Fetraf Bahia destaca Dia da Consciência Negra nas atividades de novembro
Para a federação a luta pelos direitos da população negra é permanente, porém o 20 de novembro é um dia de levante.
Escrito por: Editado por Patrícia Costa (Contraf Brasil) / Texto - Matheus Diniz – jornalista - Secom Fetraf Bahia • Publicado em: 12/11/2019 - 15:53 • Última modificação: 12/11/2019 - 16:19 Escrito por: Editado por Patrícia Costa (Contraf Brasil) / Texto - Matheus Diniz – jornalista - Secom Fetraf Bahia Publicado em: 12/11/2019 - 15:53 Última modificação: 12/11/2019 - 16:19Divulgação Dia da Consciência Negra
No mês em que é celebrado o Dia da Consciência Negra, dia 20 de novembro, a Federação dos Trabalhadores e Trabalhadoras na Agricultura Familiar da Bahia - Fetraf Bahia em homenagem e reconhecimento a data, abordará com destaque o tema em suas atividades.
A data serve de reflexão sobre a importância do povo e da cultura africana no Brasil, das lutas pela garantia dos direitos dos povos negros, reforçar a resistência da população afro-brasileira, e avançar para além da luta contra o racismo, mas também de combate ao fascismo e o autoritarismo que o atual governo representa.
A Federação lembra que segundo dados do IBGE, o estado é o que mais possui comunidades quilombolas no país, representando 747 do total de 3 mil. Os quilombolas são habitantes de comunidades negras rurais formadas, que vivem, na sua maioria, da agricultura em terras tradicionais. São povos originários que representam também, de forma significativa, grande parcela da Agricultura Familiar no Brasil, principalmente no Nordeste.
Para a federação, a luta contra a opressão, à intolerância, pela garantia dos direitos da população negra é permanente, é feita todos os dias, porém o 20 de novembro é o dia D, é um dia de levante. É também o momento de destacar a defesa dos avanços sociais promovidos nos governos de Lula e Dilma, que foram comprometidos com a redução das desigualdades raciais no País.
História do dia 20 de novembro
O dia 20 de novembro foi instituído como o “Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra” em alusão ao líder negro Zumbi dos Palmares, falecido neste mesmo dia, em 1695. A medida tem como base legal a Lei Federal 12.519/11, em atendimento à demanda histórica do movimento negro no Brasil, que elegeu a figura de Zumbi como um símbolo da luta e resistência dos negros escravizados no país. Zumbi liderou o Quilombo dos Palmares (União dos Palmares, Alagoas), comunidade formada por pessoas escravizadas, fugidas das fazendas no Brasil colonial. O quilombo também foi palco da luta pela liberdade de culto religioso e prática da cultura africana.
A homenagem a Zumbi foi mais do que justa, pois este personagem histórico representou a luta do negro contra a escravidão, no período do Brasil Colonial. Ele morreu em combate, defendendo seu povo e sua comunidade. Os quilombos representavam uma resistência ao sistema escravista e também uma forma coletiva de manutenção da cultura africana aqui no Brasil. Zumbi lutou até a morte por esta cultura e pela liberdade do seu povo.