FETRAF integra o primeiro GT Nacional do leite
FETRAF participou nesta quinta-feira (27) do primeiro encontro do Grupo de Trabalho do Leite, instituído em nível nacional, com objetivo de discutir a conjuntura e propostas para o setor leiteiro.
Escrito por: FETRAF/SUL • Publicado em: 28/08/2015 - 14:22 Escrito por: FETRAF/SUL Publicado em: 28/08/2015 - 14:22A coordenadora da Fetraf-RS, Cleonice Back, participou nesta quinta-feira (27), representando a Fetraf-Brasil, do primeiro encontro do Grupo de Trabalho do Leite, instituído em nível nacional, com objetivo de discutir a conjuntura e propostas para setor leiteiro. O evento aconteceu em Brasília e reuniu todas as entidades e órgãos governamentais que compõem o GT: Fetraf, Conab, MDA, MDS, Embrapa, União Nacional das Cooperativas, MPA, Contag e representantes do setor lácteo.
A conjuntura mundial e nacional do setor lácteo e as perspectivas futuras pautaram a primeira rodada de discussão do grupo de trabalho. Foi destacado entre os participantes a preocupação com a importação de leite e derivados no país. Hoje o Brasil compra muito mais leite do que vende e isso é ruim para os produtores e para o mercado interno. A coordenadora da Fetraf pontuou que quem mais sofre com a crise láctea são os pequenos produtores e a agricultura familiar, realidade predominante do setor leiteiro no Rio Grande do Sul. “Necessitamos construir políticas de incentivo ao setor, caso contrário o êxodo rural será ainda mais intenso, tendo em vista que muitas famílias dependem exclusivamente da renda do leite”, afirmou.
Outro ponto debatido e que causa apreensão no setor é a proximidade da safra de leite que tem seu ápice em novembro e dezembro, fato que geralmente, ocasiona a queda de preços. “Diante dessa realidade, precisamos discutir maneiras de intervimos no mercado para que os produtores não sejam tão afetados”, pontou Back.
Uma série de temáticas e discussões que pautarão as próximas reuniões e o trabalho futuro do GT, foram levantadas. Dentre elas, destaca-se a urgência em criar políticas públicas estruturantes para a cadeia do leite; debater a qualidade e sanidade; os preços e custos de produção; buscar financiamento para os produtores, assistência técnica e melhorar a legislação.
“A legislação é um tema que precisa ser debatido e alterado pois hoje os agricultores são os últimos na lista de credores das empresas e, em função disso, são prejudicados no caso de falências e recuperação judicial” evidenciou Cleonice.
A criação do GT do Leite foi tema de pauta da Fetraf, em 2014, logo que iniciou a crise leiteira no estado. Neste ano o governo federal publicou a portaria 257 que instituiu a criação do Grupo de Trabalho do Leite. A coordenadora destaca que o GT é muito importante para o setor. “É um espaço de suma relevância, que congrega entidades e governos, para fazer os debates dos problemas do setor leiteiro e dos produtores, bem como, apontar soluções”, frisou.