Título: Cadeia Industrial da Carne, Conteúdo:       Celso Ludwig, coordenador de políticas agrícolas da FETRAF/BRASIL,participou nesta quinta e sexta-feira no Rio de Janeiro, do debate "Cadeia Industrial da Carne",  para dialogar o impacto desse tipo de produção  em todo o mundo.  O evento foi promovido pela FASE (Federação de Órgãos para Assistência Social e Educacional) e foi idealizado para compartilhar ideias e estratégias sobre o enfrentamento do complexo industrial global da carne e de outros alimentos.  A proposta é dar ênfase ao caso brasileiro e as suas conexões globais. “É importante ressaltar que boa parte das carnes consumida no Brasil e no Mundo, é oriunda da Agricultura Familiar por intermédio do sistema de integração com as empresas. O objetivo da FETRAF/BRASIL é fazer com que essas empresas construam relações mais adequadas com a agricultura familiar, uma vez que no sistema atual, os agricultores não podem participar da formação de preço, e muito menos da composição de custos”. Explicou Celso. “Tanto na produção de suínos como na produção das aves, os agricultores familiares estão sendo excluídos. As empresas cada vez mais concentram o setor. As empresas não permitem que o agricultor familiar seja sindicalizado, ou seja, passamos a ser refém das empresas e não temos condições adequadas para permanecer em vários tipos de atividades importantes para o cenário da agricultura familiar. Por isso a nossa posição é clara! Precisamos regulamentar o setor e também, fazer com que os consumidores saibam que tanto às aves quanto os suínos, precisam ser produzidos de maneira sustentável. Pensamos inclusive, na questão ambiental, como cuidar dos animais e ter as melhores condições para a produção desse tipo de alimento.” Destaca o coordenador. Celso concluiu explanando que a FETRAF/BRASIL, enquanto entidade representativa do agricultor familiar, precisa construir três caminhos para obter êxito na ascenção do setor.  O primeiro é garantir que a agricultura familiar vai produzir e comercializar de uma maneira mais simples e acessível, e que precisa haver uma inspeção simplificada para a categoria. Outro caminho é regulamentar esse setor para trazer transparência a todos. E o terceiro caminho seria atingir e alcançar o consumidor para que ele possa optar pelos produtos da agricultura familiar.