Título: Liderança sindical da Agricultura Familiar é assassinada a tiros ao sair da Câmara Municipal, Conteúdo: O presidente do Sintraf de Natuba, na Paraíba, Antônio Sobrinho, que também era vereador foi assassinado a tiros nesta sexta-feira em frente à Câmara Municipal. Segundo as informações da polícia e populares, dois homens que estavam em uma moto abordaram o vereador perguntando seu nome e em seguida dispararam. A vítima foi levada às pressas para o hospital, por pessoas que estavam próximo ao local. No entanto, Antônio Sobrinho não conseguiu resistir e faleceu antes mesmo de chegar na emergência. A polícia investiga o caso. A Fetraf da Paraíba, lamenta a morte de Antônio Sobrinho e destaca que o líder sindical sempre atuou com muita dedicação na militância e como político. Dados mostram que a onda de assassinatos de lideranças políticas no país aumentou desde o golpe em 2016, principalmente, daqueles que defendem os direitos sociais e humanos. De acordo com a Comissão Pastoral da Terra (CPT), somente no campo, foram 61 assassinatos, em 2016, cerca de 65, em 2017, e 12 em 2018. Se somadas as mortes nos centros urbanos, esses números crescem ainda mais.  Entre os mortos estão lideranças indígenas, quilombolas, comunitárias, sindicais e de trabalhadores rurais. A Contraf Brasil e Fetraf da Paraíba se solidarizam com a morte do líder sindical, lamentam sua morte e profundo pesar pela perda de mais um companheiro, que lutava pelo avanço da Agricultura Familiar no país. Infelizmente é histórico o derramamento de sangue dos que lutam pelo direito à terra e fazem a defesa dos direitos humanos. A impunidade é marcante e isso ficou mais evidente na atual conjuntura. Não sendo suficiente assinar um decreto facilitando a posse de armas no país, Bolsonaro nesta semana declarou que irá apresentar um projeto que amplia para toda a propriedade rural o direito a posse de arma do produtor e isentar de punição proprietário rural que atirar em invasor. Para a Contraf Brasil e sistema Fetraf, essas medidas só aumentam a violência no campo, como também, legitima a violação dos direitos humanos. Em números, as vítimas dos crimes no campo, em sua maioria, são trabalhadores e trabalhadoras que estavam desarmados.