Jovens discutem propostas para o desenvolvimento sustentável do campo

Seminário Temático da Juventude tem como objetivo motivar, envolver, organizar e qualificar a participação política da juventude rural na 1ª CNATER

Escrito por: FETRAF • Publicado em: 07/03/2012 - 00:00 Escrito por: FETRAF Publicado em: 07/03/2012 - 00:00

"Eu só vou à cidade quando tenho alguma expectativa de proporcionar melhorias para o campo”. A frase é do agricultor e estudante Oscar Alan Gomes, 23 anos, morador do município de Pão de Açúcar, em Alagoas. Ele veio a Brasília participar do Seminário Temático da Juventude Rural, realizado nesta segunda e terça (5 e 6 de março) pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA). Com o tema “Ater para a agricultura familiar, reforma agrária e o desenvolvimento do Brasil Rural”, o evento debate diretrizes para as políticas públicas voltadas para a juventude rural.

A estimativa é que 7,8 milhões de jovens morem na zona rural do país. Assim como Oscar, muitos deles estão se mobilizando para que essa juventude permaneça no campo e colabore para o  desenvolvimento sustentável do interior do Brasil. “Os serviços de assistência técnica são muito importantes nesse processo. Nós sabemos muito da produção na prática, mas precisamos de acompanhamento técnico que priorize a extensão rural, que vai manter o jovem no campo”, afirma.

O jovem agricultor concilia o cultivo de grãos e a criação de pequenos animais do sítio da família com as atividades do sétimo semestre da faculdade de pedagogia. “Quero me especializar em educação no campo para fortalecer minha luta pela permanência dos jovens na zona rural. Meu sonho é ouvir o jovem dizer que não tem vergonha de ser rural e assumir sua identidade”, conta.

Kleiton Albuquerque, 25 anos, compartilha do pensamento de Oscar. “A Ater agrega valor na produção, contribuindo diretamente na qualidade de vida no campo”, diz o jovem agricultor familiar. Kleiton mora no município de Cabaceira, a 190 quilômetro de João Pessoa (PB). Lá, ele ajuda o pai na criação de bodes. “Com a minha experiência, percebi que a assistência técnica voltada para a juventude contribui para que os jovens consigam enxergar novas formas de manejo, novas técnicas, novas perspectivas de vida”, revela.

Para potencializar a criação familiar, Kleiton decidiu cursar veterinária. “Meu pai é o veterinário prático da região, vacina todos os animais, mas não tem conhecimento formal. Quero me especializar para colaborar com o desenvolvimento da produção de animais no campo”, justifica.

Extensionista rural há 12 anos, Germano de Barros, 29 anos, do Serviço de Tecnologia Alternativa (Serta), acredita que “a Ater precisa ver o jovem como profissional”. “A agricultura não é só uma questão de aptidão, mas sim de profissionalização. Se o jovem tiver recursos, ele vai querer permanecer no campo, e a assistência técnica precisa ter essa visão e identificar as potencialidades da juventude rural”, ressalta.

Diretrizes
Devido a essa importância, faz-se fundamental discutir as políticas voltadas para juventude rural, especialmente as relacionadas à Ater. “A juventude rural é um dos maiores grupos etários organizados no campo. Este seminário foi o primeiro momento em que a juventude rural sentou para debater a política nacional de Ater. Saímos daqui entusiasmados com a perspectiva que a colocaremos a fundo o tema da juventude no centro do de bate das políticas públicas”, afirma a assessora especial da Juventude do MDA, Ana Carolina Silva.

Cerca de 40 lideranças jovens de diversos cantos do Brasil participaram do seminário. Os participantes discutiram proposições de modificações e criação de políticas públicas direcionadas ao setor. As propostas serão levadas para a 1ª Conferência Nacional sobre Assistência Técnica e Extensão na Agricultura Familiar e na Reforma Agrária (1ª CNATER), que acontece em abril, em Brasília.

Nesta terça-feira (7), o ministro Afonso Florence fez questão de se encontrar com os jovens rurais.    “O nosso grande desafio é universalizar os serviços de Ater, e universalizar é tratar os desiguais de forma diferente”, frisou. Florence ressaltou a importância de levar o debate sobre as políticas voltadas para a juventude rural para a 1ª CNATER. “É fundamental aperfeiçoarmos a política de Ater para que a juventude e demais segmentos acessem os instrumentos disponíveis e os aperfeiçoem. A Ater é de importância fundamental e com certeza a juventude vai protagonizar importantes decisões na conferência”,  declarou.

Objetivos específicos
O Seminário Temático da Juventude tem como objetivo motivar, envolver, organizar e qualificar a participação política da juventude rural na 1ª CNATER - Conferência Nacional da Assistência Técnica e Extensão Rural estabelecendo estratégia da participação dos jovens que estão na ponta do processo nas decisões das conferências territoriais e estaduais.

O MDA pretende incluir as proposições que surgirem dos debates no Documento Base da CNATER, estabelecer estratégias de participação para aprimorar o debate acerca dos temas de interesse da juventude rural nas conferências territoriais e estaduais. Além disso, espera-se ter maior participação dos jovens na conferência nacional através da eleição de delegados e delegadas jovens nas conferências estaduais.

*Fonte MDA

Título: Jovens discutem propostas para o desenvolvimento sustentável do campo, Conteúdo: "Eu só vou à cidade quando tenho alguma expectativa de proporcionar melhorias para o campo”. A frase é do agricultor e estudante Oscar Alan Gomes, 23 anos, morador do município de Pão de Açúcar, em Alagoas. Ele veio a Brasília participar do Seminário Temático da Juventude Rural, realizado nesta segunda e terça (5 e 6 de março) pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA). Com o tema “Ater para a agricultura familiar, reforma agrária e o desenvolvimento do Brasil Rural”, o evento debate diretrizes para as políticas públicas voltadas para a juventude rural. A estimativa é que 7,8 milhões de jovens morem na zona rural do país. Assim como Oscar, muitos deles estão se mobilizando para que essa juventude permaneça no campo e colabore para o  desenvolvimento sustentável do interior do Brasil. “Os serviços de assistência técnica são muito importantes nesse processo. Nós sabemos muito da produção na prática, mas precisamos de acompanhamento técnico que priorize a extensão rural, que vai manter o jovem no campo”, afirma. O jovem agricultor concilia o cultivo de grãos e a criação de pequenos animais do sítio da família com as atividades do sétimo semestre da faculdade de pedagogia. “Quero me especializar em educação no campo para fortalecer minha luta pela permanência dos jovens na zona rural. Meu sonho é ouvir o jovem dizer que não tem vergonha de ser rural e assumir sua identidade”, conta. Kleiton Albuquerque, 25 anos, compartilha do pensamento de Oscar. “A Ater agrega valor na produção, contribuindo diretamente na qualidade de vida no campo”, diz o jovem agricultor familiar. Kleiton mora no município de Cabaceira, a 190 quilômetro de João Pessoa (PB). Lá, ele ajuda o pai na criação de bodes. “Com a minha experiência, percebi que a assistência técnica voltada para a juventude contribui para que os jovens consigam enxergar novas formas de manejo, novas técnicas, novas perspectivas de vida”, revela. Para potencializar a criação familiar, Kleiton decidiu cursar veterinária. “Meu pai é o veterinário prático da região, vacina todos os animais, mas não tem conhecimento formal. Quero me especializar para colaborar com o desenvolvimento da produção de animais no campo”, justifica. Extensionista rural há 12 anos, Germano de Barros, 29 anos, do Serviço de Tecnologia Alternativa (Serta), acredita que “a Ater precisa ver o jovem como profissional”. “A agricultura não é só uma questão de aptidão, mas sim de profissionalização. Se o jovem tiver recursos, ele vai querer permanecer no campo, e a assistência técnica precisa ter essa visão e identificar as potencialidades da juventude rural”, ressalta. Diretrizes Devido a essa importância, faz-se fundamental discutir as políticas voltadas para juventude rural, especialmente as relacionadas à Ater. “A juventude rural é um dos maiores grupos etários organizados no campo. Este seminário foi o primeiro momento em que a juventude rural sentou para debater a política nacional de Ater. Saímos daqui entusiasmados com a perspectiva que a colocaremos a fundo o tema da juventude no centro do de bate das políticas públicas”, afirma a assessora especial da Juventude do MDA, Ana Carolina Silva. Cerca de 40 lideranças jovens de diversos cantos do Brasil participaram do seminário. Os participantes discutiram proposições de modificações e criação de políticas públicas direcionadas ao setor. As propostas serão levadas para a 1ª Conferência Nacional sobre Assistência Técnica e Extensão na Agricultura Familiar e na Reforma Agrária (1ª CNATER), que acontece em abril, em Brasília. Nesta terça-feira (7), o ministro Afonso Florence fez questão de se encontrar com os jovens rurais.    “O nosso grande desafio é universalizar os serviços de Ater, e universalizar é tratar os desiguais de forma diferente”, frisou. Florence ressaltou a importância de levar o debate sobre as políticas voltadas para a juventude rural para a 1ª CNATER. “É fundamental aperfeiçoarmos a política de Ater para que a juventude e demais segmentos acessem os instrumentos disponíveis e os aperfeiçoem. A Ater é de importância fundamental e com certeza a juventude vai protagonizar importantes decisões na conferência”,  declarou. Objetivos específicos O Seminário Temático da Juventude tem como objetivo motivar, envolver, organizar e qualificar a participação política da juventude rural na 1ª CNATER - Conferência Nacional da Assistência Técnica e Extensão Rural estabelecendo estratégia da participação dos jovens que estão na ponta do processo nas decisões das conferências territoriais e estaduais. O MDA pretende incluir as proposições que surgirem dos debates no Documento Base da CNATER, estabelecer estratégias de participação para aprimorar o debate acerca dos temas de interesse da juventude rural nas conferências territoriais e estaduais. Além disso, espera-se ter maior participação dos jovens na conferência nacional através da eleição de delegados e delegadas jovens nas conferências estaduais. *Fonte MDA



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