Cenário da educação no campo é preocupante

De acordo dados do Censo Escolar do Ministério da Educação (MEC) 37.77 estabelecimentos de ensino rurais fecharam as portas nos últimos dez anos

Escrito por: FETRAF • Publicado em: 03/11/2011 - 00:00 Escrito por: FETRAF Publicado em: 03/11/2011 - 00:00

A estruturação de uma política nacional que envolvesse os moradores do campo tem sido uma reivindicação antiga da FETRAF-BRASIL.

O cenário educacional na zona rural é preocupante. Alunos e pais sofrem com a precariedade de acesso para chegar às escolas, problemas de infra-estrutura e, principalmente, a falta de educação específica adequada ao meio rural.

De acordo dados do Censo Escolar do Ministério da Educação (MEC) 37.776 estabelecimentos de ensino rurais fecharam as portas nos últimos dez anos.

Com isso ocorre a nucleação, quando os alunos das escolas são transferidos para escolas maiores e distantes da zona rural, onde não tem ensino voltado especificamente para realidade da agricultura familiar.

Por isso, nesse ano, durante a Jornada Nacional de Lutas da Agricultura Familiar, realizada em maio, o debate acerca da necessidade de construir uma política nacional de educação no campo, ganhou ainda mais corpo nas audiências com o MEC.

Segundo Marcos Rochinski, secretário Geral da FETRAF-BRASIL, a proposta da entidade incluía, em linhas gerais, recuperar e ampliar a construção e implantação de escolas de ensino básico e fundamental nas comunidades rurais, ensino fundamental, médio, superior e de qualificação, criados para atender a demanda específica do campo.

“Para criação dessa política nacional específica, a participação dos movimentos sociais que já contribuíram muito para avançar na formação e elevação de escolaridade no campo é imprescindível. Assim como professores qualificados inseridos no contexto local”, explicou Rochinski.

A elaboração desse plano educacional já segue em construção no Ministério com a participação da FETRAF e demais movimentos sociais. No último dia 25 de outubro, as entidades assistiram a apresentação da primeira versão do Programa Nacional de Educação no Campo (PRONACAMPO).

Com a criação do Plano Nacional do Livro Didático do Campo e de Diversidade e de uma linha educacional que abranja todos os níveis, que leve em conta as experiências dos movimentos sociais, fortalecimento das ações que já existem, como as Escolas Famílias Agrícolas (EFAs) e a participação social ativa tanto na elaboração como acompanhamento do desenvolvimento do Programa, é fundamental para diminuir o déficit educacional.

Dados de estudo de 2009, de Molina, socióloga, e mais dois especialistas para o Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social da Presidência da República, entre a população de 15 anos ou mais, a taxa de analfabetismo na zona rural chega a 23,3%, três vezes maior do que em áreas urbanas. A escolaridade média é de 4,5 anos, contra 7,8 anos.

 

Título: Cenário da educação no campo é preocupante, Conteúdo: A estruturação de uma política nacional que envolvesse os moradores do campo tem sido uma reivindicação antiga da FETRAF-BRASIL. O cenário educacional na zona rural é preocupante. Alunos e pais sofrem com a precariedade de acesso para chegar às escolas, problemas de infra-estrutura e, principalmente, a falta de educação específica adequada ao meio rural. De acordo dados do Censo Escolar do Ministério da Educação (MEC) 37.776 estabelecimentos de ensino rurais fecharam as portas nos últimos dez anos. Com isso ocorre a nucleação, quando os alunos das escolas são transferidos para escolas maiores e distantes da zona rural, onde não tem ensino voltado especificamente para realidade da agricultura familiar. Por isso, nesse ano, durante a Jornada Nacional de Lutas da Agricultura Familiar, realizada em maio, o debate acerca da necessidade de construir uma política nacional de educação no campo, ganhou ainda mais corpo nas audiências com o MEC. Segundo Marcos Rochinski, secretário Geral da FETRAF-BRASIL, a proposta da entidade incluía, em linhas gerais, recuperar e ampliar a construção e implantação de escolas de ensino básico e fundamental nas comunidades rurais, ensino fundamental, médio, superior e de qualificação, criados para atender a demanda específica do campo. “Para criação dessa política nacional específica, a participação dos movimentos sociais que já contribuíram muito para avançar na formação e elevação de escolaridade no campo é imprescindível. Assim como professores qualificados inseridos no contexto local”, explicou Rochinski. A elaboração desse plano educacional já segue em construção no Ministério com a participação da FETRAF e demais movimentos sociais. No último dia 25 de outubro, as entidades assistiram a apresentação da primeira versão do Programa Nacional de Educação no Campo (PRONACAMPO). Com a criação do Plano Nacional do Livro Didático do Campo e de Diversidade e de uma linha educacional que abranja todos os níveis, que leve em conta as experiências dos movimentos sociais, fortalecimento das ações que já existem, como as Escolas Famílias Agrícolas (EFAs) e a participação social ativa tanto na elaboração como acompanhamento do desenvolvimento do Programa, é fundamental para diminuir o déficit educacional. Dados de estudo de 2009, de Molina, socióloga, e mais dois especialistas para o Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social da Presidência da República, entre a população de 15 anos ou mais, a taxa de analfabetismo na zona rural chega a 23,3%, três vezes maior do que em áreas urbanas. A escolaridade média é de 4,5 anos, contra 7,8 anos.  



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