NOTA P

Quanto sangue ainda será derramado?

Escrito por: FETRAF/BRASIL • Publicado em: 15/06/2015 - 14:18 Escrito por: FETRAF/BRASIL Publicado em: 15/06/2015 - 14:18

A Federação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura Familiar do Brasil (FETRAF/BRASIL) diante do assassinato de um agricultor na fazenda Petrópolis no estado do Pará e o desaparecimento de mais dois trabalhadores vem a público externar o repúdio com o descaso do governo nas resoluções dos conflitos agrários.  

Os trabalhadores e trabalhadoras estavam acampados na fazenda Petrópolis-PA a doze anos, onde já tinham construído suas casas e desempenhavam normalmente suas atividades na agricultura familiar, com o cultivo de produção e criação de animais.  Neste último sábado (13), os trabalhadores foram surpreendidos por pistoleiros que executaram Osvaldo Balbino da Silva e desapareceram com outros dois trabalhadores (Antônio Goiano e Selma Rodrigues)

O sindicato da agricultura familiar denuncia a situação de ameaças, torturas e lesões causadas por pistoleiros à imprensa e autoridades locais, estaduais e nacionais. Após a realização do registro de ocorrências policiais por dez trabalhadores que foram torturados, a polícia militar deteve três pistoleiros que depois de ouvidos, foram liberados e voltaram a coagir os trabalhadores, expondo-os a risco de morte.

Este caso ocorrido na fazenda Petrópolis, não se trata de um caso isolado.  No começo do ano, uma família foi assassinada na Fazenda Estiva e até hoje não existem respostas para o caso, nem por parte da justiça e nem pelas demais autoridades. Leidiane Souza soares, Washington silva, e seus filhos, Júlio Cesar soares (15 anos), Weslei Souza Soares (09 anos), Samyla soares (13 anos), e o sobrinho Mateus Soares (15 anos) foram mortos e nada foi feito. Total descaso e negligência com a vida das pessoas.   

Diante desse quadro, a FETRAF/BRASIL solicita as autoridades Brasileiras, providências para apurar e prender os responsáveis pelo assassinato do trabalhador na Fazenda Petrópolis e também da família chacinada na fazenda Estiva, em fevereiro deste ano. Diante do medo vivenciado na Fazenda Petrópolis, solicitamos providências imediatas que garantam segurança e paz, sem que haja novas mortes. 

A situação da reforma agrária brasileira ocorre sobre o derramamento de sague de trabalhadores e trabalhadoras que apenas querem o direito a um pedaço de terra para trabalhar e produzir. Essas situações de conflitos agrários com mortes, torturas e ameaças mostram com clareza o descaso do governo brasileiro com toda a situação.

Essa sucessão de crimes têm ocorrido em função do tema “reforma agrária” , pois é tratado de maneira subsidiária, sem  atenção merecida.  Não admitimos mais esse total descaso com a reforma agrária, que negligencia a vida dos trabalhadores.  Diante desse quadro insustentável, pedimos ao Governo da Presidenta DILMA ROUSSEFF que tome a frente na solução dos conflitos, na garantia da vida dos trabalhadores e no compromisso real com a reforma agrária.

 

Acesse aqui a nota de repúdio do Pará.

Título: NOTA P, Conteúdo: A Federação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura Familiar do Brasil (FETRAF/BRASIL) diante do assassinato de um agricultor na fazenda Petrópolis no estado do Pará e o desaparecimento de mais dois trabalhadores vem a público externar o repúdio com o descaso do governo nas resoluções dos conflitos agrários.   Os trabalhadores e trabalhadoras estavam acampados na fazenda Petrópolis-PA a doze anos, onde já tinham construído suas casas e desempenhavam normalmente suas atividades na agricultura familiar, com o cultivo de produção e criação de animais.  Neste último sábado (13), os trabalhadores foram surpreendidos por pistoleiros que executaram Osvaldo Balbino da Silva e desapareceram com outros dois trabalhadores (Antônio Goiano e Selma Rodrigues) O sindicato da agricultura familiar denuncia a situação de ameaças, torturas e lesões causadas por pistoleiros à imprensa e autoridades locais, estaduais e nacionais. Após a realização do registro de ocorrências policiais por dez trabalhadores que foram torturados, a polícia militar deteve três pistoleiros que depois de ouvidos, foram liberados e voltaram a coagir os trabalhadores, expondo-os a risco de morte. Este caso ocorrido na fazenda Petrópolis, não se trata de um caso isolado.  No começo do ano, uma família foi assassinada na Fazenda Estiva e até hoje não existem respostas para o caso, nem por parte da justiça e nem pelas demais autoridades. Leidiane Souza soares, Washington silva, e seus filhos, Júlio Cesar soares (15 anos), Weslei Souza Soares (09 anos), Samyla soares (13 anos), e o sobrinho Mateus Soares (15 anos) foram mortos e nada foi feito. Total descaso e negligência com a vida das pessoas.    Diante desse quadro, a FETRAF/BRASIL solicita as autoridades Brasileiras, providências para apurar e prender os responsáveis pelo assassinato do trabalhador na Fazenda Petrópolis e também da família chacinada na fazenda Estiva, em fevereiro deste ano. Diante do medo vivenciado na Fazenda Petrópolis, solicitamos providências imediatas que garantam segurança e paz, sem que haja novas mortes.  A situação da reforma agrária brasileira ocorre sobre o derramamento de sague de trabalhadores e trabalhadoras que apenas querem o direito a um pedaço de terra para trabalhar e produzir. Essas situações de conflitos agrários com mortes, torturas e ameaças mostram com clareza o descaso do governo brasileiro com toda a situação. Essa sucessão de crimes têm ocorrido em função do tema “reforma agrária” , pois é tratado de maneira subsidiária, sem  atenção merecida.  Não admitimos mais esse total descaso com a reforma agrária, que negligencia a vida dos trabalhadores.  Diante desse quadro insustentável, pedimos ao Governo da Presidenta DILMA ROUSSEFF que tome a frente na solução dos conflitos, na garantia da vida dos trabalhadores e no compromisso real com a reforma agrária.   Acesse aqui a nota de repúdio do Pará.



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