Chuvas intensas afetam agricultura familiar no Rio Grande do Sul

Agricultores e agricultoras familiares do Rio Grande do Sul sofrem com as fortes chuvas que têm ocasionado perdas significativas na produção de diversos cultivos.

Escrito por: Allanda Martins Dias • Publicado em: 09/05/2024 - 22:19 Escrito por: Allanda Martins Dias Publicado em: 09/05/2024 - 22:19

FETRAF-RS | Município Liberato Salzano

Nos últimos dias, o Rio Grande do Sul vem sofrendo com fortes chuvas que já causaram prejuízos significativos em todo o estado. Segundo a Defesa Civil do Rio Grande do Sul, em um boletim emitido em 9 de maio, às 12h, 428 municípios e 1,482,06 milhão de pessoas já foram afetadas. Tem também pessoas que estão desalojadas em torno de 165,112 e 67,563 pessoas em abrigos.

Devido a essa situação, a agricultura familiar foi uma das áreas mais atingidas, tendo perdas significativas na produção e em sua infraestrutura produtiva. As culturas como soja, arroz, hortaliças, frutas, leite, pecuária e olericultura, foram bastante afetadas e nos mostra o quão difícil será esse período climático.

Dados da Emater-RS mostram que, em relação ao arroz e à soja, ainda restam 1,6 milhões de hectares para colher, equivalente a 24% da área cultivada. No entanto, as fortes chuvas podem ocasionar perda total ou parcial desta produção. Já em relação às hortaliças e olericulturas, o volume expressivo de chuvas afetam sua produção. Segundo os mesmos, rúcula, alface, repolho, cenoura, beterraba, mandioca, cebola e morango são as mais prejudicadas, já que o volume de água foi excedente acarretando ao apodrecimento de suas raízes.

A produção de leite, no que lhe concerne, já vinha enfrentando dificuldades nos últimos períodos e foi mais uma vez duramente atingida. Sabemos que o Rio Grande do Sul é o terceiro maior produtor de leite do país, garantindo 12,3% da produção nacional. Com propriedades isoladas e perdas de rebanho, a atividade leiteira e a produção agropecuária ficam bastante comprometidas.

Além dos problemas relativos à produção, as obstruções de vias terrestres e as perdas de infraestrutura foram outras severas consequências das chuvas. Sabemos que com estradas bloqueadas, muitas propriedades estão ilhadas, e as famílias têm sofrido com a falta de produtos básicos.

Em relação ao leite, a matéria-prima, se não levada para preparo e envasamento, não pode mais ser aproveitada. Por outro lado, as indústrias e cooperativas estão sem produtos básicos, como embalagens, para dar seguimento à produção do pouco que chega. Além disso, as perdas de galpões, silos de armazenagem e as próprias residências dos agricultores familiares também trazem graves consequências. Vale destacar que as pastagens destruídas pelas enchentes perdem a capacidade de produção devido ao grande volume de água.

A falta de lugares apropriados para conservação faz com que a produção já colhida tenha que ser descartada ou tenha sido perdida com as estruturas levadas pelas águas. Com a situação, a FETRAF-RS com a CONTRAF-BRASIL e demais autoridades, vêm desempenhando todos os esforços possíveis na busca de soluções e alternativas para auxiliar os agricultores familiares nesse momento.

 

Reprodução adaptada.

Título: Chuvas intensas afetam agricultura familiar no Rio Grande do Sul, Conteúdo: Nos últimos dias, o Rio Grande do Sul vem sofrendo com fortes chuvas que já causaram prejuízos significativos em todo o estado. Segundo a Defesa Civil do Rio Grande do Sul, em um boletim emitido em 9 de maio, às 12h, 428 municípios e 1,482,06 milhão de pessoas já foram afetadas. Tem também pessoas que estão desalojadas em torno de 165,112 e 67,563 pessoas em abrigos. Devido a essa situação, a agricultura familiar foi uma das áreas mais atingidas, tendo perdas significativas na produção e em sua infraestrutura produtiva. As culturas como soja, arroz, hortaliças, frutas, leite, pecuária e olericultura, foram bastante afetadas e nos mostra o quão difícil será esse período climático. Dados da Emater-RS mostram que, em relação ao arroz e à soja, ainda restam 1,6 milhões de hectares para colher, equivalente a 24% da área cultivada. No entanto, as fortes chuvas podem ocasionar perda total ou parcial desta produção. Já em relação às hortaliças e olericulturas, o volume expressivo de chuvas afetam sua produção. Segundo os mesmos, rúcula, alface, repolho, cenoura, beterraba, mandioca, cebola e morango são as mais prejudicadas, já que o volume de água foi excedente acarretando ao apodrecimento de suas raízes. A produção de leite, no que lhe concerne, já vinha enfrentando dificuldades nos últimos períodos e foi mais uma vez duramente atingida. Sabemos que o Rio Grande do Sul é o terceiro maior produtor de leite do país, garantindo 12,3% da produção nacional. Com propriedades isoladas e perdas de rebanho, a atividade leiteira e a produção agropecuária ficam bastante comprometidas. Além dos problemas relativos à produção, as obstruções de vias terrestres e as perdas de infraestrutura foram outras severas consequências das chuvas. Sabemos que com estradas bloqueadas, muitas propriedades estão ilhadas, e as famílias têm sofrido com a falta de produtos básicos. Em relação ao leite, a matéria-prima, se não levada para preparo e envasamento, não pode mais ser aproveitada. Por outro lado, as indústrias e cooperativas estão sem produtos básicos, como embalagens, para dar seguimento à produção do pouco que chega. Além disso, as perdas de galpões, silos de armazenagem e as próprias residências dos agricultores familiares também trazem graves consequências. Vale destacar que as pastagens destruídas pelas enchentes perdem a capacidade de produção devido ao grande volume de água. A falta de lugares apropriados para conservação faz com que a produção já colhida tenha que ser descartada ou tenha sido perdida com as estruturas levadas pelas águas. Com a situação, a FETRAF-RS com a CONTRAF-BRASIL e demais autoridades, vêm desempenhando todos os esforços possíveis na busca de soluções e alternativas para auxiliar os agricultores familiares nesse momento.   Reprodução adaptada.



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