CONTRAF BRASIL: Mobilizações conseguem barrar votação da reforma previdenciária

Publicado em: 15/12/2017 Publicado em: 15/12/2017

O poder de mobilização dos movimentos sociais, entidades, centrais, frentes sindicais que defendem o direito dos trabalhadores do campo e cidade conseguiram uma vitória nesta semana no Congresso Nacional. A reforma previdenciária não será votada neste ano na Câmara dos Deputados, devido aos atos, ações de denúncia dos deputados que estão contra o povo, manifestações, acampamentos e protestos que as militâncias realizaram no decorrer do ano e, principalmente, com a Greve de Fome que durou nos últimos 10 dias realizadas por companheiros e companheiras dos movimentos sociais do campo. 

Na avaliação da conjuntura política nacional no decorrer desta semana, o coordenador geral da CONTRAF BRASIL, Marcos Rochinski, destaca que a unidade na luta foi fundamental para barrar a votação da reforma previdenciária, da qual estava articulada pela bancada governista em ser aprovada esse ano, retirando direitos dos trabalhadores.

“ O governo não conseguiu os votos suficientes para colocar a reforma em votação, mesmo usando de vários artifícios como propagandas destorcidas para manobrar o povo. Esse resultado só foi possível porque os movimentos sociais e demais entidades fizeram o enfrentamento, alertando a sociedade dos prejuízos que virão com a reforma da previdência. No entanto, devemos ficar atentos, pois a intenção da bancada governista é desmobilizar os movimentos e sociedade e assim colocar em pauta seus interesses para serem aprovados sem que o povo perceba”, explica Rochinski. 

Apesar do projeto ter sido retirado de pauta e com previsão para votação apenas em fevereiro de 2018, a CONTRAF BRASIL continuará com sua categoria de agricultores e agricultoras familiares mobilizados e atentos aos processos parlamentares.

Vale lembrar, que o ano de 2017 foi de pleno retrocessos para toda classe trabalhadora do país. Em um ano e meio do Governo de Michel Temer muitos direitos foram retirados, fragilizando toda a Constituição. Medidas como congelamento dos gastos por 20 anos; a aprovação da reforma trabalhista, corte no orçamento públicos e em políticas públicas para 2018; fim de programas que foram fundamentais para combater a fome e miséria; diminuição do salário mínimo; destruição de territórios indígenas e quilombolas; desmonte de órgãos públicos como o INCRA e MDA; criação de decretos e medidas provisórias que influenciam no aumento da violência no campo; dentre outros, são alguns dos atos da bancada do Governo Federal que trouxeram uma política neoliberal, de volta, para o Brasil.  

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