Fetrafs encaminham diretrizes definidas no Encontro Nacional para as bases

Alguns eixos serão trabalhados com mais intensidade, entre eles a formação sindical, a organização da produção e comercialização de alimentos e mobilizações

Escrito por: Da redação da Contraf Brasil - Patrícia Costa • Publicado em: 26/11/2019 - 15:31 • Última modificação: 26/11/2019 - 15:42 Escrito por: Da redação da Contraf Brasil - Patrícia Costa Publicado em: 26/11/2019 - 15:31 Última modificação: 26/11/2019 - 15:42

Divulgação Encontro da Coordenação Geral Nacional da Contraf Brasil em Salvador

Com as diretrizes encaminhadas no Encontro da Coordenação Geral Nacional da Contraf Brasil, as federações, (Fetrafs), iniciam os trabalhos com as bases, (Sintrafs), para fortalecer ações nos eixos da organização da produção e comercialização dos alimentos, formação sindical, mobilizações pelas políticas públicas de reforma agrária e agricultura familiar.

E ainda: os coordenadores regionais levam a pauta nacional para cada região, no sentido de alertar os desafios e o enfrentamento da atual conjuntura política e econômica.

Na perspectiva da secretaria de Formação da CUT Nacional, Rosane Bertotti, a reunião que foi bastante representativa com lideranças de vários estados, avalia que é um momento em que os movimentos sindicais precisam discutir as pautas específicas, mas é também à hora de debater questões essenciais para o Brasil como a educação, a saúde, a previdência. “Para nós é fundamental, tanto a Fetraf quanto Central Única dos Trabalhadores, colocarem o tema da agricultura familiar no desenvolvimento sustentável com base na segurança alimentar e na ordem do dia. O Brasil voltou para o mapa da fome e da pobreza, e sem dúvida a produção de alimentos é uma questão estratégica. Neste sentido, nós da CUT estamos em consonância com a luta e a organização da agricultura familiar. Contudo, não podemos também deixar de colocar na pauta a defesa da democracia, o direito da organização, o respeito às minorias, e as formas de organização”.

Entre os objetivos da reunião estava o tema da Agricultura Familiar, da segurança alimentar como um tema estratégico da conjuntura política e econômica.

A Fetraf Bahia, representada pelo coordenador Rosival Leite destaca que essa foi uma oportunidade de discutir bandeiras de luta na perspectiva de renovação. “Foi mais uma atividade que de fato nos remete a grandes elaborações e a nos preparar para este momento difícil que estamos passando, com uma agenda de governo federal que não agrada a agricultura familiar e que tem tirado direitos conquistados secularmente”.

Para a Fetraf Ceará o mote será “O direito de pensar diferente sem ser assassinado”. Auri Júnior, da direção da federação a resistência é a palavra de ordem que será fixada na base. “Vamos caminhar cada vez mais firmes com as comunidades reafirmando sempre nossa luta por Justiça, enfrentando a opressão, lutando por liberdade. “Justiça de pão, direitos, da liberdade de pensar diferente sem ser assassinado”, pontua Junior, que é também da coordenação de juventude da Contraf Brasil.

Em Pernambuco a Fetraf se lembra de tencionar e pressionar o tema da perseguição política, principalmente das lideranças sindicais. “As mortes e a violência no campo tem aumentado cada vez mais e em meio a isso tivemos a morte de um vereador na Paraíba, que fazia parte dos nossos sistema Contraf Brasil, Fetraf, Sintraf. Tão logo precisamos acabar com este tipo de ataque. Aqui na Fetraf Pernambuco também vamos aproximar a CUT das bases. Acho que isso é fundamental para a conjuntura em que vivemos. Conversar com as forças políticas do campo rural para a possibilidade de todo mundo se unir formando uma força maior”, avalia João Santos, coordenador da Fetraf PE.

A retomada da luta pela reforma agrária pelas Fetrafs também foi ponto alto nas discussões. “Em minha opinião, é a principal política que desenvolve a agricultura familiar. Tem que ser uma luta de todos”, complementa João.

Em Goiás, a federação nesta perspectiva de retomada da reforma agrária irá reorganizar os acampamentos e realizar ações necessárias para colocar o tema na pauta nacional. “Queremos fortalecer nossos sindicatos e torná-los mais atuantes nos pontos estratégicos como a organização da produção e comercialização, ampliar as parcerias, além do foco principal que é a reforma agrária”, explica Gerailton Ferreira sobre os novos rumos da federação.

No Pará, região também histórica nas lutas do campo vai trabalhar intensamente no enfrentamento a retirada de direitos. “Em janeiro vamos fazer uma reunião da direção da Fetraf Pará para discutir proposta e encaminhamentos tirados no encontro nacional. Vamos nos prepararmos para a grande plenária e cumprir o que foi deliberado pela nacional. Precisamos vencer esse dragão que nos persegue retirando nossos direitos, que aprisiona e que mata”, diz Viviane Oliveira, coordenadora da Fetraf Pará.

A Contraf Brasil está organizada em 20 estados, com mais de 900 Sindicatos e Associações sindicais em mais de 1000 municípios em todo o Brasil, com aproximadamente 500 mil agricultoras e agricultores associados.

Título: Fetrafs encaminham diretrizes definidas no Encontro Nacional para as bases, Conteúdo: Com as diretrizes encaminhadas no Encontro da Coordenação Geral Nacional da Contraf Brasil, as federações, (Fetrafs), iniciam os trabalhos com as bases, (Sintrafs), para fortalecer ações nos eixos da organização da produção e comercialização dos alimentos, formação sindical, mobilizações pelas políticas públicas de reforma agrária e agricultura familiar. E ainda: os coordenadores regionais levam a pauta nacional para cada região, no sentido de alertar os desafios e o enfrentamento da atual conjuntura política e econômica. Na perspectiva da secretaria de Formação da CUT Nacional, Rosane Bertotti, a reunião que foi bastante representativa com lideranças de vários estados, avalia que é um momento em que os movimentos sindicais precisam discutir as pautas específicas, mas é também à hora de debater questões essenciais para o Brasil como a educação, a saúde, a previdência. “Para nós é fundamental, tanto a Fetraf quanto Central Única dos Trabalhadores, colocarem o tema da agricultura familiar no desenvolvimento sustentável com base na segurança alimentar e na ordem do dia. O Brasil voltou para o mapa da fome e da pobreza, e sem dúvida a produção de alimentos é uma questão estratégica. Neste sentido, nós da CUT estamos em consonância com a luta e a organização da agricultura familiar. Contudo, não podemos também deixar de colocar na pauta a defesa da democracia, o direito da organização, o respeito às minorias, e as formas de organização”. Entre os objetivos da reunião estava o tema da Agricultura Familiar, da segurança alimentar como um tema estratégico da conjuntura política e econômica. A Fetraf Bahia, representada pelo coordenador Rosival Leite destaca que essa foi uma oportunidade de discutir bandeiras de luta na perspectiva de renovação. “Foi mais uma atividade que de fato nos remete a grandes elaborações e a nos preparar para este momento difícil que estamos passando, com uma agenda de governo federal que não agrada a agricultura familiar e que tem tirado direitos conquistados secularmente”. Para a Fetraf Ceará o mote será “O direito de pensar diferente sem ser assassinado”. Auri Júnior, da direção da federação a resistência é a palavra de ordem que será fixada na base. “Vamos caminhar cada vez mais firmes com as comunidades reafirmando sempre nossa luta por Justiça, enfrentando a opressão, lutando por liberdade. “Justiça de pão, direitos, da liberdade de pensar diferente sem ser assassinado”, pontua Junior, que é também da coordenação de juventude da Contraf Brasil. Em Pernambuco a Fetraf se lembra de tencionar e pressionar o tema da perseguição política, principalmente das lideranças sindicais. “As mortes e a violência no campo tem aumentado cada vez mais e em meio a isso tivemos a morte de um vereador na Paraíba, que fazia parte dos nossos sistema Contraf Brasil, Fetraf, Sintraf. Tão logo precisamos acabar com este tipo de ataque. Aqui na Fetraf Pernambuco também vamos aproximar a CUT das bases. Acho que isso é fundamental para a conjuntura em que vivemos. Conversar com as forças políticas do campo rural para a possibilidade de todo mundo se unir formando uma força maior”, avalia João Santos, coordenador da Fetraf PE. A retomada da luta pela reforma agrária pelas Fetrafs também foi ponto alto nas discussões. “Em minha opinião, é a principal política que desenvolve a agricultura familiar. Tem que ser uma luta de todos”, complementa João. Em Goiás, a federação nesta perspectiva de retomada da reforma agrária irá reorganizar os acampamentos e realizar ações necessárias para colocar o tema na pauta nacional. “Queremos fortalecer nossos sindicatos e torná-los mais atuantes nos pontos estratégicos como a organização da produção e comercialização, ampliar as parcerias, além do foco principal que é a reforma agrária”, explica Gerailton Ferreira sobre os novos rumos da federação. No Pará, região também histórica nas lutas do campo vai trabalhar intensamente no enfrentamento a retirada de direitos. “Em janeiro vamos fazer uma reunião da direção da Fetraf Pará para discutir proposta e encaminhamentos tirados no encontro nacional. Vamos nos prepararmos para a grande plenária e cumprir o que foi deliberado pela nacional. Precisamos vencer esse dragão que nos persegue retirando nossos direitos, que aprisiona e que mata”, diz Viviane Oliveira, coordenadora da Fetraf Pará. A Contraf Brasil está organizada em 20 estados, com mais de 900 Sindicatos e Associações sindicais em mais de 1000 municípios em todo o Brasil, com aproximadamente 500 mil agricultoras e agricultores associados.



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