FETRAF-PARÁ entrega pauta para o Ministro do Desenvolvimento Agrário Patrus Ananias e para a Presidente no INCRA Maria Lúcia Falcó
Ate o final dos 4 anos do governo Dilma, todas as famílias acampadas do Brasil serão assentadas, tendo como prioridade o Estado do Pará
Escrito por: FETRAF/BRASIL • Publicado em: 18/04/2015 - 11:45 Escrito por: FETRAF/BRASIL Publicado em: 18/04/2015 - 11:45Não haveria data melhor para que Patrus Ananias e Maria Lúcia Falcón assumissem o compromisso de resolver a situação da reforma agrária no estado do Pará. Dezenove anos atrás, dezenove camponeses foram mortos em confronto com a polícia, após ordem de uso de força dada pelo governador do estado do Pará. Desde o acontecido, o nome do município é sempre lembrado pela luta, pela posse de terra e reforma agrária no mundo.Para relembrar e homenagear os familiares das vítimas, os movimentos sociais MST, FETRAF e FETAGRI, estiveram em concentração neste mesmo lugar para entregar uma pauta conjunta e a FETRAF-PA também entregou sua pauta de reivindicações.
Segundo o advogado da CPT (Comissão Pastoral da Terra), Dr. Batista, em cada assentamento criado no estado, especificamente na região Sul e Sudeste tem sangue inocente derramado. “Acontecem verdadeiras chacinas, pois são mortos vários trabalhadores. A reforma agrária em nosso estado tem avançado especialmente pela força, pela luta dos camponeses, pela coragem, pelo sangue derramado, e não pela iniciativa do poder publico”.
Hoje nesta região o capital tem se apropriado das riquezas existentes, invadido terras de comunidades indígenas, remanescentes de quilombolas e comunidades ribeirinhas onde a violência contra as pessoas e ao meio ambiente é promovida.
Essa região continua tendo como principal forma de acesso a terra, a ocupação. Segundo Francisco Moura, Coordenador do MST nacional no Pará, hoje existe cerca de 120 fazendas ocupadas por aproximadamente 12 mil famílias. “Algumas dessas ocupações são da época do governo de Fernando Henrique, atravessaram o governo Lula e o primeiro mandato do governo Dilma e em nada foi resolvido os problemas dessas muitas famílias. Hoje temos 504 assentamentos só na SR 27, nossa maior superintendência”.
Segundo Chico da Cib, coordenador da FETRAF PARÁ, existem terra para trabalhar, mais não existe condições de desenvolvimento. “Devido à falta de investimento nos assentamentos é causado a venda das terras, o êxodo rural e muita violência”.
Diante disso, Maria Lucia Falcón, assumiu três importantes compromissos com os movimentos sociais:
1- Voltará a região com toda sua equipe no mês de maio para passar uma semana. Na oportunidade, vai ser reunir com os prefeitos e os movimentos sociais. O nome do projeto será INCRA INTINERANTE e sairá de Brasília para os estados, começando pelo estado do Pará;
2- 2- Unirá esforços do governo federal para acelerar os processos das terras públicas no estado;
3- Vai trabalhar um plano de desenvolvimento especifico para este território. A proposta é conseguir verba para fazer tudo que precisa. Não mais assentamento por assentamento. Sair do varejo para o atacado.
O ministro Patrus Ananias, reafirmou os compromissos que a presidente do INCRA nacional fez. Segundo ele, a prioridade do seu governo será a reforma agrária. “Ate o final dos 4 anos do governo Dilma, todas as famílias acampadas do Brasil serão assentadas, tendo como prioridade o Estado do Pará”. Patrus disse ainda que é preciso fazer dos assentamentos espaços de vida, espaços produtivos, e o INCRA e o MDA vão trabalhar juntos e sintonizados. “MDA e INCRA tem os mesmos objetivos: Assentar os acampados e fazer dos assentamentos espaços da agricultura familiar, espaços dignos de vida, principalmente para jovens e crianças ”. Concluiu o Ministro.