Agricultores protestam em frente ao Banco do Brasil e SDR de Chapecó

E em Brasília, negociação com ministérios ainda precisa avançar na questão do seguro agrícola e, da renda do agricultor familiar

Escrito por: FETRAF • Publicado em: 16/03/2012 - 00:00 Escrito por: FETRAF Publicado em: 16/03/2012 - 00:00

Foto: Glauco Benetti

Agricultores familiares de mais de 30 municípios fizeram manifestação em frente ao Banco do Brasil e da Secretaria do Desenvolvimento Regional (SDR) em Chapecó, Santa Catarina, na quinta-feira (15). A FETRAF-SUL/CUT, a Via Campesina e as lideranças sindicais da região coordenaram a atividade.

A manifestação aconteceu, pois os problemas da estiagem no oeste catarinense vêm se acumulando sem apresentação de resultados por parte do governo Federal e Estadual. “A nossa expectativa é de que os governos possam dar mais atenção aos agricultores familiares, camponeses e às prefeituras municipais no sentido de dispor recursos e políticas para amenizar os problemas da estiagem”, aponta o coordenador Estadual da FETRAF-SUL/CUT em SC, Alexandre Bergamin.

O coordenador lembrou ainda que os recursos disponibilizados pelo Estado são considerados “vergonhosos”, pois a Agricultura Familiar contribui com 36% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro.

Claudiomar Cerutti, presidente do sindicato de Ipumirim, comentou a situação dos agricultores com a estiagem. “Os problemas só vão aumentar com o passar do tempo. Vai começar o inverno, vai chover, mas os problemas da agricultura vão continuar. O que todos nós perdemos na lavoura é um grave problema e que precisa de uma solução”, concluiu.

O Banco do Brasil recebeu os representantes sindicais para uma reunião por volta das 11 horas, ouviu os principais pontos de pauta e as reivindicações e o gerente do banco em Chapecó, Rildo Lazarotto, afirmou que fará os encaminhamentos necessários para atender a classe trabalhadora. “Nós queremos que a agricultura familiar seja tratada e tenha as mesmas condições como qualquer outro cliente nosso”, afirmou.

Outra reunião aconteceu com o secretário da Secretaria de Desenvolvimento Regional (SDR), Eldimar Jagnow. A pauta Estadual dos movimentos sociais foi entregue e os problemas foram elencados pelos participantes. Segundo Jagnow, a preocupação do Estado com a agricultura já foi transmitida á defesa civil, ao governador Raimundo Colombo e ao secretário João Rodrigues. “Na semana que vem teremos uma reunião com o governador, vamos encaminhar a pauta e discutir com ele o que pode ser encaminhado”, disse Jagnow.

A mobilização desta quinta-feira reuniu mais de 150 pessoas. Caso os encaminhamentos e as soluções para os problemas não forem apresentados, as mobilizações continuarão na semana de 26 a 30 de março com mais intensidade.

Resultados da Assembléia em Brasília

Também durante a quinta-feira, o coordenador Geral da FETRAF-SUL/CUT, Celso Ludwig, participou da audiência com diversos ministérios para tratar sobre o tema. Como encaminhamento definiu-se:

1- Um grupo de trabalho irá discutir os temas de irrigação, cisternas, a reposição das perdas da agricultura familiar e o Pronaf Eco;

2- Os recursos para as prefeituras foram acordados para a compra de retro escavadeiras e o pagamento do combustível usado para transporte de água às propriedades;

3- Está garantido a prorrogação também do custeio pecuário com parcelas que vencem nesse período para depois de 31 de junho;

4- Parcela de investimento vincenda até junho, terão prorrogação para a última parcela do contrato;

5- Custeio de lavoura: o que o Proagro Mais não cobrir, o agricultor poderá renegociar junto ao agente financeiro;

6- O milho da Conab estará disponível na próxima semana.

De acordo com Ludwig, é preciso avançar em três pontos: "criação do grupo de trabalho que já está organizado, equipe para discutir a questão do seguro agrícola e o mais importante, a FETRAF-SUL/CUT não aceitará que nenhuma solução seja adotada para a questão da renda do agricultor familiar. Queremos respostas”, conclui Ludwig.

Uma nova reunião da comissão acontecerá no dia 20 de março.

*Fonte: Imprensa FETRAF-SUL

 

Título: Agricultores protestam em frente ao Banco do Brasil e SDR de Chapecó, Conteúdo: Foto: Glauco Benetti Agricultores familiares de mais de 30 municípios fizeram manifestação em frente ao Banco do Brasil e da Secretaria do Desenvolvimento Regional (SDR) em Chapecó, Santa Catarina, na quinta-feira (15). A FETRAF-SUL/CUT, a Via Campesina e as lideranças sindicais da região coordenaram a atividade. A manifestação aconteceu, pois os problemas da estiagem no oeste catarinense vêm se acumulando sem apresentação de resultados por parte do governo Federal e Estadual. “A nossa expectativa é de que os governos possam dar mais atenção aos agricultores familiares, camponeses e às prefeituras municipais no sentido de dispor recursos e políticas para amenizar os problemas da estiagem”, aponta o coordenador Estadual da FETRAF-SUL/CUT em SC, Alexandre Bergamin. O coordenador lembrou ainda que os recursos disponibilizados pelo Estado são considerados “vergonhosos”, pois a Agricultura Familiar contribui com 36% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro. Claudiomar Cerutti, presidente do sindicato de Ipumirim, comentou a situação dos agricultores com a estiagem. “Os problemas só vão aumentar com o passar do tempo. Vai começar o inverno, vai chover, mas os problemas da agricultura vão continuar. O que todos nós perdemos na lavoura é um grave problema e que precisa de uma solução”, concluiu. O Banco do Brasil recebeu os representantes sindicais para uma reunião por volta das 11 horas, ouviu os principais pontos de pauta e as reivindicações e o gerente do banco em Chapecó, Rildo Lazarotto, afirmou que fará os encaminhamentos necessários para atender a classe trabalhadora. “Nós queremos que a agricultura familiar seja tratada e tenha as mesmas condições como qualquer outro cliente nosso”, afirmou. Outra reunião aconteceu com o secretário da Secretaria de Desenvolvimento Regional (SDR), Eldimar Jagnow. A pauta Estadual dos movimentos sociais foi entregue e os problemas foram elencados pelos participantes. Segundo Jagnow, a preocupação do Estado com a agricultura já foi transmitida á defesa civil, ao governador Raimundo Colombo e ao secretário João Rodrigues. “Na semana que vem teremos uma reunião com o governador, vamos encaminhar a pauta e discutir com ele o que pode ser encaminhado”, disse Jagnow. A mobilização desta quinta-feira reuniu mais de 150 pessoas. Caso os encaminhamentos e as soluções para os problemas não forem apresentados, as mobilizações continuarão na semana de 26 a 30 de março com mais intensidade. Resultados da Assembléia em Brasília Também durante a quinta-feira, o coordenador Geral da FETRAF-SUL/CUT, Celso Ludwig, participou da audiência com diversos ministérios para tratar sobre o tema. Como encaminhamento definiu-se: 1- Um grupo de trabalho irá discutir os temas de irrigação, cisternas, a reposição das perdas da agricultura familiar e o Pronaf Eco; 2- Os recursos para as prefeituras foram acordados para a compra de retro escavadeiras e o pagamento do combustível usado para transporte de água às propriedades; 3- Está garantido a prorrogação também do custeio pecuário com parcelas que vencem nesse período para depois de 31 de junho; 4- Parcela de investimento vincenda até junho, terão prorrogação para a última parcela do contrato; 5- Custeio de lavoura: o que o Proagro Mais não cobrir, o agricultor poderá renegociar junto ao agente financeiro; 6- O milho da Conab estará disponível na próxima semana. De acordo com Ludwig, é preciso avançar em três pontos: "criação do grupo de trabalho que já está organizado, equipe para discutir a questão do seguro agrícola e o mais importante, a FETRAF-SUL/CUT não aceitará que nenhuma solução seja adotada para a questão da renda do agricultor familiar. Queremos respostas”, conclui Ludwig. Uma nova reunião da comissão acontecerá no dia 20 de março. *Fonte: Imprensa FETRAF-SUL  



Informativo CONTRAF-BRASIL

Cadastre-se e receba periodicamente
nossos boletins informativos.