A Fetraf do Distrito Federal e Entorno (FETRAF DFE) participou, na noite de ontem (26), da audiência pública sobre reforma agrária, no plenário da Câmara Legislativa do Distrito Federal, junto aos demais movimentos sociais e entidades que defendem o desenvolvimento rural sustentável e que compõe o Campo Unitário. O evento teve iniciativa dos deputados distritais Arlete Sampaio (PT), Chico Vigilante (PT) e Fábio Felix (Psol).
“ Precisamos de uma pessoa que tenha poder de decisão no governo e faça a Reforma Agrária acontecer e sair desse imbróglio que é hoje. Existem pessoas que estão a mais de 10 anos vivendo debaixo da lona e nada é feito. Eu sou da região da Chapadinha, que já existe a 13 anos e até hoje não foi resolvido e continuamos como pré-assentados. Falta compromisso dos governos com a reforma agrária. Também destaco que precisamos retomar o Programa de Assentamento Rural no Distrito Federal – PRAT, mesmo com as dificuldades da atual conjuntura”, pronuncia Anaildo Porfírio, coordenador da Fetraf DFE.
As lideranças que representam os povos do Campo, da Florestas e das Águas apresentaram na audiência um documento com as principais demandas, por secretaria, que são fundamentais para avançar a curto e médio prazos nas políticas de Reforma Agrária do Distrito Federal. (Acesse aqui)
Para as organizações, é essencial a necessidade de construir e manter programas e políticas produtivas que contemplem a agroecologia, a cooperação agrícola, o uso racional dos bens hídricos e florestais e um projeto de agricultura que tenha centralidade na produção e comercialização de alimentos saudáveis, sem a utilização de agrotóxicos, e que estimule a qualidade de vida para o conjunto da população.
A pauta destaca demandas junto as Secretarias de Agricultura – Seagri e Emater DF; Secretaria de Meio Ambiente – Sema; à Terracap; Secretaria de Educação – Seedf; Secretaria de Saúde do DF e Secretaria de Cultura do DF – Secult.
Os deputados, autores da audiência, explicaram a importância do tema: "O debate sobre a reforma agrária reveste-se de suma importância pois alcança questões que afetam toda a sociedade: terra, assentamento, alimentação, recursos naturais, saúde, educação e assistência das famílias do campo. Não é demais ressaltar que a produção de alimentos saudáveis, sem agrotóxicos, e preservação dos recursos hídricos dizem respeito à sobrevivência da população do Planeta e não somente dos residentes no campo".