CONTRAF-Brasil participa de evento com a Cúpula da Amazônia

A cerimônia reuniu todos os países amazônicos para debater medidas de proteção e desenvolvimento de pesquisas na região

Escrito por: Luana Ramos • Publicado em: 11/08/2023 - 16:58 Escrito por: Luana Ramos Publicado em: 11/08/2023 - 16:58

Leo Bahia Chefes de estado dos países Amazônicos

A  Confederação Nacional dos Trabalhadores e Trabalhadoras na Agricultura Familiar (CONTRAF-Brasil) esteve presente nos dias 8, 9 e 10 de agosto para a conferência, que discutiu o futuro da Amazônia, em Belém (PA). Contando com vários chefes de estados dos países que compõem a Cúpula da Amazônia, a convenção teve como objetivo criar um acordo para a preservação e expansão sustentável dentro do território da floresta. 

Os 8 países que fazem parte da Cúpula da Amazônia (Brasil, Colômbia, Equador, Peru, Bolívia, Venezuela, Guiana e Suriname) assinaram a Declaração de Belém, onde assumiram uma maior cobrança para que os países desenvolvidos disponham de mais investimentos na floresta amazônica, maior fiscalização contra exploração indevida e proteção aos povos indígenas. 

Apesar dos avanços, o tratado ainda não combate de forma efetiva o desmatamento, nem veta a exploração de petróleo no local. Para o diretor de Programas do Greenpeace Brasil, Leandro Ramos, a Declaração de Belém não traz medidas satisfatórias para  contornar as crises que o mundo está enfrentando.

"A Declaração de Belém não traz medidas claras para responder à urgência das crises que o mundo vem enfrentando. Não há metas ou prazos para zerar o desmatamento, nem menção ao fim da exploração de petróleo na região“, enfatiza.

Leandro ainda ressalta que, sem as medidas, os países amazônicos não vão mudar a relação destruidora com a floresta, a biodiversidade e os povos nativos. 

“Sem essas medidas, os países amazônicos não conseguirão mudar a atual relação predatória com a floresta, a sua biodiversidade e seus povos. Pior, os compromissos assumidos na declaração não dão uma sinalização clara de como os governos amazônicos pretendem agir em conjunto para responder à crise climática, que já é uma realidade para a população amazônica, principalmente para aquelas que vivem nas periferias das cidades da região", expõe. 

Agricultura familiar na região, também é uma parte muito importante desses debates, uma vez que, o modo de produção da categoria dentro do estado é totalmente integrado com o ecossistema da floresta.

De acordo com a Coordenadora Adjunta da Região Norte da CONTRAF-Brasil, Caroline Monteiro, que esteve presente no local do evento, existiram pontos importantes de avanços na Declaração de Belém.

“É um evento de visibilidade internacional e que colocou os olhos do mundo voltados para cá. É da nossa responsabilidade, como brasileiros, aumentar os cuidados sobre a floresta, já que a maior parte está em nosso território e a Declaração teve em seus principais pontos acabar com o desmatamento até 2030, o que é muito importante para conseguirmos avançar com a preservação do nosso maior patrimônio”, destaca.

Segundo o Instituto de Pesquisas Espaciais (Inpe), no primeiro semestre de 2023 houve uma queda de 33% no desmatamento da Floresta Amazônica, depois de 5 anos de alta.  A CONTRAF-Brasil junto a outras entidades enviou uma carta para cobrar ao governo medidas mais eficazes e para que prossigam com os debates em busca de soluções mesmo depois do evento.

Título: CONTRAF-Brasil participa de evento com a Cúpula da Amazônia, Conteúdo: Saiba Mais CONTRAF-Brasil participa de evento com a Cúpula da Amazônia A  Confederação Nacional dos Trabalhadores e Trabalhadoras na Agricultura Familiar (CONTRAF-Brasil) esteve presente nos dias 8, 9 e 10 de agosto para a conferência, que discutiu o futuro da Amazônia, em Belém (PA). Contando com vários chefes de estados dos países que compõem a Cúpula da Amazônia, a convenção teve como objetivo criar um acordo para a preservação e expansão sustentável dentro do território da floresta.  Os 8 países que fazem parte da Cúpula da Amazônia (Brasil, Colômbia, Equador, Peru, Bolívia, Venezuela, Guiana e Suriname) assinaram a Declaração de Belém, onde assumiram uma maior cobrança para que os países desenvolvidos disponham de mais investimentos na floresta amazônica, maior fiscalização contra exploração indevida e proteção aos povos indígenas.  Apesar dos avanços, o tratado ainda não combate de forma efetiva o desmatamento, nem veta a exploração de petróleo no local. Para o diretor de Programas do Greenpeace Brasil, Leandro Ramos, a Declaração de Belém não traz medidas satisfatórias para  contornar as crises que o mundo está enfrentando. A Declaração de Belém não traz medidas claras para responder à urgência das crises que o mundo vem enfrentando. Não há metas ou prazos para zerar o desmatamento, nem menção ao fim da exploração de petróleo na região“, enfatiza. Leandro ainda ressalta que, sem as medidas, os países amazônicos não vão mudar a relação destruidora com a floresta, a biodiversidade e os povos nativos.  “Sem essas medidas, os países amazônicos não conseguirão mudar a atual relação predatória com a floresta, a sua biodiversidade e seus povos. Pior, os compromissos assumidos na declaração não dão uma sinalização clara de como os governos amazônicos pretendem agir em conjunto para responder à crise climática, que já é uma realidade para a população amazônica, principalmente para aquelas que vivem nas periferias das cidades da região, expõe.  Agricultura familiar na região, também é uma parte muito importante desses debates, uma vez que, o modo de produção da categoria dentro do estado é totalmente integrado com o ecossistema da floresta. De acordo com a Coordenadora Adjunta da Região Norte da CONTRAF-Brasil, Caroline Monteiro, que esteve presente no local do evento, existiram pontos importantes de avanços na Declaração de Belém. “É um evento de visibilidade internacional e que colocou os olhos do mundo voltados para cá. É da nossa responsabilidade, como brasileiros, aumentar os cuidados sobre a floresta, já que a maior parte está em nosso território e a Declaração teve em seus principais pontos acabar com o desmatamento até 2030, o que é muito importante para conseguirmos avançar com a preservação do nosso maior patrimônio”, destaca. Segundo o Instituto de Pesquisas Espaciais (Inpe), no primeiro semestre de 2023 houve uma queda de 33% no desmatamento da Floresta Amazônica, depois de 5 anos de alta.  A CONTRAF-Brasil junto a outras entidades enviou uma carta para cobrar ao governo medidas mais eficazes e para que prossigam com os debates em busca de soluções mesmo depois do evento.



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