Consultas públicas da Anvisa sobre fumo recebem cerca de 200 mil contribuições

Desse total, 165 mil vieram do setor produtivo

Escrito por: FETRAF • Publicado em: 29/03/2011 - 00:00 Escrito por: FETRAF Publicado em: 29/03/2011 - 00:00

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) recebeu no último dia 30, 165 mil contribuições encaminhadas pessoalmente por uma comissão de parlamentares e representantes de associações, todos ligados ao setor produtivo de tabaco, sobre as consultas públicas 112 e 117 que tratam da restrição do uso de aditivos nos cigarros e, da proibição de expor o produto no interior de estabelecimentos de venda, respectivamente.

Para Marcos Rochinski, secretário Geral da FETRAF-BRASIL, entidades representativas dos fumicultores ao invés de defenderem os interesses da categoria, declararam apoio às indústrias.

?As empresas fumageiras e os parlamentares ligados ao setor que, insistentemente vinham reclamando da adoção de medidas alegando que poderiam reduzir o consumo, fazendo ameaças de que se reduziria drasticamente a demanda de fumo gerando milhares de desempregos, bem como as entidades representativas dos fumicultores como a AFUBRA (Associação dos Fumicultores do Brasil) e as federações de agricultores ligadas à CNA (Confederação Nacional da Agricultura) e ligadas a CONTAG (Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura) dos três estados do sul, esqueceram de debater o interesse do agricultor familiar, de valorização do trabalho e preferiram fazer coro com a indústria fumageira?, avaliou.

Além das 165 mil contribuições, outras 20 mil sugestões foram enviadas ao escritório do órgão no Rio de Janeiro. Segundo José Agenor Álvares, diretor da Anvisa, a agência irá realizar nova consulta "para discutir cientificamente todo o conteúdo das contribuições". Agora, a análise das sugestões não poderá ser feita ainda nesse semestre como era o previsto e, a próxima etapa da consulta será realizada no segundo semestre.

?Com o atraso no processo de consulta, bem como de implementação de medidas, resta saber se as empresas e essas entidades voltarão a debater a comercialização da atual safra, onde os produtores estão sendo explorados e tem feito inúmeras manifestações demonstrando a insatisfação devido o preço pago pelo produto, ou ainda, se continuarão usando a consulta pública da ANVISA como válvula de escape para explorar aos fumicultores?, indagou o secretário Geral.

Título: Consultas públicas da Anvisa sobre fumo recebem cerca de 200 mil contribuições, Conteúdo: A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) recebeu no último dia 30, 165 mil contribuições encaminhadas pessoalmente por uma comissão de parlamentares e representantes de associações, todos ligados ao setor produtivo de tabaco, sobre as consultas públicas 112 e 117 que tratam da restrição do uso de aditivos nos cigarros e, da proibição de expor o produto no interior de estabelecimentos de venda, respectivamente. Para Marcos Rochinski, secretário Geral da FETRAF-BRASIL, entidades representativas dos fumicultores ao invés de defenderem os interesses da categoria, declararam apoio às indústrias. ?As empresas fumageiras e os parlamentares ligados ao setor que, insistentemente vinham reclamando da adoção de medidas alegando que poderiam reduzir o consumo, fazendo ameaças de que se reduziria drasticamente a demanda de fumo gerando milhares de desempregos, bem como as entidades representativas dos fumicultores como a AFUBRA (Associação dos Fumicultores do Brasil) e as federações de agricultores ligadas à CNA (Confederação Nacional da Agricultura) e ligadas a CONTAG (Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura) dos três estados do sul, esqueceram de debater o interesse do agricultor familiar, de valorização do trabalho e preferiram fazer coro com a indústria fumageira?, avaliou. Além das 165 mil contribuições, outras 20 mil sugestões foram enviadas ao escritório do órgão no Rio de Janeiro. Segundo José Agenor Álvares, diretor da Anvisa, a agência irá realizar nova consulta "para discutir cientificamente todo o conteúdo das contribuições". Agora, a análise das sugestões não poderá ser feita ainda nesse semestre como era o previsto e, a próxima etapa da consulta será realizada no segundo semestre. ?Com o atraso no processo de consulta, bem como de implementação de medidas, resta saber se as empresas e essas entidades voltarão a debater a comercialização da atual safra, onde os produtores estão sendo explorados e tem feito inúmeras manifestações demonstrando a insatisfação devido o preço pago pelo produto, ou ainda, se continuarão usando a consulta pública da ANVISA como válvula de escape para explorar aos fumicultores?, indagou o secretário Geral.



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