. Vítima de violência no campo, o dirigente, que atuava na luta pela terra, liderava cerca de 600 famílias assentadas na Fazenda Cristalino, em Santana do Araguaia. Segundo informações dos assentados, que há cinco anos permanecem sob constantes ameaças, nos últimos dois anos foram assassinadas 18 pessoas.Joacy Barros Rocha, conhecido como “Joacy do Pitdog”, foi hoje a júri popular amanhã, no Fórum de Redenção, suspeito de envolvimento na morte do sindicalista. Na época da prisão, em abril de 2010, Joacy negou envolvimento no crime, mas de acordo com as investigações presididas pelos delegados Alberto Teixeira e Samelson Igaki, do Grupo de Combate ao Crime Organizado (GCCO), e Luís Galrão, que na época estava à frente da Delegacia de Conflitos Agrários de Redenção (Deca), Joacy fundou uma associação de trabalhadores para concorrer com o grupo comandado por Alcântara na liderança do assentamento da fazenda Cristalino, localizada no sul do Pará. Outro acusado de envolvimento no crime, Romério Roberto de Araújo, conhecido como “Romero”, está preso na penitenciária de Americano, em Belém, e já está indiciado por envolvimento no crime. Segundo o delegado Alberto Teixeira, “Joacy tem ligações com o grupo de ‘Romério”.A FETRAF no estado, que na época do crime realizou diversas audiências públicas, audiências com Ouvidoria Nacional Agrária, Casa Civil do Estado, parlamentares, etc., com o objetivo de cobrar justiça e proteção aos que estavam sendo ameaçados “não está satisfeita com o julgamento dos executores do crime”, conforme desabafou Viviane Araújo, coordenadora da FETRAF-PARÁ.“A FETRAF passou e passar situações de violência extrema relacionados à questão agrária, como foi o caso do Pedro Alcântara, e, referentes a questão ambiental, como na região de Tucuruí. Se formos colocar na lista as pessoas que já tombaram em prol desta bandeiras é assustador”, pontuou.Levantamento feito pela Comissão Pastoral da Terra em julho de 2011, mostra o Pará como o maior número de vítimas dos conflitos agrários, com 621 pessoas assassinadas, desde abril de 1995. Em todo o país, ocorreram 1.580 mortes no campo nos últimos 26 anos, de acordo com a entidade.“E nós não vemos por parte do Governo Federal e até outras entidades sociais que defendem a mesma causa, a luta pela terra, uma resposta que não consista apenas em prender e julgar quem apenas fez uma parte do serviço. Queremos que sejam punidos de fato quem realmente tem o controle da situação aquele que manda executar”, enfatizou Viviane.De acordo com a coordenadora, “a FETRAF tem extrema indignação pelo viés político que é conduzido e resolvido as políticas públicas e de segurança no Pará. Julgar e manter presos esses dois elementos é necessário, mais ainda é tímido para nós. *Com informações Diário do Pará



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