Desde ontem estamos participando aqui em Brasilia do Seminário Internacional “A retomada da democracia no Brasil: o papel da política externa e do comércio internacional junto com a Frente Brasileira contra os Acordos do Mercosul e União Europeia, estão participando a FASE, parlamentares brasileiros e estrangeiros da França, Alemanha, Paraguai, Espanha e Argentina e as organizações sociais.
O objetivo é estimular um diálogo entre a sociedade civil e representantes dos governos brasileiro e europeu e alertar sobre os impactos econômicos e socioambientais do Acordo, principalmente para os povos da Amazônia e sul-americanos. Dialogando sobre o papel da política externa e do comércio internacional, que envolve o conjunto das organizações sociais que compreende que da forma como esse acordo foi estruturado no último governo traz inúmeros prejuízos para a nação brasileira, seja pelo ponto de vista econômico e socioambiental e sobretudo prejuízos para os agricultores e agricultoras familiares.
Uma das preocupações com o Acordo estruturado é o processo do Brasil e do Mercosul continuar sendo fornecedor de matéria-prima e abrindo o mercado para produtos industrializados inclusive, abrindo o mercado para compras institucionais para a União Europeia, um acordo que o Governo Bolsonaro dizia que era o mais eficaz para o Brasil por ser um governo que só fortalecia um só segmento o grande agronegócio, abrindo fronteiras inclusive para importação de mais produtos e mais agrotóxicos para o nosso país.
Para o coordenador de relações internacionais, formação e organização Sindical, Marcos Rochinski que está no seminário representando a Contraf Brasil, participou de um encontro com o Ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira que dialogou com a Frente e as organizações presentes e os tranquilizou com os novos posicionamentos que o presidente Lula junto ao seu governo está tomando em relações aos acordos feitos pelo governo passado. “Estamos felizes por que o ministro e toda sua equipe nos aliviou e afirmou que hoje temos um governo diferente. O presidente Lula não vai fazer qualquer acordo ou assinar algo que irá ferir a soberania Nacional, não existe nada assinado e o presidente só dará passos adiante dialogando com a sociedade. A nossa luta e as nossas reivindicações e o processo de articulação nesses últimos anos começaram a ser ouvidos.” disse
A CONTRAF Brasil espera que ao ser firmado o acordo, haja uma revisão de cláusulas e que sobretudo se preserve a soberania Nacional, a preservação do Meio Ambiente, dos territórios, a proteção dos povos e comunidades tradicionais e em especial dos agricultores e agricultoras familiares
Sobre:
Uma frente em defesa da democracia - A Frente Brasileira Contra os Acordos Mercosul-UE e Mercosul-EFTA foi criada em setembro de 2020 para atuar no enfrentamento aos desmontes e desmandos promovidos na gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro na área de comércio internacional.
No período de transição para o novo governo eleito, a Frente atuou, com propostas, nos GTs de Meio Ambiente, Participação Social e Relações Exteriores. Fazem parte da coordenação colegiada da Frente: Fase (Educação e Solidariedade, Inesc (Instituto de Estudos Socioeconômicos), Amigos da Terra Brasil, Rebrip (Rede Brasileira pela Integração dos Povos), Internacional dos Serviços Públicos (ISP), Rede Jubileu Sul e Contraf Brasil (Confederação Nacional dos Trabalhadores e Trabalhadoras na Agricultura Familiar). O Seminário conta com o apoio da Misereor e HEKS.