Semiárido Vivo: Nenhum direito a menos

Com este lema, Agricultores e agricultoras familiares da Região defenderam a ampliação das ações de convivência com o Semiárido e a revitalização do Rio São Francisco.

Escrito por: FETRAF/BRASIL • Publicado em: 18/11/2015 - 13:58 Escrito por: FETRAF/BRASIL Publicado em: 18/11/2015 - 13:58

 

 

“Semiárido Vivo: Nenhum direito a menos” foi o lema e o grito de ordem durante todo o trajeto feito pelos Agricultores e Agricultoras Familiares do Semiárido, dos seguimentos rurais e urbanos, que se reuniram na Orla de Juazeiro (BA), na manhã desta terça-feira (17). Partiram para Petrolina (PE) e ocuparam por um breve momento a ponte histórica PetrolinaXJuazeiro. Foi um ato para defender a continuidade e ampliação das ações de convivência com o Semiárido e pela urgência na revitalização do "Velho Chico” (Rio São Francisco). A FETRAF/BRASIL esteve presente com várias caravanas do Semiárido.

Os organizadores da ação chamaram atenção para a necessidade de recursos para políticas e programas para o Semiárido, como o Bolsa Família, a implementação de cisternas de placas para captação de água da chuva para consumo humano e para produção de alimentos, política de acesso a crédito, o Programa Nacional de Aquisição de Alimentos (PAA) e o Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae).

No Brasil, o clima Semiárido ou tropical Semiárido é encontrado na região brasileira denominada de “Polígono das Secas”. Abrange cerca de, 11% do território nacional, localizado nos estados da região nordeste: Bahia, Ceará, Alagoas, Piauí, Paraíba, Pernambuco, Sergipe e Rio Grande do Norte; e ainda, parte do sudeste do país, o norte de Minas gerais.

Durante a 5ª Conferencia Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional, realizada entre os dias 03 e 06 de Novembro, foi lançado o documento “Semiárido Vivo: nenhum direito a menos”, assinado por diversos movimentos e organizações. O documento também alerta para a necessidade da continuidade e ampliação de diversas ações e programas sociais que formam afetadas por conta da crise econômica e o ajuste fiscal. O PAA está enfrentando cortes de 65% do orçamento previsto para este ano. O Congresso Nacional sinaliza o corte de 10 bilhões de reais no Bolsa Família, o que significa um retrocesso na garantia da segurança alimentar e nutricional dos mais sofridos. O documento reivindica também o assentamento imediato de todas as famílias acampadas, bem como a suspensão imediata da PEC 215. A diminuição destas e outras ações de convivência com o Semiárido, associadas a outros fatores como possibilidade de mais três anos de seca, pode indicar a volta de uma realidade de miséria e fome que, por muitos anos, perdurou no Semiárido.

De acordo com a Secretária Geral da FETRAF/BRASIL Josana Lima, essas ações comprometem os direitos dos mais pobres, entre eles, o direito à segurança alimentar.

“Hoje com essas políticas de convivência com o Semiárido, articulada com a ASA (Articulação no Semiárido) e os demais movimentos sociais, o qual a FETRAF também articula e tem participação dos diferentes estados, temos quase um milhão de famílias com acesso a água de qualidade para beber no terreiro de suas casas, através das cisternas de placas. Mais de 120 mil famílias produzindo alimento saudável e de qualidade, com água garantida através de diversas tecnologias sociais, garantindo assim a permanência das famílias no campo, combatendo o êxodo rural e a super lotação das periferias urbanas dos grandes centros. Ainda contamos com uma infinidade de capacitações para o combate a desertificação, combate a descriminação racial e de gênero, propostas de sistemas de produção, agro- ecológica integrada e sustentável. Acima de tudo, valorizando o que temos de mais importante no nosso Semiárido, a diversidade ambiental de nossos biomas”. Destacou Josana.  

Mais de 1,2 milhão de famílias deixaram de recolher água com a lata d’água na cabeça, por receberem as unidades de captação da água da chuva. Ao todo, o Semiárido ganhou uma capacidade de armazenamento de 19,2 bilhões de litros de água. “Os investimentos contínuos ao longo dos anos, somados a uma parceria forte entre o governo federal, estados, municípios e sociedade civil, tem possibilitado ao Semiárido brasileiro conviver com os efeitos da seca, e não mais combatê-los, como era a cultura no passado”, afirma a ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello.

A captação da água da chuva também tem ajudado o agricultor familiar do Semiárido a voltar a produzir alimentos e criar animais. Mais de 152 mil agricultores da região já receberam tecnologias sociais de captação e armazenamento de água de água para plantar e criar animais. São cisternas do tipo calçadão e de enxurrada, barragens subterrâneas e barreiros trincheira, entre outros modelos, com capacidade para até 52 mil litros de água, que armazenam água no período da chuva.

A convivência com a estiagem também tem lugar nos bancos escolares, onde milhares de crianças e jovens estão diariamente e a água é um bem essencial. Estão sendo construídas 5 mil cisternas para captação de água da chuva em escolas públicas até 2016. 

Título: Semiárido Vivo: Nenhum direito a menos, Conteúdo:     “Semiárido Vivo: Nenhum direito a menos” foi o lema e o grito de ordem durante todo o trajeto feito pelos Agricultores e Agricultoras Familiares do Semiárido, dos seguimentos rurais e urbanos, que se reuniram na Orla de Juazeiro (BA), na manhã desta terça-feira (17). Partiram para Petrolina (PE) e ocuparam por um breve momento a ponte histórica PetrolinaXJuazeiro. Foi um ato para defender a continuidade e ampliação das ações de convivência com o Semiárido e pela urgência na revitalização do "Velho Chico” (Rio São Francisco). A FETRAF/BRASIL esteve presente com várias caravanas do Semiárido. Os organizadores da ação chamaram atenção para a necessidade de recursos para políticas e programas para o Semiárido, como o Bolsa Família, a implementação de cisternas de placas para captação de água da chuva para consumo humano e para produção de alimentos, política de acesso a crédito, o Programa Nacional de Aquisição de Alimentos (PAA) e o Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae). No Brasil, o clima Semiárido ou tropical Semiárido é encontrado na região brasileira denominada de “Polígono das Secas”. Abrange cerca de, 11% do território nacional, localizado nos estados da região nordeste: Bahia, Ceará, Alagoas, Piauí, Paraíba, Pernambuco, Sergipe e Rio Grande do Norte; e ainda, parte do sudeste do país, o norte de Minas gerais. Durante a 5ª Conferencia Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional, realizada entre os dias 03 e 06 de Novembro, foi lançado o documento “Semiárido Vivo: nenhum direito a menos”, assinado por diversos movimentos e organizações. O documento também alerta para a necessidade da continuidade e ampliação de diversas ações e programas sociais que formam afetadas por conta da crise econômica e o ajuste fiscal. O PAA está enfrentando cortes de 65% do orçamento previsto para este ano. O Congresso Nacional sinaliza o corte de 10 bilhões de reais no Bolsa Família, o que significa um retrocesso na garantia da segurança alimentar e nutricional dos mais sofridos. O documento reivindica também o assentamento imediato de todas as famílias acampadas, bem como a suspensão imediata da PEC 215. A diminuição destas e outras ações de convivência com o Semiárido, associadas a outros fatores como possibilidade de mais três anos de seca, pode indicar a volta de uma realidade de miséria e fome que, por muitos anos, perdurou no Semiárido. De acordo com a Secretária Geral da FETRAF/BRASIL Josana Lima, essas ações comprometem os direitos dos mais pobres, entre eles, o direito à segurança alimentar. “Hoje com essas políticas de convivência com o Semiárido, articulada com a ASA (Articulação no Semiárido) e os demais movimentos sociais, o qual a FETRAF também articula e tem participação dos diferentes estados, temos quase um milhão de famílias com acesso a água de qualidade para beber no terreiro de suas casas, através das cisternas de placas. Mais de 120 mil famílias produzindo alimento saudável e de qualidade, com água garantida através de diversas tecnologias sociais, garantindo assim a permanência das famílias no campo, combatendo o êxodo rural e a super lotação das periferias urbanas dos grandes centros. Ainda contamos com uma infinidade de capacitações para o combate a desertificação, combate a descriminação racial e de gênero, propostas de sistemas de produção, agro- ecológica integrada e sustentável. Acima de tudo, valorizando o que temos de mais importante no nosso Semiárido, a diversidade ambiental de nossos biomas”. Destacou Josana.   Mais de 1,2 milhão de famílias deixaram de recolher água com a lata d’água na cabeça, por receberem as unidades de captação da água da chuva. Ao todo, o Semiárido ganhou uma capacidade de armazenamento de 19,2 bilhões de litros de água. “Os investimentos contínuos ao longo dos anos, somados a uma parceria forte entre o governo federal, estados, municípios e sociedade civil, tem possibilitado ao Semiárido brasileiro conviver com os efeitos da seca, e não mais combatê-los, como era a cultura no passado”, afirma a ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello. A captação da água da chuva também tem ajudado o agricultor familiar do Semiárido a voltar a produzir alimentos e criar animais. Mais de 152 mil agricultores da região já receberam tecnologias sociais de captação e armazenamento de água de água para plantar e criar animais. São cisternas do tipo calçadão e de enxurrada, barragens subterrâneas e barreiros trincheira, entre outros modelos, com capacidade para até 52 mil litros de água, que armazenam água no período da chuva. A convivência com a estiagem também tem lugar nos bancos escolares, onde milhares de crianças e jovens estão diariamente e a água é um bem essencial. Estão sendo construídas 5 mil cisternas para captação de água da chuva em escolas públicas até 2016. 



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