O Ministério do Desenvolvimento Agrário realizou ontem (10) o terceiro encontro “Diálogos da Terra”. O evento reúne nesta edição, mais de quinze movimentos sociais do campo, além de professores e pesquisadores universitários e juristas, para discutir ações de fortalecimento e de desenvolvimento da agricultura familiar.
Além da presença do ministro, Patrus Ananias, o encontro contou com a participação da secretária Executiva, Maria Fernanda, da presidente do INCRA, Maria Lúcia de Oliveira Falcón, do coordenador Geral da FETRAF/BRASIL, Marcos Rochinski entre outras autoridades.
Entre os assuntos debatidos estavam questões referentes à reforma agrária, ampliação de créditos e compras públicas.
Ao fazer um balanço de sua gestão no MDA, Patrus avaliou que as ações implementadas pelo governo federal para desenvolvimento da agricultura familiar foram positivas. Porém, ao se tratar da reforma agrária, o ministro do Desenvolvimento Agrário reconheceu que as ações ficaram abaixo do esperado.
“Temos uma avaliação que, em 2015, ficamos aquém do que gostaríamos em relação à reforma agrária e ao assentamento das famílias acampadas. Então este ano, em uma ação integrada com o Incra, nós criamos uma sala de situação para irmos no limite de nossas possibilidades, fazendo tudo que estiver ao nosso alcance para assentarmos, em condições dignas, as famílias acampadas”.
Ao falar da importância da reestruturação orçamentária do MDA e do INCRA, o coordenador geral da FETRAF/BRASIL, Marcos Rochinski, explicou que a retomada dos recursos é fundamental no que tange o debate acerca dos assentamentos de famílias, da assistência técnica, bem como o fomento do crédito fundiário como alternativas para beneficiar os agricultores familiares. “Não basta apenas cobrar. Também temos que ter a tarefa de garantir que estes órgãos sejam revitalizados para que garantam o alcance de suas metas para este ano de 2016”, enfatizou.