Impulsionamento na Produção de Cooperativas

Celso Ludwig, comenta estratégias do Governo Federal para aumentar as cooperativas e a sua funcionalidade no meio rural.

Escrito por: FETRAF/BRASIL • Publicado em: 25/06/2015 - 14:53 Escrito por: FETRAF/BRASIL Publicado em: 25/06/2015 - 14:53

Para impulsionar a produção das cooperativas e associações de produtores da agricultura familiar, a presidenta Dilma Rousseff determinou no anúncio do Plano Safra que pelo menos 30% da aquisição de alimentos pelos órgãos da administração pública federal sejam feitos de produtos oriundos da agricultura familiar e de suas organizações, ampliando as possibilidades de mercado para o setor.

Com esse apoio, o novo Programa Nacional de Fortalecimento do Cooperativismo e Associativismo Solidário da Agricultura Familiar (Cooperaf) prevê a oferta de assistência técnica para aperfeiçoamento da gestão de 1 mil cooperativas. Garante também apoio à comercialização e financiamento da produção por meio de linhas de crédito do Pronaf Indústria e Cota-Parte.

As cooperativas da reforma agrária ainda terão incentivos para aumentar o valor agregado dos produtos por meio do Terra Forte, programa destinado a promover a agroindustrialização de assentamentos da reforma agrária em todo o país.

O coordenador de políticas Agrícolas da FETRAF/BRASIL, Celso Ludwig, comenta o anúncio da Presidenta e explica a importância das cooperativas para os agricultores familiares.

"A FETRAF nos últimos 15 anos vem lutando para fortalecer a liberações de recursos para o Pronaf. E junto a isso, fortalecer esse setor através do Cooperativismo, algo muito importante para o nosso povo. Nosso maior enfoque ao decorrer destes anos, foi fazer com que recursos chegassem ao agricultor para haver desenvolvimento em sua produção, “da porteira para dentro”.

Criamos um conjunto de cooperativas como a Cooperhaf (Cooperativa de habitação dos agricultores) que é um programa inédito. Criamos também as cooperativas de crédito como o CRESOL, que emprestam recursos para o nosso agricultor. E ainda criamos um conjunto de cooperativas de produção, que atuam no leite e na industrialização de alimentos.

Nesses últimos anos, enxergamos que o investimento no CNPJ é cada vez mais necessário, pois no Brasil e no Mundo, as grandes empresas estão cada vez mais se fundindo e se tornando grandes corporações. Muitas delas, multinacionais. E com isso nosso agricultor, trabalhando isoladamente fica cada vez mais refém dessas grandes empresas. Por isso é considero um grande acerto a iniciativa do Governo Federal em criar este programa de cooperativismo. A iniciativa está apenas no começo. Mas já merece elogios por começar de agora, um investimento no CNPJ a médio e longo prazo. Tudo isso é uma questão estratégica. Nós próximos 10 anos, um agricultor produzir isoladamente, em sua propriedade, não vai ser mais possível. Ou ele está articulado para produção, para comercialização e para industrialização ou vai se tornar um agricultor nada competitivo. Começamos a desenvolver um trabalho no Sul do Brasil, onde já existem as compras coletivamente em insumos.

Então vários agricultores fazem encomendas para cooperativas e elas fazem uma compra única com a indústria. Com isso o poder de “barganha” do agricultor aumenta. Por isso a iniciativa do programa é positiva.  É preciso que nos próximos anos, seja colocado recursos públicos consideráveis no fortalecimento e na criação das grandes cooperativas para atender as demandas dos agricultores, em suas mais diversas necessidades. Desde o acesso ao crédito, como também para compra de insumos de maneira coletiva que é uma grande idéia e pode ser desenvolvida. Assim como para a industrialização, que é uma dos setores onde temos mais dificuldades, mas é relevante para a comercialização. Por isso a FETRAF apoia o fortalecimento das cooperativas há anos. É preciso caminhar muito, especialmente em todas as regiões do país, pois o espirito do cooperativismo precisa ser trabalhado entre os agricultores.

Precisa haver possibilidades dos agricultores se unirem para buscar soluções de problemas que acontecem onde o governo e as entidades não conseguem chegar. Acho que esse é o maior desafio do programa e certamente a FETRAF vai batalhar muito para que cada vez mais tenhamos recursos e politicas publicas direcionadas ao CNPJ, diminuindo a intensidade no CPF.

Para finalizar, acho que este programa está de encontro com outro problema: o crédito do Pronaf. O programa chega a grande parte dos agricultores, porém existe uma parcela mais pobre, sem condições de acesso e sem garantias. Precisamos construir novas estratégias para que o Crédito chegue a todos, e o Cooperativismo será um bom meio de acesso. Essa é a importância da FETRAF, do governo e dos nossos agricultores criarem alternativas para chegar aos agricultores menos favorecisos, que não participam de sindicatos, do Pronaf, da comercialização e muito menos da agroidutrialização. Sabemos da capacidade que eles têm para desenvolver agricologia e um conjunto de mecanismos para produzir alimentos a todos os brasileiros".

Título: Impulsionamento na Produção de Cooperativas, Conteúdo: Para impulsionar a produção das cooperativas e associações de produtores da agricultura familiar, a presidenta Dilma Rousseff determinou no anúncio do Plano Safra que pelo menos 30% da aquisição de alimentos pelos órgãos da administração pública federal sejam feitos de produtos oriundos da agricultura familiar e de suas organizações, ampliando as possibilidades de mercado para o setor. Com esse apoio, o novo Programa Nacional de Fortalecimento do Cooperativismo e Associativismo Solidário da Agricultura Familiar (Cooperaf) prevê a oferta de assistência técnica para aperfeiçoamento da gestão de 1 mil cooperativas. Garante também apoio à comercialização e financiamento da produção por meio de linhas de crédito do Pronaf Indústria e Cota-Parte. As cooperativas da reforma agrária ainda terão incentivos para aumentar o valor agregado dos produtos por meio do Terra Forte, programa destinado a promover a agroindustrialização de assentamentos da reforma agrária em todo o país. O coordenador de políticas Agrícolas da FETRAF/BRASIL, Celso Ludwig, comenta o anúncio da Presidenta e explica a importância das cooperativas para os agricultores familiares. "A FETRAF nos últimos 15 anos vem lutando para fortalecer a liberações de recursos para o Pronaf. E junto a isso, fortalecer esse setor através do Cooperativismo, algo muito importante para o nosso povo. Nosso maior enfoque ao decorrer destes anos, foi fazer com que recursos chegassem ao agricultor para haver desenvolvimento em sua produção, “da porteira para dentro”. Criamos um conjunto de cooperativas como a Cooperhaf (Cooperativa de habitação dos agricultores) que é um programa inédito. Criamos também as cooperativas de crédito como o CRESOL, que emprestam recursos para o nosso agricultor. E ainda criamos um conjunto de cooperativas de produção, que atuam no leite e na industrialização de alimentos. Nesses últimos anos, enxergamos que o investimento no CNPJ é cada vez mais necessário, pois no Brasil e no Mundo, as grandes empresas estão cada vez mais se fundindo e se tornando grandes corporações. Muitas delas, multinacionais. E com isso nosso agricultor, trabalhando isoladamente fica cada vez mais refém dessas grandes empresas. Por isso é considero um grande acerto a iniciativa do Governo Federal em criar este programa de cooperativismo. A iniciativa está apenas no começo. Mas já merece elogios por começar de agora, um investimento no CNPJ a médio e longo prazo. Tudo isso é uma questão estratégica. Nós próximos 10 anos, um agricultor produzir isoladamente, em sua propriedade, não vai ser mais possível. Ou ele está articulado para produção, para comercialização e para industrialização ou vai se tornar um agricultor nada competitivo. Começamos a desenvolver um trabalho no Sul do Brasil, onde já existem as compras coletivamente em insumos. Então vários agricultores fazem encomendas para cooperativas e elas fazem uma compra única com a indústria. Com isso o poder de “barganha” do agricultor aumenta. Por isso a iniciativa do programa é positiva.  É preciso que nos próximos anos, seja colocado recursos públicos consideráveis no fortalecimento e na criação das grandes cooperativas para atender as demandas dos agricultores, em suas mais diversas necessidades. Desde o acesso ao crédito, como também para compra de insumos de maneira coletiva que é uma grande idéia e pode ser desenvolvida. Assim como para a industrialização, que é uma dos setores onde temos mais dificuldades, mas é relevante para a comercialização. Por isso a FETRAF apoia o fortalecimento das cooperativas há anos. É preciso caminhar muito, especialmente em todas as regiões do país, pois o espirito do cooperativismo precisa ser trabalhado entre os agricultores. Precisa haver possibilidades dos agricultores se unirem para buscar soluções de problemas que acontecem onde o governo e as entidades não conseguem chegar. Acho que esse é o maior desafio do programa e certamente a FETRAF vai batalhar muito para que cada vez mais tenhamos recursos e politicas publicas direcionadas ao CNPJ, diminuindo a intensidade no CPF. Para finalizar, acho que este programa está de encontro com outro problema: o crédito do Pronaf. O programa chega a grande parte dos agricultores, porém existe uma parcela mais pobre, sem condições de acesso e sem garantias. Precisamos construir novas estratégias para que o Crédito chegue a todos, e o Cooperativismo será um bom meio de acesso. Essa é a importância da FETRAF, do governo e dos nossos agricultores criarem alternativas para chegar aos agricultores menos favorecisos, que não participam de sindicatos, do Pronaf, da comercialização e muito menos da agroidutrialização. Sabemos da capacidade que eles têm para desenvolver agricologia e um conjunto de mecanismos para produzir alimentos a todos os brasileiros".



Informativo CONTRAF-BRASIL

Cadastre-se e receba periodicamente
nossos boletins informativos.