Cooperação e intercâmbio Brasil- África promove profissionalização do ofício de agricultor familiar

Oficina internacional pautou a dinâmica do Programa de Compras Públicas de Alimentos do Brasil

Escrito por: FAF-CUT • Publicado em: 14/12/2015 - 10:10 Escrito por: FAF-CUT Publicado em: 14/12/2015 - 10:10

Dividir, compartilhar, trocar. Com a intenção de multiplicar, o intercâmbio de Brasil-África permitiu aos agricultores familiares da região dos Grandes Lagos, na África, conhecer um pouco mais sobre como os produtores no Brasil comercializam a produção por meio de políticas públicas que o tornaram referência no combate à fome e à miséria e evidenciar a importância da organização sindical e social para garantir acesso à política pública.

 

Com produtores da Etiópia, Burundi, Kigali, Senegal e Moçambique, o diálogo com as organizações africanas ocooreu no sentido de trocar experiências e pautar a dinâmica do Programa de Compras Públicas de Alimentos como o de Aquisição de Alimentos (PAA) e o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), com ênfase ao acordo de Cooperação Sul/Sul- Brasil-África.

 

Representando a Federação Nacional dos Trabalhadores e Trabalhadoras da Agricultura Familiar do Brasil (FETRAF-BRASIL), entidade que representa a categoria no país, Elvio Motta, coordenador Nacional de Habitação Rural, secretário Geral e de Comunicação da Federação dos Trabalhadores da Agricultura Familiar da CUT no Estado de São Paulo (FAF/CUT-SP) e presidente da Cooperativa de Habitação da Agricultura Familiar de São Paulo (COOPERHAF-SP), participou do intercâmbio.

 

Com palestras e visitas às comunidades rurais Motta, ressaltou a importância de fazer uma análise para entender um pouco do universo brasileiro e, a atuação das organizações de representação dos trabalhadores do campo, que são responsáveis por ter colocado na pauta do governo a necessidade de implementar políticas específicas para a categoria que produz todos os alimentos que a população consome.

“Quando falamos do território o brasileiro, estamos falando de 8.516.000 quilômetros quadrados, de dimensão continental. Quando olhamos para o Brasil, olhamos para um país com cinco macrorregiões, com uma diversidade sociocultural extremamente grande. Olhamos para uma população de mais de 200 milhões de pessoas e distribuídas nesse território geograficamente diverso, com climas e biomas diferentes, com cenários socioculturais diferentes, como a agricultura camponesa do sul do país que é tipicamente tradicional, oriunda de colonos e ex-colonos que estão na terra, descendentes de imigrantes europeus. O Nordeste, oriunda de camponeses que tem a dimensão cultural dos povos africanos, dos povos indígenas. Com isso, a operacionalização dos programas, o que os torna exemplos a serem replicados para outros países é justamente a organização e gestão dos agricultores familiares sobre eles”, destacou Motta.

 

“São as organizações que fazem a luta e travam o diálogo tanto com as esferas de governo, quanto com as bases, com os agricultores familiares. Que nas cooperativas e associações fazem os projetos para acesso ao PAA e disputam as chamadas públicas do PNAE, abastecem bancos de alimentos, centros de assistência social, cuidam da logística, entrega e condicionamento dos produtos para milhares de crianças da rede pública de ensino”, pontuou.

 

A cooperação entre o Brasil e a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO)  tem se fortalecido no sentido de promover o combate à fome e à miséria, em especial por meio da troca de experiências entre o Brasil e países da América Latina, Caribe e África.

 

O intercâmbio na África ocorreu de 4 à 11 de dezembro, e contou além das visitas às propriedades rurais, às plantações e diálogos com líderes das organizações de agricultores familiares e de comunidades.

 

Título: Cooperação e intercâmbio Brasil- África promove profissionalização do ofício de agricultor familiar, Conteúdo: Dividir, compartilhar, trocar. Com a intenção de multiplicar, o intercâmbio de Brasil-África permitiu aos agricultores familiares da região dos Grandes Lagos, na África, conhecer um pouco mais sobre como os produtores no Brasil comercializam a produção por meio de políticas públicas que o tornaram referência no combate à fome e à miséria e evidenciar a importância da organização sindical e social para garantir acesso à política pública.   Com produtores da Etiópia, Burundi, Kigali, Senegal e Moçambique, o diálogo com as organizações africanas ocooreu no sentido de trocar experiências e pautar a dinâmica do Programa de Compras Públicas de Alimentos como o de Aquisição de Alimentos (PAA) e o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), com ênfase ao acordo de Cooperação Sul/Sul- Brasil-África.   Representando a Federação Nacional dos Trabalhadores e Trabalhadoras da Agricultura Familiar do Brasil (FETRAF-BRASIL), entidade que representa a categoria no país, Elvio Motta, coordenador Nacional de Habitação Rural, secretário Geral e de Comunicação da Federação dos Trabalhadores da Agricultura Familiar da CUT no Estado de São Paulo (FAF/CUT-SP) e presidente da Cooperativa de Habitação da Agricultura Familiar de São Paulo (COOPERHAF-SP), participou do intercâmbio.   Com palestras e visitas às comunidades rurais Motta, ressaltou a importância de fazer uma análise para entender um pouco do universo brasileiro e, a atuação das organizações de representação dos trabalhadores do campo, que são responsáveis por ter colocado na pauta do governo a necessidade de implementar políticas específicas para a categoria que produz todos os alimentos que a população consome. “Quando falamos do território o brasileiro, estamos falando de 8.516.000 quilômetros quadrados, de dimensão continental. Quando olhamos para o Brasil, olhamos para um país com cinco macrorregiões, com uma diversidade sociocultural extremamente grande. Olhamos para uma população de mais de 200 milhões de pessoas e distribuídas nesse território geograficamente diverso, com climas e biomas diferentes, com cenários socioculturais diferentes, como a agricultura camponesa do sul do país que é tipicamente tradicional, oriunda de colonos e ex-colonos que estão na terra, descendentes de imigrantes europeus. O Nordeste, oriunda de camponeses que tem a dimensão cultural dos povos africanos, dos povos indígenas. Com isso, a operacionalização dos programas, o que os torna exemplos a serem replicados para outros países é justamente a organização e gestão dos agricultores familiares sobre eles”, destacou Motta.   “São as organizações que fazem a luta e travam o diálogo tanto com as esferas de governo, quanto com as bases, com os agricultores familiares. Que nas cooperativas e associações fazem os projetos para acesso ao PAA e disputam as chamadas públicas do PNAE, abastecem bancos de alimentos, centros de assistência social, cuidam da logística, entrega e condicionamento dos produtos para milhares de crianças da rede pública de ensino”, pontuou.   A cooperação entre o Brasil e a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO)  tem se fortalecido no sentido de promover o combate à fome e à miséria, em especial por meio da troca de experiências entre o Brasil e países da América Latina, Caribe e África.   O intercâmbio na África ocorreu de 4 à 11 de dezembro, e contou além das visitas às propriedades rurais, às plantações e diálogos com líderes das organizações de agricultores familiares e de comunidades.  



Informativo CONTRAF-BRASIL

Cadastre-se e receba periodicamente
nossos boletins informativos.