Rurais fazem ato dia 25 em Bauru contra Temer e pela reforma agrária

No dia do trabalhador rural, 25 de julho, camponeses sairão às ruas de Bauru, no interior de São Paulo, para dizer que a luta pela Reforma Agrária ainda continua.

Escrito por: Vanessa Ramos - CUT São Paulo • Publicado em: 25/07/2016 - 10:56 Escrito por: Vanessa Ramos - CUT São Paulo Publicado em: 25/07/2016 - 10:56

No dia do trabalhador rural, 25 de julho, camponeses sairam nas ruas de Bauru, no interior de São Paulo, para dizer que a luta pela Reforma Agrária ainda continua e a entrada do interino Michel Temer representa um golpe contra o povo brasileiro e as políticas agrárias no país.

Diferentes organizações promoveram ato político, às 10h, em frente ao prédio do Ministério Público Federal (MPF), na Rua Alberto Segalla, 1-45, no bairro Jardim Infante Segalla. A iniciativa é do Fórum São Paulo pela Reforma Agrária que compõem a Frente Brasil Popular São Paulo.

Entre os organizadores desta atividade estão a CUT Bauru, a Federação da Agricultura Familiar do Estado de São Paulo (FAF), o Movimento Social de Luta (MSL) e o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).

As entidades criticam a ação civil pública, movida pelo procurador Pedro Antônio de Oliveira Machado, que interfere no acampamento dos trabalhadores rurais da região e tira dos movimentos sociais a prerrogativa de apoio na listagem das famílias para a implementação da reforma agrária – o que pode gerar maior conflito entre grupos e organizações que já conhecem a realidade local.

Em Bauru, 600 famílias rurais estão acampadas, em seis diferentes locais, e mais 2.500 famílias estão acampadas na área urbana. Na região somam-se 11 áreas improdutivas com laudo feito pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e 40 mil/ha de terras públicas da União.

Golpe e criminalização

O ato em Bauru é o resultado de um processo de rearticulação no estado paulista. Os rurais da região também explicam que, no município, os processos políticos estão sendo levados cada vez mais para o âmbito criminal. “Temos sofrido muita perseguição, especialmente da Polícia da região para fazer com que não existam mais ocupações e, tampouco, possamos pressionar pela regularização e pela distribuição de terra”, relata a representante do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) em Bauru, Elizete Souza da Silva.

A atividade também aponta para as medidas promovidas pelo interino Michel Temer, como a extinção Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) e a transferência da administração das cinco pastas ligadas à Reforma Agrária para a Casa Civil, conforme comenta o vice-presidente da CUT/SP e coordenador do Fórum, Sebastião Cardozo.

“Vivenciamos avanços nas políticas agrárias durante os últimos governos democráticos populares e havia abertura ao diálogo. Agora, as expectativas são as piores possíveis, tanto do ponto de vista do crédito aos rurais como na criminalização dos movimentos sociais, que só cresce”. 

SERVIÇO
Ato político em defesa da reforma agrária e pelo 'Fora Temer'
Dia: 
25 de julho de 2016  
Horário: 10h
Local: Em frente ao prédio do Ministério Público Federal (MPF)  
Rua Alberto Segalla, 1-45, no bairro Jardim Infante Segalla.

Título: Rurais fazem ato dia 25 em Bauru contra Temer e pela reforma agrária, Conteúdo: No dia do trabalhador rural, 25 de julho, camponeses sairam nas ruas de Bauru, no interior de São Paulo, para dizer que a luta pela Reforma Agrária ainda continua e a entrada do interino Michel Temer representa um golpe contra o povo brasileiro e as políticas agrárias no país. Diferentes organizações promoveram ato político, às 10h, em frente ao prédio do Ministério Público Federal (MPF), na Rua Alberto Segalla, 1-45, no bairro Jardim Infante Segalla. A iniciativa é do Fórum São Paulo pela Reforma Agrária que compõem a Frente Brasil Popular São Paulo. Entre os organizadores desta atividade estão a CUT Bauru, a Federação da Agricultura Familiar do Estado de São Paulo (FAF), o Movimento Social de Luta (MSL) e o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). As entidades criticam a ação civil pública, movida pelo procurador Pedro Antônio de Oliveira Machado, que interfere no acampamento dos trabalhadores rurais da região e tira dos movimentos sociais a prerrogativa de apoio na listagem das famílias para a implementação da reforma agrária – o que pode gerar maior conflito entre grupos e organizações que já conhecem a realidade local. Em Bauru, 600 famílias rurais estão acampadas, em seis diferentes locais, e mais 2.500 famílias estão acampadas na área urbana. Na região somam-se 11 áreas improdutivas com laudo feito pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e 40 mil/ha de terras públicas da União. Golpe e criminalização O ato em Bauru é o resultado de um processo de rearticulação no estado paulista. Os rurais da região também explicam que, no município, os processos políticos estão sendo levados cada vez mais para o âmbito criminal. “Temos sofrido muita perseguição, especialmente da Polícia da região para fazer com que não existam mais ocupações e, tampouco, possamos pressionar pela regularização e pela distribuição de terra”, relata a representante do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) em Bauru, Elizete Souza da Silva. A atividade também aponta para as medidas promovidas pelo interino Michel Temer, como a extinção Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) e a transferência da administração das cinco pastas ligadas à Reforma Agrária para a Casa Civil, conforme comenta o vice-presidente da CUT/SP e coordenador do Fórum, Sebastião Cardozo. “Vivenciamos avanços nas políticas agrárias durante os últimos governos democráticos populares e havia abertura ao diálogo. Agora, as expectativas são as piores possíveis, tanto do ponto de vista do crédito aos rurais como na criminalização dos movimentos sociais, que só cresce”.  SERVIÇO Ato político em defesa da reforma agrária e pelo 'Fora Temer' Dia: 25 de julho de 2016  Horário: 10hLocal: Em frente ao prédio do Ministério Público Federal (MPF)   Rua Alberto Segalla, 1-45, no bairro Jardim Infante Segalla.



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