Já são mais de 1.177 escolas ocupadas em todo o Brasil por estudantes lutando pelos seus direitos e defendendo a educação no país. Eles protestam contra a Medida Provisória (MP) 746, que acaba com o ensino de artes, filosofia, sociologia, educação física, contra a PEC 241, que congela investimentos por 20 anos em vários setores, incluindo a educação e contra projetos de criminalização dos debates nas escolas como o PL da Escola sem Partido. As medidas que retiram os direitos dos estudantes, professores, trabalhadores são propostas pelo governo de Michel Temer (PMDB).
A CONTRAF BRASIL, que mantém mobilizada as famílias de agricultores a agricultoras familiares, apoia a luta da juventude e sai na defesa pela educação do país, como ferramenta que garante um melhor futuro para a nação.
“Quem quer o bem da nação levanta a bandeira de apoio e solidariedade aos estudantes. Eles são o maior exemplo de que é possível lutar com dignidade e defender os interesses não só da juventude, mas também da classe trabalhadora e de todo cidadão”, observa Marcos Rochinski, coordenador da CONTRAF BRASIL.
(Escute na íntegra)
As ocupações nas escolas ganharam a legitimidade do povo, no entanto parlamentares e bancadas que apoiam o governo de Michel Temer criminalizam o movimento estudantil. No último dia 26 de outubro, a estudante Ana Júlia de 16 anos, do Colégio Estadual Senador Alencar Guimarães durante um pronunciamento na assembleia em Curitiba, convidou os parlamentares a visitarem as escolas e conhecerem o movimento e suas propostas. Ela falou sobre as ocupações e responsabilidade do país para com a educação.
O discurso, que chamou atenção do mundo, foi um exemplo de cidadania, como também serve de reflexão para o papel da sociedade no debate das inúmeras propostas que tramitam no Congresso Nacional que ferem a Constituição de 88.
Para Rochinski, é preciso se questionar diante do que vem acontecendo no país e o que está por trás das medidas provisórias. “O que estão querendo tirar de nós? Tudo isso, é um retrocesso para nossas futuras gerações”, provocando a reflexão.
Diante da atual conjuntura, que a cada dia se posiciona com mais ameaças e cortes nos direitos fundamentais do cidadão brasileiro, rasgando a constituição de 88, marginalizando os que mais precisam e aumentando as desigualdades sociais, a CONTRAF BRASIL reitera sua indignação as propostas desse governo e reafirma sua luta de apoio ao movimento dos estudantes e das categorias que defendem um Brasil mais justo.