Nesta terça-feira (2) deve ficar decidido se os estados e municípios são incluídos na reforma da Previdência ou não. O relator, deputado Samuel Moreira (PSDB-SP) deve apresentar uma complementação de voto na comissão especial, para que o parecer seja votado na quarta e na semana seguinte, comece a discussão no Plenário.
Em meio a este cenário os movimentos sociais se organizam intensamente nas comunidades, por meio de reuniões, assembleias, encontros, rodas de conversa alertando sobre os prejuízos que a reforma da previdência trará aos agricultores familiares, mesmo sendo anunciado que estão fora da reforma.
A estratégia da bancada governista foi aprovar a MP 871, que já modifica as regras para a concessão do benefício e caso a reforma passe com a desconstitucionalização e capitalização, será o combo para acabar com a aposentadoria da Agricultura Familiar, ou seja, a condição de segurados especiais. Pois, com a privatização do sistema o regime de seguridade social não conseguirá pagar os benefícios, já que acaba com a lógica solidária, como funciona atualmente.
A Fetraf Goiás neste final de semana, visitou municípios da região do estado levando o debate da reforma da previdência para as comunidades. Como funciona o sistema atualmente e o que vai impactar caso a reforma seja aprovada. Os pequenos municípios serão os mais afetados, considerando que o dinheiro dos aposentados no meio rural influencia diretamente na economia local.
Ainda, a federação também abordou sobre os temas do Plano Safra e Reforma Agrária, que são políticas fundamentais para o avanço do desenvolvimento rural, no entanto passa por momento de desconstrução, quando o atual governo direciona e prioriza com orçamento o setor do agronegócio.
A federação, segue a deliberação da última reunião da Contraf Brasil, quando ficou acordado a mobilização das bases contra a reforma, como também de participar e realizar mobilizações contra os retrocessos.