Contraf discute organização digital
Seminário fortalece as ações do coletivo de comunicação e define a construção de quatro oficinas temáticas
Escrito por: Fernanda Silva • Publicado em: 02/10/2020 - 15:17 • Última modificação: 02/10/2020 - 15:53 Escrito por: Fernanda Silva Publicado em: 02/10/2020 - 15:17 Última modificação: 02/10/2020 - 15:53CONTRAF-BRASIL/CUT
Durante essa quinta e sexta-feira (1 e 2) agricultores familiares participaram do seminário de organização digital. Com a perspectiva de nortear e embasar novas estratégias de ação nas redes sociais a Contraf elencou como tarefa a criação de um coletivo de comunicação e, a construção de quatro oficinas temáticas.
Renato Rovai, primeiro expositor no evento, destacou que o acesso a internet precisa ser prioridade no planejamento dos sindicatos e federações já que “em todos os locais as prioridades são destinadas na discussão sobre orçamento, então, lá nos sindicatos as questões de internet, muitas vezes, são tratadas como acessórios e não prioridade”.
Rovai observou também que há caminhos para promover o acesso, como investir em projetos de ONGs que lutam pela liberdade, melhoria da banda larga e, pontuou sobre a necessidade de fazer a disputa de narrativa com o agronegócio. Nesse ponto dois aspectos são fundamentais, sendo a produção de conteúdo e, a construção de redes que são da mesma linha editorial parceiras para ampliar a disseminação do conteúdo.
Com a participação de Felipe Altenfelder, editor do Mídia Ninja, foi possível conhecer a trajetória do coletivo e, a partir de três ações fundamentais ele pontuou que é possível estabelecer um processo de comunicação e, consequentemente, atuação em rede, sendo a cobertura (registro permanente de todas as atividades; visibilidade (formas de utilizar as ferramentas de comunicação) e; arquitetura e planejamento (a forma como o conteúdo será disseminado).
Para Conceição Oliveira, pedagoga, autora do Blog da Maria Frô, o nosso desafio é entender que a militância carrega elementos importantes para o capitalismo da plataforma. “Temos que ocupar com qualidade essas redes. Dá trabalho, não é fácil, mas temos que fazer a disputa política. O território digital é o planeta e as consequências dele acontecem no nosso mundo real. Temos que nos apropriar dele”, disse Conceição.
Participaram do seminário agricultores familiares da Fetraf dos estados do Amazonas, Bahia, Pará, Santa Catarina, Pernambuco, Ceará, Paraná, Minas Gerais, São Paulo, Distrito Federal, Paraíba, Rio Grande do Norte, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Piauí.