10 de dezembro Dia Internacional dos Direitos Humanos
Instituído pela ONU em 1948, por meio da Declaração Universal dos Direitos Humanos para servir como base, como “o ideal comum a ser atingido por todos os povos e todas as nações"
Escrito por: Contraf-Brasil • Publicado em: 10/12/2020 - 14:42 • Última modificação: 10/12/2020 - 14:52 Escrito por: Contraf-Brasil Publicado em: 10/12/2020 - 14:42 Última modificação: 10/12/2020 - 14:52CONTRAF-BRASIL/CUT
Neste dia 10 de dezembro, comemora-se o Dia Internacional dos Direitos Humanos. Instituído pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 1948, por meio da Declaração Universal dos Direitos Humanos no Palais de Chaillot, em Paris, França.
Ela foi criada para servir como uma base para os direitos humanos no mundo, como “o ideal comum a ser atingido por todos os povos e todas as nações”.
A partir dela foram estabelecidos quais direitos qualquer pessoa poderia esperar e exigir simplesmente por ser humano.
Neste atípico ano de 2020, a pandemia já matou mais de 178 mil pessoas no Brasil, de 1.570.696 em todo o mundo, as desigualdades sociais foram agravadas e os que estão no topo da pirâmide tiveram uma perda de renda de menos 3.2%, os mais pobres (base) tiveram uma redução de menos 32.1% em seu rendimento, segundo diagnóstico do boletim de Desigualdade nas Metrópoles, com base no estudo desenvolvido pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS), pelo Observatório das Metrópoles e pelo Observatório da Dívida Social na América Latina (RedODSAL).
A mensagem da ONU, por meio da a alta-comissária da ONU para os Direitos Humanos, Michelle Bachelet, é uma convocação à todas e todos para construírem o "mundo que queremos". Veja a mensagem na íntegra:
Por Michelle Bachelet*
Neste ano, o Dia dos Direitos Humanos acontece em um momento que nunca poderemos esquecer. A COVID-19 nos surpreendeu e abalou nosso mundo.
Uma tragédia seguida de uma oportunidade extraordinária de nos recuperarmos melhor.
Este Dia dos Direitos Humanos é um chamado à ação.
Um apelo a todas e todos nós para aproveitarmos esta oportunidade e construirmos o mundo que queremos.
Para isso, devemos aceitar as lições desta crise.
Primeira: acabar com qualquer tipo de discriminação. Como as condições de saúde preexistentes, que tornam os indivíduos mais frágeis, as lacunas no respeito aos direitos humanos tornaram a sociedade como um todo mais vulnerável. Se alguém está em risco, todas e todos estamos em risco. A discriminação, a exclusão e outras violações dos direitos humanos prejudicam todas e todos nós.
Segunda: reduzir as desigualdades. A proteção social universal, a cobertura universal de saúde e outros sistemas de garantia dos direitos fundamentais não são luxos, pois mantêm as sociedades em pé e podem moldar um futuro mais justo.
Terceira: encorajar a participação, especialmente dos jovens. Todas as vozes têm o direito de ser ouvidas.
Quarta: aumentar e intensificar nossa determinação e esforços para alcançar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, uma agenda concreta para os direitos humanos universais.
Isto não é apenas o certo a se fazer, é o mais inteligente a se fazer. E a única maneira de fazê-lo é defendendo os direitos humanos.
Porque os direitos humanos geram sociedades justas e resilientes. Eles são a resposta a esta crise humana.
Como a emergência climática, a COVID-19 nos lembra que estamos juntos, unidos como uma única humanidade.
Devemos agir.
Trabalhando juntos, podemos nos recuperar melhor.
Com solidariedade podemos construir um mundo mais resiliente, sustentável e justo.
Junte-se a mim na defesa dos direitos humanos.
*Michelle Bachelet, alta-comissária da ONU para os Direitos Humanos.