Escrito por Rosane Bertotti é secretária nacional de Comunicação da CUT
O dia 8 de março se aproxima e mais uma vez saímos às ruas para reafirmar nossas bandeiras de luta em defesa da igualdade. Olhar para o passado nos fortalece e nos dá coragem para continuarmos nossa batalha em busca de avanços e conquistas para o combate de diversos tipos de preconceitos, estereótipos e discriminações que ainda persistem no cotidiano das relações sociais.
A discussão da participação e representação das mulheres nos espaços públicos vem tomando proporções. A realização de conferências entre elas a Conferência Nacional de Comunicação, confirmada pelo presidente Lula durante o FSM 2009 (que ocorrerá no mês de dezembro, em Brasília) nos dará a oportunidade de refletir e interferir na imagem que a mídia constrói das mulheres. E fundamental a discussão do tema no interior da CUT e o envolvimento do conjunto do movimento social nas conferências preparatórias municipais e estaduais.
Diariamente, a televisão, que detém grande influência na população, transmite e reafirma a existência de um único ?padrão? de mulher brasileira, esquecendo a diversidade racial e cultural de nosso país. As grades de programação estão repletas de conteúdos que banalizam o sexo a violência, a fragilidade e subalternidade reforçadas como coisa natural. Colocando a maternidade e o casamento como única fonte de realização pessoal. Onde estão as mulheres de diferentes raças e culturas onde está a diversidade e pluralidade que compõem o nosso país, ou seja, as mulheres de ?verdade? que acordam todo dia para enfrentar duplas jornadas de trabalho e na maioria das vezes nem tão bem sucedidas e nem tão bem remuneradas como as da novela das oito.