Agricultura Familiar se une para ajudar Minas Gerais

28/01/2020 - 13:47

Já são 50 mortes registradas pela Defesa Civil e 65 pessoas feridas. As localidades estão destruídas e muitas delas isoladas

A Confederação dos Trabalhadores e Trabalhadoras na Agricultura Familiar no Brasil (Contraf Brasil), a Fetraf de Minas Gerais e seus sindicatos (Sintrafs) estão se mobilizando para ajudar as famílias atingidas pelas fortes chuvas que atingem o estado, com doações de água, alimentos e viabilizando abrigos.

O Sintraf de Espera Feliz disponibilizou o Centro de Formação para receber as vítimas que perderam suas casas, o Sintraf de Simonésia está com uma campanha de arrecadação de alimentos, o Sintraf de Divino e a paróquia do município também estão atendendo as famílias atingidas.

Para as organizações, a solidariedade neste momento é um apoio fundamental, “o Estado é ausente em suas obrigações partindo do olhar de que nosso presidente falou para imprensa nacional que infelizmente não dá para atender todo mundo. Já são 50 mortes contabilizadas pela Defesa Civil Estadual. No entanto, sabemos que esse número vai aumentar. É lamentável o descaso do governo federal com o nosso povo”, lamenta a coordenadora da Fetraf MG, Lucimar Martins, comovida com a situação.

Segundo a Defesa Civil, 28.043 estão desalojados e 4.101 estão desabrigados no estado. Até o momento, 65 pessoas ficaram feridas. Ainda, a secretaria de obras e Polícia Militar de Simonésia já divulgaram um comunicado de proibição do trânsito de veículos leves e pesados para a região de Cachoeirão, devido aos desmoronamentos.  

A Contraf Brasil, suas federações e sindicatos convocam as lideranças e representantes da organização sindical para unificar ações em apoio e solidariedade às famílias vítimas da tragédia.

“O momento requer ação imediata de abrigar, fornecer alimentos e água. Mas também enquanto organização sindical, vamos cobrar dos governos e Justiça medidas reparadoras como políticas públicas que deem condições de reestruturação das famílias em suas propriedades, a disponibilidade de crédito e cestas básicas, no sentido de minimizar a dor de tantas perdas”, destaca o coordenador geral da Contraf Brasil, Marcos Rochinski.