BOLSONARO ACABA COM A MORADIA POPULAR

Famílias de baixa renda de regiões metropolitanas e cidades médias, onde se concentra o maior déficit, seguirão sem nenhuma perspectiva.

Escrito por: Movimentos nacionais urbanos e rurais • Publicado em: 01/11/2019 - 11:07 • Última modificação: 01/11/2019 - 11:17 Escrito por: Movimentos nacionais urbanos e rurais Publicado em: 01/11/2019 - 11:07 Última modificação: 01/11/2019 - 11:17

Divulgação Movimento Sociais em Defesa da Moradia Popular do Campo e da Cidade

Em reunião dos movimentos nacionais urbanos e rurais com o Ministro do Desenvolvimento Regional, Gustavo Canuto, foi anunciado o fim do Minha Casa Minha Vida, e que não haverá novas contratações. Até o final do ano, um novo programa deve ser anunciado, mas com outro formato, na modalidade de voucher, apenas para pequenos municípios e ainda sem metas previstas. Famílias de baixa renda de regiões metropolitanas e cidades médias, onde se concentra o maior déficit, seguirão sem nenhuma perspectiva.

A reunião deixou clara a intenção do Governo Bolsonaro em seguir destruindo políticas e programas sociais. A política econômica, as privatizações, o desemprego são fatores que contribuem para o aumento do déficit habitacional. Com estas medidas, milhões de famílias ficam sem moradia. Se fortalece o sentimento que a moradia é tratada como mercadoria e não como direito social.

Mesmo os projetos já contratados e em andamento seguirão com atrasos nos pagamentos. Com recursos contingenciados, as liberações são insuficientes para pagar as dívidas que se acumulam no MDR. Fica claro que a política de Guedes é cortar: Fruto da PEC da Morte (EC 95/2016), os investimentos em políticas sociais seguem diminuindo. A proposta orçamentária do MDR para 2020 prevê somente a manutenção parcial das obras contratadas. Saneamento, mobilidade e outros programas urbanos também têm orçamentos insuficientes. 

Controle social também segue fora da ordem do dia. Sobre o Conselho Nacional de Desenvolvimento Urbano, apesar de admitir pessoalmente a importância, o Ministro destacou que o conceito anterior de participação é diferente do conceito do Governo Bolsonaro e que ainda não definiu a retomada dos processos de Conselho e Conferências. 

Diante de tantos ataques e desmonte das políticas urbana e habitacional somente nos resta a mobilização e resistência. Todos os avanços foram conquistados como fruto da mobilização e luta do povo brasileiro. Será nas ruas que nos mobilizaremos para defender e manter estas conquistas.

Brasil, 1 de novembro de 2019

- CMP – Central dos Movimentos Populares CONAM

- Confederação Nacional das Associações de Moradores CONTAG

- Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura CONTRAF-BRASIL/CUT

- Confederação Nacional dos Trabalhadores e Trabalhadoras na Agricultura Familiar MAB

- Movimento dos Atingidos por Barragens MLB – Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas

- MNLM – Movimento Nacional de Luta por Moradia MTD

- Movimento de Trabalhadoras e Trabalhadores por Direitos MST

- Movimento dos Trabalhadores Sem Terra MTST

- Movimento dos Trabalhadores Sem Teto UNMP

- União Nacional por Moradia Popular

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Título: BOLSONARO ACABA COM A MORADIA POPULAR, Conteúdo: Em reunião dos movimentos nacionais urbanos e rurais com o Ministro do Desenvolvimento Regional, Gustavo Canuto, foi anunciado o fim do Minha Casa Minha Vida, e que não haverá novas contratações. Até o final do ano, um novo programa deve ser anunciado, mas com outro formato, na modalidade de voucher, apenas para pequenos municípios e ainda sem metas previstas. Famílias de baixa renda de regiões metropolitanas e cidades médias, onde se concentra o maior déficit, seguirão sem nenhuma perspectiva. A reunião deixou clara a intenção do Governo Bolsonaro em seguir destruindo políticas e programas sociais. A política econômica, as privatizações, o desemprego são fatores que contribuem para o aumento do déficit habitacional. Com estas medidas, milhões de famílias ficam sem moradia. Se fortalece o sentimento que a moradia é tratada como mercadoria e não como direito social. Mesmo os projetos já contratados e em andamento seguirão com atrasos nos pagamentos. Com recursos contingenciados, as liberações são insuficientes para pagar as dívidas que se acumulam no MDR. Fica claro que a política de Guedes é cortar: Fruto da PEC da Morte (EC 95/2016), os investimentos em políticas sociais seguem diminuindo. A proposta orçamentária do MDR para 2020 prevê somente a manutenção parcial das obras contratadas. Saneamento, mobilidade e outros programas urbanos também têm orçamentos insuficientes.  Controle social também segue fora da ordem do dia. Sobre o Conselho Nacional de Desenvolvimento Urbano, apesar de admitir pessoalmente a importância, o Ministro destacou que o conceito anterior de participação é diferente do conceito do Governo Bolsonaro e que ainda não definiu a retomada dos processos de Conselho e Conferências.  Diante de tantos ataques e desmonte das políticas urbana e habitacional somente nos resta a mobilização e resistência. Todos os avanços foram conquistados como fruto da mobilização e luta do povo brasileiro. Será nas ruas que nos mobilizaremos para defender e manter estas conquistas. Brasil, 1 de novembro de 2019 - CMP – Central dos Movimentos Populares CONAM - Confederação Nacional das Associações de Moradores CONTAG - Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura CONTRAF-BRASIL/CUT - Confederação Nacional dos Trabalhadores e Trabalhadoras na Agricultura Familiar MAB - Movimento dos Atingidos por Barragens MLB – Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas - MNLM – Movimento Nacional de Luta por Moradia MTD - Movimento de Trabalhadoras e Trabalhadores por Direitos MST - Movimento dos Trabalhadores Sem Terra MTST - Movimento dos Trabalhadores Sem Teto UNMP - União Nacional por Moradia Popular Clique Aqui e Acesse a Nota Pública em PDF



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