CONTRAF BRASIL realizará manifestações pela garantia dos direitos da Mulher

No dia 8 de março as agricultoras familiares de vários estados vão às ruas para reafirmar as lutas por seus direitos sociais e políticos

Escrito por: Assessoria de Comunicação da CONTRAF BRASIL - Patrícia Costa • Publicado em: 01/03/2018 - 16:34 • Última modificação: 06/03/2018 - 17:23 Escrito por: Assessoria de Comunicação da CONTRAF BRASIL - Patrícia Costa Publicado em: 01/03/2018 - 16:34 Última modificação: 06/03/2018 - 17:23

Patrícia Costa - CONTRAF BRASIL Dia 8 de Março - Dia Internacional da Mulher

Mulheres agricultoras familiares vão às ruas na semana do dia 8 de março, Dia Internacional da Mulher, para reafirmar suas lutas e conquistas que trouxeram direitos sociais e políticos, melhores condições de vida e trabalho. O dia também será marcado por atos e protestos contra problemas sociais como a violência, a desigualdade salarial, a desvalorização e discriminação contra a mulher.

As Fetrafs de vários estados como Bahia, Pernambuco, Piauí, Maranhão, Pará, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Paraná, Santa Catarina, Minas Gerais, Goiás entre outros, realizarão caminhadas, assembleias, reuniões, oficinas e demais atividades, para debater e levar informações às mulheres e sociedade civil sobre suas conquistas e da atual situação de ameaças e perda de direitos que foram conquistados ao longo dos anos.

A injustiça e impunidade aos agressores são fatores que contribuem com o aumento da violência contra as mulheres. Hoje, a cada dia, no Brasil, 11 mulheres são assassinadas, em média, vítimas de feminicídio, morte violenta de mulheres por razões de gênero. Ainda, por hora 503 mulheres sofrem violência física e a cada 11 minutos 1 mulher é estuprada no Brasil, colocando o país no 5º lugar do Ranking de Violência contra as Mulheres.

Para a coordenadora de mulher da CONTRAF BRASIL, Graça Amorim, o 8 de março de 2018 será mais um ano de mobilizações do que comemorações. “Precisamos levantar nossas bandeiras com unidade, pois diante dos retrocessos da atual conjuntura política como a reforma da previdência que ameaça retirar nossos direitos, a violência que cresce desenfreadamente, mais do que nunca é necessário dá um basta”.

Ainda, enquanto agricultora familiar, Graça Amorim lembra que a Organização das Nações Unidas (ONU), elegeu 2018 como o Ano Internacional da Mulher Rural. “Essa é a hora de construirmos uma pauta unitária e apresentar para os Governos políticas públicas de desenvolvimento para a mulher rural, principalmente no que se refere ao combate a violência, fomento e programas que tenham um olhar no viés do gênero”, explica a coordenadora.

Considerando que 2018 é um ano de eleições, no dia 8 de março outra bandeira dos movimentos é da representatividade feminina nos espaços de construção política. Atualmente, as mulheres representam cerca de 52% do eleitorado, entretanto, o percentual que disputa os cargos eletivos foi de apenas 31% e menos de 10% possuem representatividade no Congresso Nacional.

“Ficar atenta ao aspecto de quem iremos eleger este ano é fundamental para que tenhamos mais representatividade na política. Ter mulheres comprometidas com a pauta da ‘Mulheres’ e assim poderemos mudar essa realidade de agressão, de impunidade e injustiça social”, avalia Graça.

Mulheres Agricultoras Familiares

No Brasil rural vivem mais de 14 milhões de mulheres. Pesquisas apontam que 45% do alimento produzido no campo são plantados e colhidos pelas mulheres, no entanto, na sua maioria, em condições precárias agravadas pela distância das áreas urbanas e dos serviços públicos. 

As mulheres rurais são responsáveis, em grande parte, pela produção destinada ao autoconsumo familiar e contribuem com 42,4% do rendimento familiar. O índice é superior ao observado nas áreas urbanas, de 40,7%.

A diferença mundial de salário entre mulheres e homens se situa em 23%, nas áreas rurais pode chegar até 40%. Mulheres rurais constituem mais de 25% da população mundial, e a maioria de 43% das mulheres representam a força de trabalho agrícola mundial.

Contudo, de acordo com os indicadores de desenvolvimento, as mulheres rurais estão atrasadas em relação aos homens rurais e as mulheres urbanas devido às desigualdades de gênero e à discriminação arraigadas.

As agricultoras familiares conquistaram inúmeros direitos como, na previdência social (aposentadoria, salário maternidade), na saúde (os programas de saúde da mulher), na política agrícola (PRONAF Mulher), (Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar), Assistência Técnica, o direito à propriedade da terra, embora a igualdade de direitos ainda esteja longe de ser conquistada.

Um dos papeis dos movimentos sociais e dos coletivos de mulheres é lutar pela garantia efetiva das relações igualitárias e solidárias, avançar na igualdade de oportunidades, na sociedade, nos direitos, na produção, na política e nas próprias organizações. 

Desse modo, neste dia 8 de março, a CONTRAF BRASIL, FETRAFs e SINTRAFs reafirmamos a luta permanente para progressivamente construirmos a desejada nova sociedade, mais igualitária, mais democrática e mais solidária que pressupõe melhores relações entre homens e mulheres.

Acesse AQUI o arquivo  'Pela Garantia dos Direitos' para apoio nas atividades do dia 8 de março.

Título: CONTRAF BRASIL realizará manifestações pela garantia dos direitos da Mulher, Conteúdo: Mulheres agricultoras familiares vão às ruas na semana do dia 8 de março, Dia Internacional da Mulher, para reafirmar suas lutas e conquistas que trouxeram direitos sociais e políticos, melhores condições de vida e trabalho. O dia também será marcado por atos e protestos contra problemas sociais como a violência, a desigualdade salarial, a desvalorização e discriminação contra a mulher. As Fetrafs de vários estados como Bahia, Pernambuco, Piauí, Maranhão, Pará, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Paraná, Santa Catarina, Minas Gerais, Goiás entre outros, realizarão caminhadas, assembleias, reuniões, oficinas e demais atividades, para debater e levar informações às mulheres e sociedade civil sobre suas conquistas e da atual situação de ameaças e perda de direitos que foram conquistados ao longo dos anos. A injustiça e impunidade aos agressores são fatores que contribuem com o aumento da violência contra as mulheres. Hoje, a cada dia, no Brasil, 11 mulheres são assassinadas, em média, vítimas de feminicídio, morte violenta de mulheres por razões de gênero. Ainda, por hora 503 mulheres sofrem violência física e a cada 11 minutos 1 mulher é estuprada no Brasil, colocando o país no 5º lugar do Ranking de Violência contra as Mulheres. Para a coordenadora de mulher da CONTRAF BRASIL, Graça Amorim, o 8 de março de 2018 será mais um ano de mobilizações do que comemorações. “Precisamos levantar nossas bandeiras com unidade, pois diante dos retrocessos da atual conjuntura política como a reforma da previdência que ameaça retirar nossos direitos, a violência que cresce desenfreadamente, mais do que nunca é necessário dá um basta”. Ainda, enquanto agricultora familiar, Graça Amorim lembra que a Organização das Nações Unidas (ONU), elegeu 2018 como o Ano Internacional da Mulher Rural. “Essa é a hora de construirmos uma pauta unitária e apresentar para os Governos políticas públicas de desenvolvimento para a mulher rural, principalmente no que se refere ao combate a violência, fomento e programas que tenham um olhar no viés do gênero”, explica a coordenadora. Considerando que 2018 é um ano de eleições, no dia 8 de março outra bandeira dos movimentos é da representatividade feminina nos espaços de construção política. Atualmente, as mulheres representam cerca de 52% do eleitorado, entretanto, o percentual que disputa os cargos eletivos foi de apenas 31% e menos de 10% possuem representatividade no Congresso Nacional. “Ficar atenta ao aspecto de quem iremos eleger este ano é fundamental para que tenhamos mais representatividade na política. Ter mulheres comprometidas com a pauta da ‘Mulheres’ e assim poderemos mudar essa realidade de agressão, de impunidade e injustiça social”, avalia Graça. Mulheres Agricultoras Familiares No Brasil rural vivem mais de 14 milhões de mulheres. Pesquisas apontam que 45% do alimento produzido no campo são plantados e colhidos pelas mulheres, no entanto, na sua maioria, em condições precárias agravadas pela distância das áreas urbanas e dos serviços públicos.  As mulheres rurais são responsáveis, em grande parte, pela produção destinada ao autoconsumo familiar e contribuem com 42,4% do rendimento familiar. O índice é superior ao observado nas áreas urbanas, de 40,7%. A diferença mundial de salário entre mulheres e homens se situa em 23%, nas áreas rurais pode chegar até 40%. Mulheres rurais constituem mais de 25% da população mundial, e a maioria de 43% das mulheres representam a força de trabalho agrícola mundial. Contudo, de acordo com os indicadores de desenvolvimento, as mulheres rurais estão atrasadas em relação aos homens rurais e as mulheres urbanas devido às desigualdades de gênero e à discriminação arraigadas. As agricultoras familiares conquistaram inúmeros direitos como, na previdência social (aposentadoria, salário maternidade), na saúde (os programas de saúde da mulher), na política agrícola (PRONAF Mulher), (Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar), Assistência Técnica, o direito à propriedade da terra, embora a igualdade de direitos ainda esteja longe de ser conquistada. Um dos papeis dos movimentos sociais e dos coletivos de mulheres é lutar pela garantia efetiva das relações igualitárias e solidárias, avançar na igualdade de oportunidades, na sociedade, nos direitos, na produção, na política e nas próprias organizações.  Desse modo, neste dia 8 de março, a CONTRAF BRASIL, FETRAFs e SINTRAFs reafirmamos a luta permanente para progressivamente construirmos a desejada nova sociedade, mais igualitária, mais democrática e mais solidária que pressupõe melhores relações entre homens e mulheres. Acesse AQUI o arquivo  Pela Garantia dos Direitos para apoio nas atividades do dia 8 de março.



Informativo CONTRAF-BRASIL

Cadastre-se e receba periodicamente
nossos boletins informativos.