Governo usa últimos dias de 2017 para atacar mais ainda a classe trabalhadora

01/12/2017 - 14:01

Final do ano no Congresso Nacional e parlamentares da bancada governista correm para aprovar mais desmontes para o país

O cenário político, durante a semana que encerrou o mês de novembro de 2017, apontou mais uma vez que os ataques aos movimentos sociais e a classe trabalhadora do país ainda vão continuar a passos largos. Com promessas de que a reforma previdenciária ainda será votada neste ano, os parlamentares da bancada governista se articulam para manter a retirada de direitos dos trabalhadores. (Clique e escute a avaliação na íntegra)

A CONTRAF BRASIL, representado por seus coordenadores, participaram de reuniões tanto nos espaços de debate político nacional, como também na Câmara dos Deputados e constatam que não há previsão de medidas que retomem a continuidade de políticas públicas que atendam ao desenvolvimento social. Ao contrário, o Governo tenta a todo custo aprovar a reforma previdenciária e medidas provisórias que vão acentuar os problemas de desemprego, de assistência à saúde, educação, alimentação, moradia e tantos outros.

No último dia 30 de novembro a CONTRAF BRASIL lembrou que há 53 anos criava-se o Estatuto da Terra, momento em que parlamentares e principalmente o presidente do Brasil deveria anunciar políticas que fortalecessem a reforma agrária. No entanto, no lugar de avançar no desenvolvimento agrário os representantes do país apoiados por Michel Temer agravam a retirada de direitos, deixando o pobre mais pobre e marginalizando cada vez mais as minorias.

“A semana deveria ter sido com a programação de incentivos a reforma agrária que ressaltassem a importância dessa política para o desenvolvimento do nosso país. Mas, nós assistimos um processo, tanto da grande mídia quanto dos setores mais conservadores, a ofensiva contra a reforma agrária e ataques mais fortes referente a criminalização dos movimentos sociais que lutam por esta bandeira. Sabemos que estas ofensivas vêm justamente das bancadas do agronegócio, das multinacionais, dos que querem destruir nossas reservas e expulsar os povos tradicionais, das indústrias que produzem agrotóxicos e daqueles interessados em vender o patrimônio e as terras brasileiras aos estrangeiros”, avalia Marcos Rochinski, coordenador geral da CONTRAF BRASIL.

Nesta sexta-feira 1 de dezembro, a poucos dias para o final do ano e o fim das atividades parlamentares em 2017, o Governo não demonstra preocupação com o descontingenciamento de recursos para políticas que atendem a produção de alimentos, à educação, saúde e outros setores importantes para o avanço social do país. No lugar disso, os últimos momentos são de mais desmontes, mais retirada de direitos e os escândalos envolvendo dinheiro público para Michel Temer se manter no poder.

A CONTRAF BRASIL continua a alertar a Agricultura Familiar e sociedade civil que o enfrentamento deve ser permanente. A análise da política deve ser constante e a classe trabalhadora, mais do que nunca, deve ficar atenta as manobras das bancadas governistas, pois 2018 será ano de eleições e com certeza os partidos que apoiaram o golpe irão querer se desassociar aos retrocessos que ajudaram a serem aprovados.