PRONARA JÁ!

A FETRAF/BRASIL acredita que os danos causados pelos agrotóxicos não justificam o seu uso. Portanto se posiciona contra esse tipo de prática para que todos possam desfrutar de alimentos mais saudáveis

Escrito por: FETRAF/BRASIL • Publicado em: 13/11/2015 - 10:20 Escrito por: FETRAF/BRASIL Publicado em: 13/11/2015 - 10:20

A ministra da Agricultura, Kátia Abreu defendeu no dia 04 deste mês, durante evento de apresentação de novos laboratórios da Bayer CropScience,   o uso de agroquímicos nas lavouras. E disse ainda que o Brasil tem uma das leis mais rigorosas do mundo para o registro desses defensivos.

A ministra avaliou que há uma “campanha muito organizada contra a utilização de agroquímicos no país” e convocou os representantes do setor a trabalharem estrategicamente para combater o preconceito, juntamente com a ciência.

Obviamente, seu discurso incomodou a entidades representativas do campo, assim como os agricultores familiares e outros movimentos sociais.

Marcos Rochinski, Coordenador nacional da FETRAF/BRASIL, comentou “esse tipo de defesa” e destacou o posicionamento da Federação diante do não lançamento do PRONARA.

“A sociedade civil organizada, sobretudo, as entidades representativas da agricultura familiar, dos povos e comunidades tradicionais dos extrativistas, e todo o setor rural, tinham a expectativa de que o PRONARA (Programa Nacional de Redução de Agrotóxicos) fosse lançado oficialmente durante a 5ª Conferência de Segurança Alimentar e Nutricional, realizada no início deste mês em Brasília.

O lema da conferência “Comida de verdade, no campo e na Cidade” era um bom motivo para o lançamento deste Programa. Assim o Brasil poderia mostrar a sociedade e ao mundo, a preocupação que o governo tem com a produção de alimentos saudáveis que chegarão à mesa do consumidor. No entanto, essa expectativa foi frustrada! Por mais que tivesse adesão de nove ministérios e ainda, muito empenho do Ministério do Desenvolvimento Agrário, o MAPA (Ministério da Agricultura, Pesca e abastecimento) mostrou sua defesa a um modelo de agricultura que mata , traz retrocessos e problemas ambientais por aderir o uso de maneira indiscriminada dos agrotóxicos.

A FETRAF/BRASIL se posiciona veementemente contra a atitude da ministra Katia Abreu, a grande responsável por não possibilitar esse acordo dentro do Governo Federal e dentro da conferência de segurança alimentar e nutricional. No entanto, continuaremos trabalhando para que durante os próximos dias, e quem sabe, na Conferência Nacional de Saúde, o PRONARA seja lançado. Vemos este programa com bons olhos, aja vista que o Brasil é um celeiro importante de produção de alimentos e não pode continuar colecionando o título de maior consumidor de agrotóxicos do mundo.

Precisamos de uma solução definitiva. Essa é uma bandeira que precisa ser levantada por todo o governo, sociedade, movimentos sociais e entidades representativas, pois entendemos que nada é mais importante que o brasileiro ter acesso a alimentos saudáveis e de qualidade em sua mesa”.

Título: PRONARA JÁ!, Conteúdo: A ministra da Agricultura, Kátia Abreu defendeu no dia 04 deste mês, durante evento de apresentação de novos laboratórios da Bayer CropScience,   o uso de agroquímicos nas lavouras. E disse ainda que o Brasil tem uma das leis mais rigorosas do mundo para o registro desses defensivos. A ministra avaliou que há uma “campanha muito organizada contra a utilização de agroquímicos no país” e convocou os representantes do setor a trabalharem estrategicamente para combater o preconceito, juntamente com a ciência. Obviamente, seu discurso incomodou a entidades representativas do campo, assim como os agricultores familiares e outros movimentos sociais. Marcos Rochinski, Coordenador nacional da FETRAF/BRASIL, comentou “esse tipo de defesa” e destacou o posicionamento da Federação diante do não lançamento do PRONARA. “A sociedade civil organizada, sobretudo, as entidades representativas da agricultura familiar, dos povos e comunidades tradicionais dos extrativistas, e todo o setor rural, tinham a expectativa de que o PRONARA (Programa Nacional de Redução de Agrotóxicos) fosse lançado oficialmente durante a 5ª Conferência de Segurança Alimentar e Nutricional, realizada no início deste mês em Brasília. O lema da conferência “Comida de verdade, no campo e na Cidade” era um bom motivo para o lançamento deste Programa. Assim o Brasil poderia mostrar a sociedade e ao mundo, a preocupação que o governo tem com a produção de alimentos saudáveis que chegarão à mesa do consumidor. No entanto, essa expectativa foi frustrada! Por mais que tivesse adesão de nove ministérios e ainda, muito empenho do Ministério do Desenvolvimento Agrário, o MAPA (Ministério da Agricultura, Pesca e abastecimento) mostrou sua defesa a um modelo de agricultura que mata , traz retrocessos e problemas ambientais por aderir o uso de maneira indiscriminada dos agrotóxicos. A FETRAF/BRASIL se posiciona veementemente contra a atitude da ministra Katia Abreu, a grande responsável por não possibilitar esse acordo dentro do Governo Federal e dentro da conferência de segurança alimentar e nutricional. No entanto, continuaremos trabalhando para que durante os próximos dias, e quem sabe, na Conferência Nacional de Saúde, o PRONARA seja lançado. Vemos este programa com bons olhos, aja vista que o Brasil é um celeiro importante de produção de alimentos e não pode continuar colecionando o título de maior consumidor de agrotóxicos do mundo. Precisamos de uma solução definitiva. Essa é uma bandeira que precisa ser levantada por todo o governo, sociedade, movimentos sociais e entidades representativas, pois entendemos que nada é mais importante que o brasileiro ter acesso a alimentos saudáveis e de qualidade em sua mesa”.



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